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30.11.19
POEMA
SOU
Folha perdida
que o vento
levou
para longe
e deixou...
esquecida entre pinhais
suja de lama
vencida pela vida.
Pássaro ferido
assustado,
caído...
Grito mudo
mutilado
em garganta amordaçada.
Vendaval de emoções
engolido
nos maremotos da vida.
Elvira Carvalho
29.11.19
OS SONHOS DE GIL GASPAR - PARTE XX
O
Natal desse ano, não teve o brilho nem o esplendor daqueles que Sara organizava, mas em compensação o calor humano esteve sempre presente. Nele
estiveram presentes, além de Gil, os seus irmãos, Marco com Isabel e os futuros sogros, Laura com Alcides, cuja amizade parecia desviar-se para dar lugar a outro
sentimento, a julgar pelos olhares que trocavam entre si. Estavam também à
mesa, Celeste, a empregada que estava na casa há mais de dez anos, viúva, cujos filhos se
encontravam emigrados, e Inês e o seu filho, o pequeno Luís, um garoto moreno e franzino, que parecia estar sempre em sobressalto como se temesse algo.
Odete,
que tinha sido despedida por Sara, e fora reintegrada depois do acidente, e
Maria, tinham tido licença para passarem o Natal em casa com as respetivas famílias.
Mariana que saíra do hospital dois dias antes, dormia docemente no seu quartinho, depois de ter tomado banho e bebido todo o leite do biberão.
Mariana que saíra do hospital dois dias antes, dormia docemente no seu quartinho, depois de ter tomado banho e bebido todo o leite do biberão.
Pelas
vinte horas, o pessoal do restaurante onde Gil encomendara não só a Ceia de
Natal, mas também as refeições do dia seguinte, vieram fazer a entrega, e
Celeste ajudada por Inês, (que desde que tinha o filho consigo parecia outra
pessoa e ganhara de imediato a confiança das restantes empregadas) puseram a
mesa.
A
ceia, decorreu, pois, num ambiente de fraternidade. Durante ela, Marco e Isabel disseram que pensavam casar no primeiro domingo de Março, do ano seguinte. E
Gil informou que tinha aceitado, a proposta de venda dos direitos do seu primeiro
livro "Almas Sombrias" para o cinema e que por isso viajaria logo a seguir ao Ano Novo para Nova
Iorque, onde se ia reunir com um famoso guionista, que iria transformar a
história do livro no guião para o filme.
-Custa-me
muito separar-me da minha filha tão pequenina, mas é impossível viajar com ela.
Vou conversar com o guionista, saber como ele pretende fazer a adaptação e
iniciar o trabalho com ele. Espero estar fora no máximo uma semana. Depois de
termos elaborado o projeto poderei analisar e acompanhar o seu trabalho via Internet. Se por algum motivo a estadia se prolongar vou voltar no fim de
semana a fim de estar com ela um ou dois dias. E estarei convosco todos os dias
por video chamada. A escritura do prédio para a futura Fundação está marcada
para o dia vinte e oito e o doutor Alcides tratará imediatamente de contratar a
empresa que combinamos a fim de iniciar as obras do projeto que já aprovei. Há
umas pequenas alterações com a sala para consultas, mas isso deixo com a Laura que percebe mais de uma sala de consultas do que eu.
Ela tratará com o arquiteto. Quero aquilo pronto o mais rápido possível.
- E
como se chamará a Fundação? – perguntou a irmã.
-
Mariana Gaspar – respondeu Gil emocionando os irmãos, pois todos comungavam da
mesma devoção, pela mulher que lhes dera a vida e que tanto sofrera para os
criar.
-
Laura, tu estarás aqui em casa enquanto eu estiver fora, ou vais para o teu
apartamento? – perguntou um pouco mais tarde.
-É
claro que estarei aqui durante a tua ausência, exceto claro o tempo que estiver
no hospital, pois como sabes vou começar a trabalhar dia dois de Janeiro.
-
Obrigado. Fico mais descansado, contigo aqui, não porque não confie em vós, - disse
voltando-se para Inês e Celeste. – Mas as crianças nestas idades adoecem com
facilidade, e é sempre bom ter uma médica perto.
E com o comentário do Esteban chegamos aos 44.000
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28.11.19
PARA MEDITAR
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Pensamento do dia
27.11.19
OS SONHOS DE GIL GASPAR - PARTE XIX
-Boa-noite
- saudou olhando preocupada o homem que do outro lado da secretária se pôs em
pé quando as duas entraram.
-Boa-noite,
Inês. Sente-se e diga-me. Como encontrou hoje a minha filha? Recebeu alguma
informação? Sabe quando ela terá alta?
-
Falei com o médico. Ele disse-me que apenas quer repetir uns exames e depois
lhe dará alta. Perguntei quando faria esses exames, e disse-me que no dia
dezanove, e se tudo estiver bem como lhe parece, o mais tardar dia vinte e um
terá alta, e já passará em casa o dia de Natal.
-
Que bom - disse Laura indo abraçar o irmão.
Durante
alguns segundos permaneceram enlaçados na mesma emoção, como se não lembrassem
que não estavam sozinhos.
