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31.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XX






Vim para Portugal, porque havia informações de que podiam estar a atuar aqui, alguns desses criminosos. O meu trabalho, era identificá-los e denunciá-los à polícia para que fossem presos. Porém quando o meu trabalho foi feito aqui, recebi ordens para avisar a polícia de que devia mantê-los sob discreta vigilância, mas não os podiam prender, pois os cabecilhas estariam em Londres. Se estes fossem presos, os outros deixariam de atuar durante uns tempos, ou iriam para algum casino menos conhecido em algum país noutro continente, o que inutilizaria meses de investigação. Recebi ordens para viajar com urgência para Londres, verificar se a notícia era real, e identificá-los a fim da detenção se fazer em simultâneo nos dois países. Levei três meses para o conseguir. Temos ordens rigorosas de que absolutamente ninguém pode saber a que nos dedicamos. A minha própria família, nunca soube qual era minha verdadeira profissão e nem queiras saber os sermões que me davam quando os visitava. 
- Mas como é que se descobrem esses criminosos?
- Precisamos observar todos os jogadores que perdem grandes quantias, e os que ganham grandes quantias. Temos que descartar os que perdem e ganham em simultâneo. Esses normalmente, são jogadores profissionais, que jogam pelo prazer de o fazer, e não têm interesse. Também descartamos os viciados como o teu marido.  Agora os que perdem todos os dias grandes importâncias sem preocupações, e nunca ganham, são suspeitos, a investigar, especialmente se no mesmo casino, houver outros a ganhar todos os dias grandes quantias. É esse o esquema de lavagem de dinheiro. Só temos que provar, a ligação entre quem perde, e quem ganha.
Tomou-lhe o rosto nas mãos e beijou-a suavemente com carinho. Depois continuou
- Foi o meu último trabalho. Apresentei a minha demissão. Nunca mais me quero separar de ti. Foram três meses horríveis. Tive saudades do teu sorriso, dos teus beijos, do teu cheiro.
- Nós também tivemos saudades tuas, - disse ela pegando-lhe na mão, e pousando-a sobre o seu ventre.
Levantou-se de um salto.
- Queres dizer... que vamos ter um filho? Vou ser pai? – Perguntou redopiando com ela pela sala.
- Pára por favor! Pões-me tonta.
 - Casas comigo? - Perguntou beijando-a com toda a paixão contida naqueles meses de ausência. 

