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29.5.15

DE VOLTA

LAGOS

Ponta da Piedade. Destaque para a rocha do sapato


Situada no barlavento algarvio, a poucos Km da ponta de Sagres, Lagos é uma cidade cheia de história. E segundo ela, foi conquistada aos mouros em 1249, e recebeu o primeiro foral em 1266, no reinado de D. Afonso III. Contudo é no reinado de D. Afonso IV que atinge grande importância devido aos descobrimentos Portugueses.
Eram lacobrigenses os navegadores que descobriram a Madeira, e de Lagos partiu Gil Eanes para dobrar o Cabo Bojador. Lagos foi sempre uma cidade ligada ao mar. O Infante D. Henrique escolheu Lagos para armar as caravelas que partiram em busca da Índia. Na Meia-praia, foi rezada a missa campal antes das caravelas zarparem. Na igreja de S. António, e Museu de Lagos pode o visitante tomar conhecimento deste, e de outros factos.
Para quem gosta de praia, Lagos tem para todos os gostos. Praias de branco e longo areal envoltas em dunas como a Meia-Praia que o saudoso Zeca Afonso imortalizou, e praias recortadas na falésia, com rochas que mergulham num mar de águas límpidas, as praias da Batata, dos Homens, dos Estudantes, do Caldeirão, do Pinhão, da D. Ana, do Camilo, Grande, Canavial, do Porto de Mós, e já quase nos limites da cidade, a 6 Km de distância, a praia da Luz. Temos ainda a Ponta da Piedade, considerada o ano passado uma das mais belas do mundo, e cujas grutas marítimas merecem bem uma visita. De preferência num pequeno barco que pode entrar dentro das grutas e mostrar todo o seu esplendor.
Para quem gosta de passeios pedonais, poucas cidades podem oferecer uma tão vasta avenida à beira-mar para poder passear, enquanto  se observa a  marina, e toda a baixa antiga da cidade com as suas belas muralhas ou a fortaleza. Da Praça de Armas à Ponta da Piedade, se fazia outrora a Via Sacra durante a Semana Santa. A prová-lo os marcos na estrada.
Para aqueles que mesmo nas férias não descuram a cultura, Lagos oferece além do referido museu, uma biblioteca, um centro cultural, várias galerias de arte o Auditório Municipal, e o centro de Ciência Viva. A poucos km e ainda nos limites do concelho, o Passeio dos Poetas no Parque do Barão de S. João. 
Em gastronomia, Lagos também não pede meças a ninguém. Cataplana de mariscos, feijoada de búzios, carapaus alimados, e chocos com tinta, são algumas das iguarias, que pode provar, além claro das sardinhas assadas, que pode acompanhar com o vinho da região. Nos doces, eu pessoalmente sou fã do bolo de café, embora os doces de amêndoa e figo, sejam os mais conhecidos, bem como o famoso D. Rodrigo. Também já famosa é a sua feira concurso Arte doce, que se realiza no último fim de semana de Julho.
Dos espectáculos ao vivo nas ruas, às discotecas, as noites em Lagos são muito animadas.
Dá para perceber que sou apaixonada pela cidade. Mas digam lá não ficaram com vontade de conhecer?
Ah! já me esquecia. Para os amantes dos animais, Lagos tem um jardim zoológico. Onde pode apreciar entre outras espécies, o lince europeu, o lémure de cauda anelada, o lémure castanho de fonte branca, o cisne negro etc.
Aqui estive esta semana apenas em descanso e espero voltar em Julho para férias.
Mais algumas fotos para quem não conhece

                                                     O famoso D. Sebastião de Cutileiro

                                                                 Centro das muralhas
                                                               S. Gonçalo de Lagos
                                                  Banca de peixe no Mercado Municipal

                                            O arco da Muralha na Praça de Armas

                                                                     Praia da Batata

18.5.15

DOIS EM UM COMO NO SUPER

1º   Parabéns ao Benfica e a todos os benfiquistas pela conquista do campeonato.

2º O Sexta, atingiu hoje o número de 15.000 comentários.  Em 780 publicações o que dá uma média de quase 20 comentários por publicação. Para quem não tem muitos seguidores, e não apresenta textos de autores famosos que possam ser procurados, eu penso que é muito bom. Então eu acho que vós estais de parabéns. Para mim  sois os melhores leitores do mundo. Não vos limitais a ler. Vocês lêem e comentam o que lêem permitindo-me um feed que me ajuda a tentar ser melhor. 
Muito obrigada amigos/as. Para vós desejos de uma óptima semana e 