Por
fim, Gil afastou a irmã, voltou costas e foi de novo sentar-se à secretária. Exercendo
todo o seu controlo sobre os sentimentos, quando falou a sua voz soou serena.
-
Obrigado. E diga-me, Inês. Está contente com o seu emprego?
- Estaria
mais contente se a menina estivesse aqui, é uma bebé adorável, de quem vou cuidar com muito gosto. Mas sim estou muito feliz com o emprego.
-Contudo
a sua expressão não demonstra essa felicidade.
- A
minha expressão não vai influir em nada os meus cuidados com a sua filha
senhor. Ela estará sempre acima de qualquer preocupação que me atormente. Juro-vos.
Os
seus olhos rodavam preocupados, de um para outro dos irmãos, como se temesse
que a fossem despedir. Gil notou o brilho húmido e receou que a jovem fosse
começar a chorar.
- Tenho
a certeza disso. Acalme-se, só queremos ajudá-la - disse Laura sentando-se a
seu lado e segurando-lhe nas mãos. Estavam geladas.
Gil esperou uns segundos, para que a jovem se acalmasse e depois retomou a palavra.
Gil esperou uns segundos, para que a jovem se acalmasse e depois retomou a palavra.
- Não
vou denunciar a fonte, mas ficámos a saber, o que se passou consigo, a razão do
seu divórcio, bem como da existência do seu filho. Eu e a minha irmã conversámos sobre isso e
chegamos à conclusão, de que uma vez que vai ficar a viver aqui, deve trazer
para cá o seu filho. Amanhã vou mandar pôr um divã no seu quarto, e depois com
mais tempo poderá decorar o quarto a seguir ao seu para ele. A minha irmã vai
ajudá-la.
Laura
abraçava a jovem que chorava copiosamente, sem saber que dizer, nem como lhes
agradecer.
Gil
não gostava de ver uma mulher chorar. Levantou-se da cadeira e dirigiu-se à
porta dizendo à irmã:
-
Tenho que ir ao quarto buscar uns documentos. Combinem a hora a que podem ir
buscar o menino de manhã, uma vez que de tarde a Inês terá que ir ao hospital.
Fechou
a porta e subiu. Não porque precisasse de ir buscar algum documento, mas porque
tinha de digerir a emoção, que o facto de saber que em breve tinha a filha em
casa lhe proporcionara. Saber que dentro de dias ia poder abraçá-la, dava-lhe
um aperto no peito, e punha-lhe os olhos brilhantes. Podia compreender a angústia de Inês, tendo
que viver longe do filho. E sentia-se satisfeito pela decisão que tomara de
trazer o miúdo para junto da mãe. Aquela casa estava demasiado triste. Duas
crianças iam decerto ser como um raio de sol que rompe a
escuridão e ilumina tudo à sua passagem.
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26.11.19
NOTÍCIAS DO DIA
Boa tarde,amigos. Estivemos hoje no hospital do Barreiro, onde o marido esteve internado em Julho, para a consulta de neurologia, por causa do AVC que sofreu em Julho. O médico achou que estava muito bem, respondeu à questão das falhas de memória que por vezes tem, dizendo que os exames estão bem, e que aquelas são queixas normais, em toda a gente que sofre AVC. Marcou nova consulta para Abril e diz que nessa altura parte dessas queixas devem ter desaparecido, mas que ele tem que pensar que com a idade a nossa memória vai enfraquecendo e vai haver sempre alguns esquecimentos.
Muito obrigada a todos pelo apoio.
PENSAMENTO DO DIA
E hoje é dia do marido voltar ao hospital para a consulta de neurologia, por causa do AVC que teve no início de Julho.
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Leandro Karnal,
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25.11.19
OS SONHOS DE GIL GASPAR - PARTE XVIII
- Pois
a minha proposta é a seguinte. Montas uma boa sala de consultório, com tudo o
que seja necessário para dar consultas e para tratar de uma boca. Eu assumo as
consultas e terás que arranjar um bom dentista. Pudemos dividir o espaço
trabalhando duas vezes por semana cada um em dias alternados. A propósito tu
imaginas quantas doenças advêm de uma boca em mau estado?
-Mas
tu és uma neurologista.
-Mas
antes de me poder especializar, a minha formação foi medicina geral. Isso não
me preocupa, até posso exercer as duas especialidades alternadamente sempre que
necessário. Imaginas quanto tempo de espera tem atualmente uma consulta de
neurologia num hospital público? E a gente a quem a Fundação se destina não tem
meios para os privados. Mas adiante, o que me preocupa, é que um projeto como o
que o Alcides me descreveu, não é coisa de meia dúzia de milhões. Tanto eu como o
Marco conhecemos os teus sonhos desde que somos gente. Mas lembras-te do que a
nossa mãe dizia? “Não se pode dar um passo maior do que a perna.” Tens noção
daquilo em que te estás a meter? Que eu saiba não tens nenhum poço de petróleo
nem nenhuma mina de ouro.
-
Não. Mas tenho um gestor financeiro que vale o seu peso em ouro, e alguns
investimentos no oriente, em poços de petróleo sim. De resto, deves saber que
há sempre alguns mecenas que preferem investir dinheiro em obras destas, do que
ter de o dar ao estado em impostos.