30.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XIX



As semanas foram passando, uma após outra, mais de quinze, sem nada de relevante na vida de Eva,  a não ser os enjoos matinais que foram decrescendo de dia para dia até que acabaram por desaparecer. Os seus seios estavam  maiores e mais arredondados, a cintura um pouco mais larga, os olhos tinham um brilho diferente. Transformações normais, quando uma mulher está grávida. Novembro chegara ao fim, faltava menos de um mês para o Natal, havia a alegria e azáfama própria da quadra, mas ela sentia-se cada dia mais triste. No dia seguinte faria quatro meses, que André partira, e continuava sem notícias dele.  A sua única alegria, era pelo filho que trazia no ventre, e que já amava de todo o coração. Naquela tarde, pela primeira vez sentira o bebé mexer-se, e isso encheu o seu coração de alegria.
Ficou tão contente, que antes de chegar a casa, passou por uma loja de artigos de bebé, e comprou as primeiras roupinhas. Abriu a porta, e quase desmaiou de susto ao ver André na porta da cozinha.
- Hoje demoraste “cara mia” – disse tentando abraçá-la.
 Afastou-se furiosa.
- O que estás a fazer aqui? Como é que entraste?
- Pela porta. Esqueceste que tenho uma chave? Voltei Eva. Sei que deves estar zangada, mas agora já tudo acabou. Vim para me explicar.  
- Gostava que o tivesses feito antes de partires. Agora já não estou interessada.
 Empalideceu o rosto masculino? Ela diria que sim.
- Não estás a ser justa “amore mio” Se há coisa de que te dei provas, foi do meu amor.
- Pára de me falares em italiano. Sabes quanto tempo esperei por notícias tuas? Quase quatro meses. Dias em que esperei hora a hora, minuto a minuto, um telefonema, um postal, um “e-mail”, qualquer coisa, que me desse a certeza de que não tinha sido um brinquedo para ti. Noites em que não dormi, porque queria acreditar em ti e o desespero do teu silêncio não me deixava   - terminou num soluço.
Em duas passadas, André estava junto dela e abraçava-a com carinho.
- Eu sei que tens razão, Eva. Mas deixa que me explique. Por favor.
Tirou-lhe o saco da mão, que colocou em cima da mesa, despiu-lhe o casaco,  e empurrou-a suavemente para o sofá.
- Lembras-te que te disse no início, que tinha chegado a Portugal havia pouco tempo, e poderia em breve estar noutro país? Deverias pensar que era um aventureiro e que o fazia de moto próprio. A verdade é que tinha de o fazer por causa da minha profissão.
- A tua profissão? Jogador profissional? Grande profissão, - disse irónica.
- Jogador profissional sim, mas como disfarce. A verdade é que fui até há dois dias polícia. Mas não um polícia qualquer. Era  Agente Especial Internacional.
- Agente Especial? Como o James Bond? – perguntou incrédula, embora desejasse parecer irónica
Ele sorriu encantado com a ingenuidade dela.  
-Não querida, não ando por aí a saltar de aviões de arma na mão, a caçar espiões.
O meu trabalho era descobrir as quadrilhas ligadas aos cartéis da droga, ou da venda de armas, que fazem lavagem de dinheiro nos grandes casinos de todo o mundo.


29.3.20

HUMOR AO DOMINGO








Uma mulher chega ao pé do marido e pergunta-lhe furiosa:

- Encontrei um papel no bolso das tuas calças com o nome Sila e um número a acompanhar.

- Acalma-te, querida. Sila é o nome do cavalo que apostei a semana passada, e o número é o só o número da aposta.

No dia seguinte quando o marido chega a casa, a mulher dá-lhe uma estalada.

- Porque fizeste isso? -pergunta o marido.

- O teu cavalo telefonou hoje à tarde!



                                                    ********************

Uma loira ia sair pela primeira vez com um homem.
A mãe dela apreensiva, deu algumas instruções:

- Olha minha filha, se ele te convidar para sair, tu aceitas.
-Se ele te levar a jantar, tu vais.
-Se ele te convidar para conhecer o apartamento dele, tu vais.
-Se ele te oferecer uma bebida, tu aceitas.
-Se ele te convidar para ir pro quarto, tu vais.
-Se ele te pedir para tirar a roupa, tu tiras.
-Se ele pedir para te deitares na cama, tu deitas-te...
Mas, se ele subir em cima de ti para te desonrar, tu não deixa, ouviste bem minha filha?

Depois dos avisos, a loira saiu.
Quando chegou, foi contar à mãe o ocorrido:

- Tudo o que disse era verdade, mãe! Ele fez exactamente como a mãe tinha dito!
Só que na hora que ele subiu em cima de mim para me desonrar...

- Tu saíste logo da cama, não foi, filhinha? - Perguntou a mãe, apreensiva.

- Melhor! Eu dei a volta até ficar por cima, e desonrei-o eu a ele!


                                                   *****************

O filho entra em casa a correr e diz:

- Pai, o gato morreu! Foi atropelado!

A irmã começa a chorar e sai da sala em grandes prantos. O Pai explica então ao filho:

- Não é assim que se dá notícias dessas, filho! Tens que preparar primeiro as pessoas. Por exemplo, não contas logo que o gato morreu. Se calhar dizes antes que o gato anda a subir muito ao telhado. No dia seguinte dizes que o gato anda a fugir muito para a rua. E depois, quando já toda a gente sabe que o gato anda a correr riscos, dizes finalmente que ele foi atropelado. Percebeste?