14.5.15

MARIA PAULA - FINAL

Aquele dia de Julho, amanhecera radioso, cheio de sol, e calor, contrastando com a tristeza, que Maria Paula carrega no seu coração, prenhe de saudades.
Como de costume tomou o pequeno-almoço com a família e depois seguiu para o emprego, acompanhada pelo irmão. Pedro entrava no escritório uma hora mais tarde, mas habituara-se a acompanhar a irmã, e gostava de o fazer. O caminho ficava mais curto, enquanto eles conversavam. Falavam da situação do país, dos seus empregos, dos sonhos que ele tinha de voltar à Universidade. Às vezes, dizia-lhe que era preciso esquecer, que devia arranjar um namorado. Ela limitava-se a sorrir com tristeza. Maria Paula, nunca amara ninguém até conhecer Diogo, e sabia, sentia-o dentro de si, nunca o iria esquecer. Ela era como seus avós. Mulher de um só amor, capaz de por ele viver, ou morrer. E o seu amor era Diogo.
Diogo! Que seria feito dele? Já teria regressado? E lembrar-se-ia dela? Maria Paula, tinha a certeza que sim. Ela, iria ser para sempre, uma lembrança no coração de Diogo, ainda que nunca mais se vissem, ainda que ele voltasse a apaixonar-se e casasse com outra. Ela não se casaria. Decidiu-o no dia em que acabara o namoro, seis meses atrás.
Que seria feito dele? Já teria terminado a comissão? Ela sabia que ele deveria voltar em Julho, mas com a situação a piorar dia após dia em Luanda, quem garantia que as datas seriam cumpridas?
Nunca um dia demorou tanto a passar. Sentia-se tensa, nervosa.
 Parecia-lhe que o ar estava carregado de electricidade, como se estivesse para se abater sobre ela uma tempestade. 
Às seis o irmão telefonou a dizer que tinha surgido um imprevisto, e portanto não a iria buscar.
“Mais essa” - pensou
Às sete despediu-se do patrão, que fechava a caixa, e saiu para a rua. Afastou uma madeixa de cabelo que lhe caia sobre o rosto, respirou fundo e encetou a caminhada rumo a casa.
- Maria Paula!
A jovem parou repentinamente como se um muro invisível a travasse. A voz soara nas suas costas com a força de um tiro, em noite calma. O coração batia freneticamente. O que era aquilo? Um sonho?
- Maria Paula!
Rodou sobre si mesma, e, o seu olhar mergulhou no olhar de Diogo.
Nada do que o jovem tinha ensaiado, precisou ser dito. Quando dois corações batem em uníssono, não são precisos discursos.  Depois ele abriu os braços e ela aninhou-se no seu peito, num abraço sem palavras, cada um ouvindo apenas, o coração do outro.



Fim  



Maria Elvira Carvalho

MARIA PAULA - PARTE XXIV


A primeira coisa que Diogo fez quando chegou à rua foi procurar a tal padaria. 
Encontrou-a sem dificuldade. Aproximou-se até bem perto, e aí parou. O pai de Maria Paula tinha dito que ela saía às sete. Eram precisamente cinco e quarenta e cinco. Não podia aparecer à jovem no seu local de trabalho, não 
só porque ele sabia que Maria Paula não gostava, mas também, porque depois da maneira como tinham terminado o namoro, precisavam de ter uma conversa séria que não seria possível num balcão de padaria. Tinha que 
esperar pela hora de saída da jovem e resolveu fazê-lo ali mesmo num simpático cafezinho com esplanada, quase frontal à padaria, donde veria perfeitamente a jovem, quando saísse do trabalho. Pediu uma cerveja, que o empregado lhe trouxe de seguida, acompanhada com um pires de tremoços.
Enquanto aguardava a marcha lenta dos ponteiros do relógio, mentalmente foi ensaiando o que iria dizer à jovem. No fundo sentia-se um pouco ridículo, pela ansiedade em que se encontrava. Afinal tinha quase 30 anos, acabara de vir de uma guerra, e estava a tremer como um adolescente. Estava nervoso. 
E se Maria Paula o tivesse esquecido?
- “Não sejas parvo. Se isso tivesse acontecido, o pai não te diria para a vires buscar” – pensou, tentando aquietar o coração.  Pouco antes das sete, pagou a conta, e concentrou toda a sua atenção, na porta por onde a jovem sairia.
Emocionou-se quando a viu aparecer. Estava mais magra, mas mantinha o porte altivo, e conservava no andar, a graciosidade das gazelas da sua terra.
Atravessou a rua, e uma vez atrás da jovem chamou:

-Maria Paula!

A jovem parou de repente. Mas durante alguns segundos, 
que a Diogo pareceram uma eternidade, não se voltou. Então ele chamou de novo:

-Maria Paula!


Amigos, graças a Deus estou bastante melhor. Ainda estou um bocado em baixo, mas penso que o pior já passou. A biopsia ao estômago deu negativo, o exame das glândulas do pescoço também. Próxima semana tenho mais três exames médicos, entre eles uma colonoscopia. E quanto à consulta de cirurgia  ainda não sei quando será.
Obrigada pelo vosso carinho e amizade. 