-
Bom tu é que sabes. Tens alguma ideia do investimento inicial?
-Uns
cem milhões aproximadamente.
A
jovem, assobiou ao mesmo tempo que se inclinava sobre a secretária, na frente
do irmão.
-
Caramba, Gil, quase me matas do coração. Como é que podes dizer isso assim com
essa calma?
- Laura,
eu nasci pobre, mas Deus deu-me um dom que me trouxe muito dinheiro. E quando
esse acabou, deu-me este, - apontou para a cabeça – que continuou a dar-me
muito dinheiro. Por fim deu-me pessoas especiais, honestas e inteligentes que
fazem crescer a minha fortuna todos os dias. ELE ficaria muito desiludido comigo,
se eu me limitasse a amontoar os milhões. E na verdade, eu também não gostaria
de mim próprio se fosse assim. Porque eu sei que quando morrer a única diferença
com o nascimento será que nasci nu e morro vestido. Tudo o resto cá ficará.
-És um filósofo e um filantropo. Mas tens uma filha, e poderás ter mais filhos.
Não pensas neles?
-Claro
que sim. Mas não é o dinheiro a melhor coisa que lhes quero deixar. Quero que
eles encontrem um mundo melhor do que aquele que eu encontrei e quero lutar
para que isso aconteça. E ensinar-lhes com o meu exemplo a também eles contribuírem
com a sua parte para essa mudança. Como diz o meu amigo Rogério, "mudar o mundo não custa. Leva é tempo."
Calou-se
por momentos e depois disse:
-A
esta hora, a Inês já deve ter chegado do hospital. Hoje não vi a minha filha
mais do que cinco minutos. E estava a dormir. Também não pude falar com o
médico dela que estava no bloco operatório. Importas-te de ver se ela já chegou
e pedir-lhe que venha aqui falar comigo? Gostava que estivesses presente, podíamos
resolver a situação do filho dela.
-
Está bem. Continuamos a nossa conversa ao jantar – disse saindo da biblioteca
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24.11.19
PORQUE HOJE É DOMINGO
Respondem do outro lado:
- É sim, minha senhora. Faça favor de dizer.
- É sim, minha senhora. Faça favor de dizer.
Diz a mulher:
- Eu, esta manhã, tive uma consulta com o senhor doutor e só queria saber se as minhas cuequinhas não ficaram aí por esquecimento…
- Eu, esta manhã, tive uma consulta com o senhor doutor e só queria saber se as minhas cuequinhas não ficaram aí por esquecimento…
Diz a recepcionista:
- Um momento…vou já ver, minha senhora.
- Um momento…vou já ver, minha senhora.
Três minutos depois a assistente informou a senhora que não tinha encontrado nenhuma cuequinha.
Responde a mulher:
- Obrigada! Vou ligar então para o consultório do meu dentista…
- Obrigada! Vou ligar então para o consultório do meu dentista…
***********************
Um amigo apanha outro no WC a urinar sentado na sanita, admirado diz:
- Mas o que é isto, os homens mijam de pé! O que te aconteceu?!
- Mas o que é isto, os homens mijam de pé! O que te aconteceu?!
Explica o homem:
- Olha, na 2ª feira passada saí com uma loira, 1,80 m, seios fartos, um corpo inacreditável, e na “hora H” murchei! Na 3ª feira saí com uma morena, 20 anos, corpo firme, carinha laroca, e na “hora H” murchei! Na 4ª feira foi com uma ruiva, murchei! Na 5ª feira com uma cota enxuta, tudo em baixo…
- Olha, na 2ª feira passada saí com uma loira, 1,80 m, seios fartos, um corpo inacreditável, e na “hora H” murchei! Na 3ª feira saí com uma morena, 20 anos, corpo firme, carinha laroca, e na “hora H” murchei! Na 4ª feira foi com uma ruiva, murchei! Na 5ª feira com uma cota enxuta, tudo em baixo…
O amigo, indignado, pergunta-lhe:
- E pá, tudo bem, murchar faz parte, acontece a qualquer um, mas porquê mijar sentado?
- E pá, tudo bem, murchar faz parte, acontece a qualquer um, mas porquê mijar sentado?
Responde o homem:
- Então tu achas, que depois disto tudo ainda vou dar a mão a este traidor?!
- Então tu achas, que depois disto tudo ainda vou dar a mão a este traidor?!
*********************
Para testar a personalidade de um alentejano, o dono da empresa mandou pagar 500€ a mais no salário dele. Os dias passam, e o funcionário não diz nada. No mês seguinte, o patrão faz o inverso e manda tirar 500€.
Nesse mesmo dia, o funcionário entra na sala para falar com ele:
- Engenheiro, acho que houve um engano e tiraram-me 500€ do meu salário.
Nesse mesmo dia, o funcionário entra na sala para falar com ele:
- Engenheiro, acho que houve um engano e tiraram-me 500€ do meu salário.
- Ah é?! Curioso porque no mês passado eu paguei-lhe 500€ a mais e você não comentou nada! – Informou o chefe.