- Sim.

No dia seguinte, o miúdo entra em casa a correr e diz:

- Ó Pai! Olha que a avó anda a subir muito ao telhado!



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O menino entra de repente no quarto e vê a mãe em flagrante deitada em cima do pai a fazerem sexo.
Que estás a fazer, mamã? – Pergunta o filho.
A mãe meio atrapalhada, responde:
- Ah… querido… bem… sabes é que o teu pai está muito gordo e eu estou a tirar todo o ar que está dentro dele…
E o menino:
- Não adiante mamã! Quando tu fores trabalhar, a vizinha do lado vai soprar no canudinho e ele volta a encher de novo…

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Um artista pergunta ao dono de uma galeria se alguém se mostrara interessado nos seus quadros. O dono responde-lhe:
- Tenho boas e más noticias…
Expectante diz o artista:
- Dê-me as boas primeiro!
Começa a contar o dono da galeria:
- Bom, as boas são que eu disse a um cliente que quando você morrer os seus quadros vão triplicar de valor e ele comprou-os todos.
Felicíssimo diz o artista:
- Ena! Mas isso é óptimo! Então e as más?
Responde o dono da galeria:
- As más são que o cliente era o seu médico…

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Um tipo ia a passar perto do muro do manicómio, quando deparou com um homem que, na cerca, gesticulava e falava sozinho. Pergunta o tipo ao maluco:
- Então, diga lá, porque veio aqui parar?
Responde o maluco:
- Olhe, foi assim:
1. eu casei com uma viúva que tinha uma filha já crescida; o meu pai foi casar com essa minha enteada e isso fez com que minha mulher ficasse sendo sogra do meu sogro e o meu pai meu enteado.
2. Depois, minha madrasta, a filha da minha mulher, teve um filho e essa criança era meu irmão, porque era filho do meu pai, mas também era filho da filha da minha mulher e, portanto, seu neto e isso tornou-me avô do meu irmão!
3. A seguir, teve a minha mulher um filho. Portanto, a minha sogra, irmão do meu filho, é também sua avó, porque ele é filho do seu enteado! O meu pai é cunhado do meu filho, porque a irmã dele é sua mulher.
4. Eu sou irmão do meu próprio filho, que também é filho da minha avó! Sou cunhado da minha madrasta, a minha mulher é tia do seu próprio filho, o meu filho é sobrinho do meu pai e eu sou avô de mim mesmo!!!
5. E esta é a razão de eu estar aqui…