11.5.15

MARIA PAULA - PARTE XXIII







O jovem explicou que desejava encontrar uma família amiga. Ao mencionar o nome do Dr. Paulo Campbell, o homem disse-lhe que se lembrava bem do Dr. Paulo e levantou-se para ir buscar o registo.
Voltou pouco depois com um enorme dossier, que consultou na sua frente, informando-o de seguida que o Dr. Paulo, já tinha sido integrado no quadro médico do Hospital Universitário.
Diogo agradeceu e uma vez na rua, dirigiu-se ao hospital na esperança de encontrar o pai de Maria Paula, embora pesasse a hipótese de ele poder não estar de serviço.
Teve sorte, pois na secretaria informaram-lhe que estava, e qual o piso, pelo que pouco depois estavam frente a frente.
Foi com enorme emoção que se abraçaram. Paulo queria saber como estavam as coisas em Luanda, mas Diogo não tinha nada de bom para lhe contar. A cidade estava mergulhada na guerra civil.
Depois Diogo abriu o coração.
-Cheguei há poucos dias de Luanda. De licença, fui visitar os pais e agora aqui estou em busca da sua filha. Sabe, que antes de partir, Maria Paula terminou comigo? Disse-me que não via futuro para nós. Eu amo-a, e acredito que podemos ter um belo futuro pela frente. Ainda estou na Marinha, mas em breve levarei baixa. Tenho planos para montar um pequeno escritório e exercer a advocacia. Amo a sua filha, e tenho a certeza de ser correspondido. Preciso vê-la.
- A Maria Paula, está a trabalhar numa padaria. Sai às sete. Porque não vais buscá-la? A padaria fica aqui perto, é na mesma rua, não tem como enganar.
-Obrigado Dr. Desculpe, estou tão nervoso que nem perguntei por D. Luena, e pelo Peter.
- Dr.? Agora sou Dr? Trata-me como sempre me trataste. Dentro do possível, eles estão bem. Vai lá falar com a Maria Paula, e vê se lhe devolves a alegria que os olhos da minha filha perderam.
- Obrigado Paulo. Fico feliz, por estarem bem. Espero vê-los logo.
Estendeu-lhe a mão, que Paulo apertou calorosamente.


Para todas as amigas que hoje festejam o dia da Mãe, que tenham um dia muito feliz. E sobretudo que essa felicidade seja constante e não apenas um dia.

E eu continuo a recuperar lentamente.



8.5.15

MARIA PAULA - PARTE XXII



foto da Wikipédia



  O comboio chegou a Coimbra perto das 11 horas. A primeira coisa que Diogo  fez,  foi ir à Universidade para tentar encontrar o irmão de Maria Paula. Porém, como o jovem tinha abandonado os estudos, não conseguiu saber onde encontra-lo. Entretanto estava na hora de almoço, e resolveu procurar um restaurante onde almoçar. A meio da refeição, perguntou ao empregado:
- Por acaso podia dar-me uma ajuda? Preciso encontrar uma pessoa que mora na cidade, mas não sei onde.
- Não sabe onde fica a rua?
- Não amigo, não sei sequer o nome da rua.
O empregado olhou-o com estranheza. Diogo apressou-se a acrescentar:
- Não pense que estou doido. A pessoa em questão veio de Angola, fugindo da guerra.
- Ah! Retornado? É fácil, dirija-se à delegação do IARN. Ficam todos lá inscritos, vão saber informá-lo.
- E onde fica essa delegação?
-Dou-lhe já a morada. Mas se não é da cidade, e tem possibilidade, o melhor, é apanhar um táxi. Todos sabem o caminho para lá.
-Obrigado. Vou de táxi então. Pode trazer a conta?
-É para já – retorquiu o empregado afastando-se.
O relógio ainda não chegara às catorze horas, quando o jovem se viu na rua, à procura de um táxi. Sem nenhum à vista, percorreu a rua à procura de uma praça de táxis, quando viu um que vinha rodando na sua direcção.
 Levantou a mão e o carro parou.
Já instalado pediu que o levasse à delegação do IARN. Uns cinco minutos depois, estava junto do edifício. Pagou a corrida, saiu do táxi e entrou no edifício, não sem antes passar um lenço pelo rosto transpirado. Efeitos do calor que se fazia sentir, ou o nervosismo do momento?
Havia algumas pessoas à espera na sala. Diogo tirou uma 
senha e aguardou com alguma impaciência a sua vez.
Foi atendido por um senhor de meia-idade, calvo e que o
 olhou por cima dos óculos encavalitados na ponta do nariz.





Continuo muito debilitada, a fazer medicação. E aguardando uma consulta de cirurgia, para avaliação Estes episódios já estavam escritos, Vou voltando aos poucos 

3.5.15

3 DE MAIO - DIA DAS MÃES.





Para todas as mulheres que são mães, ou que desejam vir a sê-lo um dia, um dia muito feliz .
E principalmente que este dia se repita por todo o ano, já que nunca deixamos de ser mãe desde o momento do parto até ao último suspiro. Mãe é profissão em que a única remuneração é o amor, e da qual ninguém se reforma.
Peço desculpa se me ausentei dos vossos cantinhos mas ando outra vez à volta com problemas de saúde.