- Pois, mas é que um erro eu ainda tolero agora dois acho um abuso!!!
**************************
Uma loira acorda, chega ao quintal e depara-se com um pinguim. Ao mesmo tempo, olha para o lado, vê o seu vizinho e, sem saber o que fazer, pergunta:
- Já viu o que está aqui? Um pinguim! O que é que eu faço?
Bom domingo
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Uma loira acorda, chega ao quintal e depara-se com um pinguim. Ao mesmo tempo, olha para o lado, vê o seu vizinho e, sem saber o que fazer, pergunta:
- Já viu o que está aqui? Um pinguim! O que é que eu faço?
O vizinho responde:
- Não sei! Olhe, leve-o ao Jardim Zoológico.
- Não sei! Olhe, leve-o ao Jardim Zoológico.
No dia seguinte, o vizinho olha para a casa da loira e vê-a a sair com o Pinguim preso por uma trela e pergunta:
- Então, não levou o pinguim ao Jardim Zoológico?!
- Então, não levou o pinguim ao Jardim Zoológico?!
E a loira:
- Sim sim e ele gostou muito! Hoje vamos ao Oceanário!.
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- Sim sim e ele gostou muito! Hoje vamos ao Oceanário!.
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Um velhinho, com os seus 85 anos, voltando da viagem de lua-de-mel, encontra um amigo que lhe pergunta:
- Então, como foi a lua-de-mel?
- Então, como foi a lua-de-mel?
- Óptima ! – Responde o velhinho.
O amigo, querendo gozar com o velho, pergunta:
- E o sexo, como foi?
- E o sexo, como foi?
Diz o velhinho:
- O sexo? Fizemos quase todos os dias!
- O sexo? Fizemos quase todos os dias!
Espantado diz o amigo:
- Como assim, quase todos os dias?!
- Como assim, quase todos os dias?!
Explica o velhinho:
- É isso mesmo! Quase fizemos na segunda, quase fizemos na terça, quase fizemos na quarta…
- É isso mesmo! Quase fizemos na segunda, quase fizemos na terça, quase fizemos na quarta…
Bom domingo
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Porque hoje é Domingo,
Porque rir faz bem
23.11.19
PARA MEDITAR
Perguntaram ao Dalai Lama...
"O que mais o surpreende na humanidade?"
E ele respondeu:
Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
Bom fim de semana
"O que mais o surpreende na humanidade?"
E ele respondeu:
Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
Bom fim de semana
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22.11.19
OS SONHOS DO GIL GASPAR - PARTE XVII
-Meu
Deus! E o menino ficou lá?
-Segundo
a psicóloga, o menino foi entregue a uma família de acolhimento, porque ela
tinha medo que ele o descobrisse e lhe fizesse mal para a tingir, porque ele
não queria o divórcio.
- Porque
não me contaste?
- Porque
naquela altura tinhas preocupações mais que suficientes, com o nascimento da
Mariana, o funeral da Sara, o teu sogro e cunhados, e as visitas ao hospital.
Mas agora que falamos nisso, penso que podias trazer o filho dela para aqui.
Esta casa é tão grande que decerto nem ias dar pelo miúdo. A mãe ficaria mais
descansada, e sem preocupações o que era uma mais valia para a Mariana. O que
dizes?
- Apesar
de a levar todos os dias ao hospital, não troquei com ela mais do que meia
dúzia de palavras, e sempre sobre o estado da minha filha. Tu é que a contrataste,
fala com ela e diz-lhe que se quiser pode trazer o filho para viver aqui. Pode
ser que assim se estabeleça um vínculo de amizade entre ela e as demais
empregadas. Não me agrada o ambiente entre elas. Outra coisa, desde quando o
meu advogado é para ti “o Alcides”? Que se passa com vocês?
Sem
responder, a jovem levantou-se e foi até à janela. Pouco passava das quatro,
mas dia escurecia rapidamente. Pensou que era normal, afinal faltavam duas
semanas para o Natal. Voltou para junto da secretária e sentou-se. Só então
respondeu ao irmão.
-
Nada mais do que uma boa amizade. Quando, ou se, chegar a ser algo mais, podes
ter a certeza que te direi, embora me considere suficientemente adulta para não
ter de te dar conta dos meus atos.
-
Sabes que só quero que sejas feliz.
-
Eu sei, mano - disse Laura abraçando-o. - Sabe Deus como eu também quero a tua
felicidade. Mas tenho fé que ainda vais arranjar alguém, que te faça feliz.
Quem sabe a Luna? Ou ela é casada?
-
Agora és tu que queres governar a minha vida? A Luna é uma boa amiga, uma
espetacular mulher de negócios, a melhor agente literária que conheço, mas é
também uma mulher muito independente, e eu seria completamente insensato e
muito infeliz se me apaixonasse por ela.
Por
outro lado, a minha experiência matrimonial não me deixou muita vontade de
reincidir. Neste momento o que me preocupa, é a minha filha, os meus projetos,
e a tua situação. Já pensaste no sítio onde queres montar a clínica?
- Não.
Na verdade, já tenho uma proposta para um hospital particular. Depois o Alcides
contou-me o teu projeto de Fundação, e se se concretizar pretendo trabalhar
nele.
-Como
assim?
- Vai
ter um posto médico, não vai?
-Claro.
Mas tinha pensado em algo básico, com uma enfermeira, para fazer alguns pensos,
dar injeções e sobretudo ensinar às pessoas certos hábitos de higiene, distribuísse
escovas e pasta de dentes, e preservativos.
21.11.19
PENSAMENTO DO DIA
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Mia Couto,
Pensamento do dia
20.11.19
OS SONHOS DE GIL GASPAR - PARTE XVI
Dias
depois, também Laura se despediu desta vez por pouco tempo. Faltava-lhe apenas
uma semana para o término do estágio e não podia deixar de o acabar para que
pudesse constar do seu currículo.
Gil
dirigia-se todos os dias ao hospital. Via a filha e ia-se embora deixando Inês
no hospital, para que pudesse estar com a bebé todo o tempo que lhe era
permitido. Quando este terminava, ela apanhava um táxi para se dirigir à
residência do seu patrão, onde agora também morava.
Inês
era uma mulher de estatura média, de grandes e expressivos olhos castanhos,
cabelo curto e de um bonito tom de mel. Apesar de ser magra, tinha as formas
bem definidas. Era educada, com as
outras empregadas da casa, mas falava com elas apenas o estritamente
necessário, embora tivesse a noção de que elas a achavam arrogante e
empertigada.
Inês
não se importava com o que elas pudessem pensar. O seu trabalho seria cuidar da
bebé e isso ela faria com todo o seu saber e amor. Sim porque ela adorava
crianças.
A
sua vida, tudo o que passara até chegar ali, era a sua vida e só a ela
interessava.
O
patrão não lhe fizera perguntas, mas a irmã, sim. E foram tantas as que não
respondeu, que se admirou quando ela lhe telefonara a dizer que o lugar era
seu. Afinal ela não tinha outras referências que as do hospital pediátrico onde
trabalhara, e cujo emprego se vira obrigada a deixar, para se poder esconder de
um marido extremamente violento. O que mais a entristecia, era estar separada
do filho, Jorge, de cinco anos. Não podia tê-lo consigo, nem levá-lo para casa
dos seus pais, pois seria o primeiro lugar onde o ex-marido o procuraria. No
centro de apoio onde se acolheram, arranjaram-lhe um lar de acolhimento onde
poderia estar um máximo de seis meses, até que ela conseguisse resolver a sua
situação.
Apesar
do divórcio e da proibição feita ao marido de não se poder aproximar dela, Inês
tinha muito medo. Estava cansada de ouvir notícias de homens que matavam as
mulheres, apesar de estarem proibidos de se aproximarem delas. Ela não temia
por ela, mas pelo que ele podia fazer ao filho, sabendo que isso a faria sofrer
muito mais do que qualquer coisa que lhe fizesse a ela.
Alheio
a toda esta situação, Gil pensava, se a irmã tinha feito bem em contratar para
cuidar da sua filha, uma mulher que parecia estar zangada com o mundo inteiro.
Por isso quando a irmã regressou,
não
pôde evitar a pergunta.
-
Que te levou a contratar aquela mulher para cuidar da minha filha? Que
referências te deu?
Os
dois irmãos encontravam-se sentados na sala que era simultaneamente biblioteca
e escritório, no piso inferior da moradia. Laura encarou o irmão e perguntou:
- O
que é que ela fez? Não tem ido ver a menina? Fizeram alguma queixa dela, no
hospital?
-
Não. Mas está sempre com uma expressão, que parece que todos lhe devem e ninguém
lhe quer pagar. E tenho notado que não fez amizade com nenhuma das empregadas da
casa.
-Bom, as referências do hospital onde trabalhou, foram as melhores. Sabes que é
divorciada? A vida dela não deve ter sido nada fácil. O Alcides foi à morada
que ela me deu e sabes o que era? Uma casa de apoio às vítimas de violência
doméstica. Como a psicóloga de lá é conhecida dele, conseguiu saber que quando
chegou lá com o filho, apresentava várias marcas de espancamento.
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19.11.19
PENSAMENTO DO DIA
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18.11.19
OS SONHOS DO GIL GASPAR - PARTE XV
Nos
dias que se seguiram Gil, teve que ir ao aeroporto esperar o pai de Sara e os
seus meios-irmãos, e levá-los para um hotel. Apesar da sua casa ter espaço
suficiente para os instalar, ele vira-os apenas três vezes em todo o tempo que
durou o seu casamento, não tinha com eles um vínculo afetivo que lhe permitisse
sentir-se confortável em partilhar com eles a sua casa. Por outro lado, eles
eram respetivamente avô e tios da sua filha, e tinham todo o direito de querer
vir a Portugal ver a menina quando quisessem. Foi isso mesmo que disse ao
sogro, quando o levou ao hospital para que pudesse ver a neta.
Pese
a tragédia que se abatera sobre a sua vida, Gil contava com o apoio constante
dos seus irmãos. Marco e Laura, que logo que soube do nascimento da sobrinha
viajou para Portugal.
Foi
Laura quem fez as entrevistas para a ama da bebé, apesar das empregadas de Gil, garantirem que entre as três cuidariam da menina, com todo o carinho, como se de
uma neta se tratasse. Mas Laura disse que a criança precisaria de uma pessoa
mais jovem para cuidar dela. E dado que era uma bebé prematura, ela exigira
e acabara por contratar, uma ama com conhecimentos de enfermagem. Gil ainda nem
a vira, apenas sabia pela irmã, que se chamava Inês, tinha trinta anos e era
divorciada. Bom a vida da ama não lhe interessava, só desejava que fosse
competente. Ela iria ao escritório do advogado assinar o contrato no dia
seguinte, e seria a partir desse momento a ama da sua filha. Laura decidira que
ela devia ir todos os dias ao hospital e estar com a menina todo o tempo que lhe fosse
permitido a fim de que a bebé, se habituasse à sua presença.
Também
o doutor Alcides, foi de uma enorme ajuda. Ele estivera presente junto da
família, como se de um membro da mesma se tratasse, muito embora Gil pensasse
que não o fazia apenas por altruísmo. Não lhe passara despercebido, o agrado do
advogado quando lhe apresentara a sua irmã. Nem a troca de olhares que
surpreendeu entre os dois por mais do que uma vez. Se isso ia significar ou não
alguma coisa, não sabia, mas não lhe desagradava nada se os dois se
apaixonassem. Tinha pelo advogado uma relação que ia muito para além da que um
cliente tem pelo seu causídico.
Após
o funeral, Gil acompanhou a família da sua falecida esposa ao aeroporto,
reiterou o convite para virem visitar a bebé quando quisessem, mas o sogro
usando de uma franqueza que muito lhe agradou, disse:
-
Não será muito fácil, voltar a Portugal tão cedo. A minha família, é grande, os
dois rapazes mais velhos, que já estão a trabalhar dão uma pequena ajuda, mas
os dois também se preparam para constituir família, e não podem ajudar muito
. Os
outros ainda estão na escola, e eu e a minha mulher trabalhamos muito para lhes
dar o essencial. E as viagens para Portugal, são caras.
-
Mas isso não é problema. Só me dizem quando querem vir, eu trato do resto.
-
Eu sei que o senhor é rico e que o faz sem qualquer esforço, mas não. Se o
aceitei agora, foi porque era a única hipótese que tínhamos de nos despedir da
nossa querida Sara. Nunca mais o farei. Um homem pode ser pobre, mas isso não
quer dizer que não tenha orgulho. De qualquer modo, muito obrigado por tudo, e
se por acaso um dia for a França com a menina e quiser passar pela minha casa,
vou ter muito gosto em poder abraçar a minha neta.
Despediram-se
com um forte abraço. Gil ficou no aeroporto até o avião se elevar nas alturas.
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17.11.19
PORQUE HOJE É DOMINGO
Um casal americano foi visitar Jerusalém. No segundo dia de viagem, o marido, morre subitamente de um ataque cardíaco. O agente funerário vai ter com a viúva para tratar do funeral.
-Quanto custa? - perguntou ela.
- Se o funeral for feito aqui, são 1.000 dólares. Se for para a América são 20.000 dólares - informou o homem.
A viúva pensou por uns minutos e depois disse:
- Quero o funeral para a América.
O agente estranhou. Afinal era uma grande diferença em dinheiro, e ao morto tanto fazia ser enterrado num lado como noutro. Perguntou:
-Tem a certeza minha senhora?
-Ontem, durante a visita, o guia disse-nos que foi aqui, que há mais de dois mil anos ressuscitou aqui um homem. Não vou correr esse risco,- respondeu a viúva.
***************
Estava um alentejano sentado à mesa de um café, em Porto Covo, quando chegam três turistas da capital, e sentam-se à mesa dispostos a gozar com ele…
Diz o primeiro lisboeta:
- Eu tenho muito dinheiro.. Vou comprar o banco BPI !
- Eu tenho muito dinheiro.. Vou comprar o banco BPI !
Diz o segundo lisboeta:
- Eu sou muito rico… Eu vou comprar a fábrica Fiat Automóveis !
- Eu sou muito rico… Eu vou comprar a fábrica Fiat Automóveis !
Diz o terceiro lisboeta:
- Eu sou um magnata.. Vou comprar todos os supermercados Continente !
- Eu sou um magnata.. Vou comprar todos os supermercados Continente !
E os três ficam esperando o que o alentejano vai dizer. Ele dá uma baforada no cigarrito, engole a saliva… faz uma pausa… cospe no chão e diz:
- Nã vendo…!
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Num escritório trabalhavam três mulheres que tinham por chefe, também uma mulher. A cada dia elas reparavam que a chefe saía sempre mais cedo. Um dia todas decidiram que, quando a chefe saísse, elas fariam o mesmo. Afinal, depois de sair a chefe nunca mais voltava, nem dizia mais nada, por isso estariam seguras. E porque é que também não poderiam ir para casa mais cedo?
A morena ficou absolutamente radiante por ir mais cedo para casa. Pôde tratar um pouco do jardim, passar algum tempo a brincar com o filho e conseguiu ir para a cama mais cedo.
A ruiva ficou também deliciada com o tempo extra. Aproveitou para uma curta aula no ginásio antes de se preparar para um encontro ao jantar.
A loira também ficou contente com a ideia de chegar a casa mais cedo e surpreender o marido. Mas quando se aproximou do quarto ouviu vários sons e ao abrir a porta ficou mortificada por ver o marido com a sua chefe em grande acção na cama! Suavemente fechou a porta e saiu de casa.
No dia seguinte, durante a pausa para café, a morena e a ruiva planeavam sair de novo mais cedo e perguntaram à loira se ela ia fazer o mesmo. Ao que a loira respondeu:
- Acham?! Nem pensar! Então não é que ontem, quase que fui apanhada…
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Duas amigas encontram-se na rua e lamenta uma delas:
- Estou com umas dores de garganta que quase nem consigo falar.
- Estou com umas dores de garganta que quase nem consigo falar.
Diz a amiga:
- A sério? Que mau! Mas olha, quando tenho dores de garganta, costumo fazer uma coisa e fico logo boa!
- A sério? Que mau! Mas olha, quando tenho dores de garganta, costumo fazer uma coisa e fico logo boa!
- Ai é?! E o que fazes? – Pergunta interessada a primeira.
Explica a mulher:
- Faço sexo oral ao meu marido e, por incrível que pareça, no dia seguinte estou uma maravilha.
- Faço sexo oral ao meu marido e, por incrível que pareça, no dia seguinte estou uma maravilha.
A amiga estranhou o método da mulher mas lá aceitou o conselho e seguiu caminho. No dia seguinte encontram-se novamente e pergunta a segunda:
- Então que tal das dores de garganta?
Informa a primeira:- Então que tal das dores de garganta?
- Espectacular! Fiz aquilo que me disseste e resultou na perfeição! Ao teu marido é que lhe custou a acreditar que tinha sido ideia tua…
********************
Pede o Joãozinho:
- Pai, diga o nome de uma coisa que evapora rapidamente.
- Pai, diga o nome de uma coisa que evapora rapidamente.
Responde o pai:
- O éter.
- O éter.
Insiste o Joãozinho:
- Outra!
- Outra!
Sem saber o que dizer, diz o pai:
- O álcool.
- O álcool.
O Joãozinho:
- Agora, é a tua vez mãe!
Diz a mãe:- Agora, é a tua vez mãe!
- O ordenado do teu pai…
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domingo com humor,
Porque hoje é Domingo,
Porque rir faz bem
16.11.19
CURIOSIDADES LINGUÍSTICAS
Costuma dizer-se que a Língua Portuguesa é muito traiçoeira, por causa das palavras cujo significado pode ser dúbio. Mas pode ser igualmente traiçoeira quando viajamos para o estrangeiro, e a falamos abertamente junto dos habitantes desses países. Eis alguns exemplos:
1) Braga (Espanhol)
Para nós portugueses, Braga é a lindíssima capital do Minho, mas Braga em espanhol quer dizer... cuecas. Não será pois de estranhar que ao visitarem o norte de Portugal, os nossos vizinhos se espantem ao depararem com o nome da nossa bela cidade.
2) Droga (Polaco )
Bom se em português droga, quer dizer uma substância má e viciante com efeitos nocivos, em polaco droga quer dizer... estrada. Então se alguém lhe disser na Polónia que anda na droga não se escandalize. Provavelmente está apenas a caminho de casa.
3) Rui (Russo)
Na nossa Língua Rui é um nome próprio masculino. Mas se por acaso se deslocar a Moscovo de férias, não se faça acompanhar por nenhum amigo com este nome pois ia suar muito mal aos russos cada vez que o chamasse. Porque em russo Rui é uma asneira muito feia. É o calão mais básico para designar o pénis.
4) Propina (Espanhol)
A palavra propina pode não ter um bom significado na nossa Língua, mas para os nossos vizinhos, não é nada demais. Para eles propina quer dizer gorjeta.
5) Burro (Italiano)
O que faria se estivesse a tomar o pequeno almoço e alguém lhe dissesse "burro"? Se estiver em Itália não se amofine, pois provavelmente estão apenas a pedir-lhe ... manteiga. Isto porque em italiano a palavra burro significa exatamente isso. Manteiga.
6) Assume (Inglês)
Em português a palavra assume é o verbo assumir conjugado, enquanto em inglês a palavra quer dizer... supor alguma coisa.
7) Subir (Francês)
Toda a gente sabe o que quer dizer subir em português, todavia para os franceses, embora a escrevam exatamente da mesma maneira o significado é totalmente diferente. Para eles subir quer dizer... sofrer.
8) Acreditar (Espanhol)
Para nós, acreditar significa crer em algo. Para nuestros hermanos acreditar não é mais do que ... creditar dinheiro.
9) Despido (Espanhol)
Bom se algum espanhol lhe disser que foi despido, não quer de modo algum dizer que o deixaram nu, mas sim que foi... despedido do seu emprego.
10) Bâton (Francês)
Em francês a palavra bâton não significa de modo algum o batom que usamos nos lábios embora a grafia seja muito parecida. Bâton significa bastão.
11) Birra (Italiano)
Se para nós uma birra é coisa de criança, em Itália pelo contrário é coisa de adulto pois birra quer dizer... cerveja.
12) Embaraçada (Espanhol)
Em Portugal uma mulher embaraçada é uma mulher que está numa situação que lhe causa vergonha ou constrangimento. Para nuestros hermanos uma mulher embaraçada quer dizer que está... grávida.
13 Dobra (Polaco)
Se para nós uma dobra é uma espécie de curvatura, para os polacos dobra significa ... bom
14) Fita (Norueguês)
Todos nós sabemos o que é uma fita em Portugal. Mas se for à Noruega, evite dizer semelhante palavra em público. É que para eles, fita, é uma forma de baixo calão para se referirem ao órgão sexual feminino.
15) Presunto (Espanhol)
Se em Portugal, presunto é um pedaço de carne fumada da perna de porco, para os espanhóis , presunto quer dizer... presumível. Será usada por exemplo para dizer "O presumível autor deste artigo divertiu-se muito enquanto o escrevia"
16) Curva (Romeno)
Mais uma palavra difícil de explicar sem ferir susceptibilidades ( e esta já tive que a explicar muito bem em 2001 a Galina, uma emigrante colega de trabalho).
É que em romeno curva é o mais baixo calão para designar uma prostituta.
Já agora, sabem o que são falsos cognatos? Falso cognato ou falso amigo, é quando a palavra se escreve ou se pronuncia da mesma maneira que na nossa língua, mas possui um significado diferente.
fonte Vortex Magazine
15.11.19
OS SONHOS DE GIL GASPAR - PARTE XIV
Duas
semanas depois, os médicos decidiram que era chegada a hora de fazerem Mariana
nascer. Estava com trinta e duas
semanas, tinha boas hipóteses de sobreviver sem qualquer sequela, e a situação
no útero da mãe começava a tornar-se mais complicada à medida que a situação materna
se ia deteriorando.
Gil
fora avisado de véspera e por isso logo de manhã, dirigiu-se ao hospital com a
mala de roupa que preparara com a ajuda da Celeste, pois a falar verdade não
tinha a noção do que devia escolher entre a quantidade de roupinhas que enchiam
as gavetas da cómoda, no quarto que seria o da filha.
No
hospital, foi-lhe dada autorização para assistir à cesariana, e para isso teve
de se despir e vestir a bata esterilizada bem como a touca e sapatos cirúrgicos que a
enfermeira lhe deu.
E
foi com enorme emoção e algum receio que segurou a filha quando uma enfermeira
lhe desapertou a bata e lhe encostou o recém-nascido e minúsculo corpo da
menina ao seu próprio peito nu. Nada nem ninguém podia ter preparado Gil para a
intensa emoção que acelerou os seus batimentos cardíacos, e lhe pôs um nó na
garganta que lhe impediu qualquer palavra. Limitou-se a segurá-la com carinho,
e a tentar fazer-lhe sentir toda a força do seu amor, através do bater
acelerado do seu coração.
Como
se isso a tornasse mais forte e mais apta a sobreviver. Mas logo a enfermeira a
levou, para a pesar, vestir, ser vista pelo médico e levada para a incubadora,
até que lhe fosse dada alta.
Mil anos que ele vivesse, jamais esqueceria a
emoção que sentira no momento em que pegou na filha recém-nascida ao colo e
sentiu o frágil bater do seu pequeno coração
Pouco
depois, uma enfermeira fê-lo sair do bloco de partos, enquanto o informava que
as máquinas que mantiveram Sara artificialmente viva, iam ser desligadas. O
médico iria passar a certidão de óbito, e ele poderia iniciar com a agência
funerária os trâmites para o funeral.
Um
pouco mais tarde, já vestido abraçava o irmão, que chegara ao hospital, no
momento em que ele ia para o bloco operatório, e aguardara na sala de espera, por notícias.
- Foi
emocionante, Marco – disse Gil respondendo à muda interrogação dos olhos do
irmão. – Segurar nos braços aquele pedacinho de carne, sentir o seu coraçãozinho
bater no meu peito, nem consigo descrever o que senti.
- Ela
está bem de saúde? E o que vai acontecer agora? – perguntou o irmão.
-É
muito pequenina, mas fisicamente é perfeita e tem bons pulmões. Se visses como chorou
enquanto a limpavam. Agora vai ser examinada por um pediatra e levada para a
incubadora.
Uma enfermeira virá
avisar quando a Mariana esteja na incubadora. Vais comigo, vê-la?
-Posso?
- Segundo me informaram, só vamos vê-la através de um vidro. O médico acabou de me informar que vão desligar as máquinas que mantinham a Sara em vida artificial. Tenho que telefonar ao pai dela, e saber se a família vem
despedir-se dela, e se assim for, conseguir passagens de avião para eles.
despedir-se dela, e se assim for, conseguir passagens de avião para eles.
- Vamos
tratar de tudo juntos, não te preocupes. Enquanto telefonas para o teu sogro eu vou ligar para
a Laura.
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