28.3.20

ESTOU MESMO IRRITADA



Bom dia amigos.
Sou por natureza, uma mulher com uma enorme capacidade de compreensão o que faz com que dificilmente me irrite, embora tenha denunciado muitas vezes em contos ou poemas, situações que não me agradam. Adiante.
Pois agora com este vírus à solta por aí, estou a ficar irritada, não só pelos estragos que tem feito em todo o mundo, como por aquilo que ele pôs a descoberto.
Irrita-me esta UE, que ainda não descobriu o significado da palavra União, que em vez de se unir e procurar em conjunto vencer o perigo se está nas tintas, seguindo o lema de que cada um se vire como puder, havendo até um ministro de um dos países, da tal UE (ou desunião) com descaramento para pedir uma investigação sobre outro dos seus membros, que se mostra com grande dificuldade, por não ter capacidade orçamental, para lutar contra a pandemia.
Irrita-me que tenham havido, pessoas capazes de apedrejar um autocarro de idosos infectados, que se dirigiam do lar onde residiam, para outro local com melhores condições para serem cuidados. Essas pessoas nasceram de chocadeira, não têm pais? Nem se lembram que se não morrerem entretanto serão idosas daqui por uns anos quando vier por aí outro "corona" qualquer?
Irritam-me os jovens que andam a tossir e a espirrar para cima das pessoas de propósito e a publicar vídeos na Internet, mostrando o que fazem e incentivando outros a fazê-lo, como se a vida dos outros, possa tornar-se num jogo divertido para eles. E mais do que irritar-me, entristece-me, porque se eles são os homens de amanhã, que futuro podem encontrar aqueles que nascem agora? 
Irritam-me pessoas como Trump, Bolsonaro, e Boris Johnson, tão endeusados que se julgavam capazes de impedir o vírus de entrar nas suas fronteiras, como se o dito cujo, fosse um qualquer cavaleiro mal armado, dos tempos medievais. E a estupidez de certas afirmações como  "isto não passa de uma gripezinha", ou "nada acontece aos brasileiros" etc. 
Irritam-me os apoiantes do Bolsonaro que difundem notícias falsas, em vídeos que dizem que "Trump já tem o medicamento que cura o covid 19, e o vai enviar gratuitamente para o Brasil por ser amigo do Bolsonaro. Tenho pena de não saber como tirar o vídeo que me enviaram pelo Messenger, para que vocês vissem a que ponto chegam. Fazem-me pensar nos ratos, atrás do tocador de flauta de Hamelin. 
Irritam-me as pessoas que só sabem criticar, a maneira como em Portugal se está a lutar com este inimigo invisível, quando  todos sabemos que nos outros países não se faz melhor e alguns são bem mais ricos do que nós.
E pronto é tudo por hoje, não vá eu engasgar-me com tanta irritação.


Bom fim de semana

27.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XVIII



Três semanas se passaram.
 Eva,  perdeu o sorriso que ultimamente voltara a iluminar o seu rosto.  Saía de casa, para o trabalho e deste para casa. Ainda não tinha tido coragem de ir ao orfanato, e naquele sábado tinha que o fazer, pois a Irmã Madalena, telefonara-lhe na véspera preocupada com o seu desaparecimento. Ficaria decerto mais preocupada quando a visse. 
A jovem, perdera o apetite, emagrecera, e nos últimos dias, todas as manhãs tinha enjoos. Fez as contas, e verificou alarmada que o período já lhe devia ter aparecido há doze dias atrás. Doze dias de atraso, ela que era mais certa que um relógio suíço? Uma gravidez, era só o que lhe faltava agora, para agravar a sua situação. Foi à farmácia e comprou dois testes. Fez o primeiro e o resultado positivo repetiu-se no segundo. Como fora possível ter sido tão inconsciente? Como não se lembrara de que interrompera a tomada da pílula depois de ter ficado viúva? Logo ela que sempre se atormentara com o facto de não conhecer os pais, ia trazer ao mundo um filho sem pai. Sim porque apesar de tudo, nem por um momento pensou em abortar.
Embora sem vontade, obrigou-se a almoçar, pensando no pequeno ser que tinha no ventre. E depois do almoço, meteu-se no carro e dirigiu-se ao orfanato. Estava tão necessitada de colo.
A Irmã Madalena, percebeu isso mesmo, mal a viu. Talvez por isso o abraço com que a recebeu foi mais carinhoso que nunca. Depois no seu gabinete, esperou paciente, que a jovem desabafasse.
- E quando cheguei para almoçar, tinha desaparecido, deixando-me esta carta e os documentos de doação da casa, - terminou ela estendendo à freira a missiva que André lhe deixara.
A freira, leu-a em silêncio e devolveu-lha.
- Isso foi há três semanas, e desde aí, nem uma palavra. Que lhe parece Irmã?
- Sinceramente não sei que te diga, Eva. Ao contrário do que aconteceu quando me apresentaste Alfredo, eu gostei do André quando o conheci. Senti que era de confiança, e descansei pensando que não faria nada que te magoasse. O que fez, devolvendo-te a casa, não é de uma pessoa sem escrúpulos. Na carta diz claramente que te ama. Mas quem ama confia, não abandona sem uma explicação. É nestas alturas que eu gostava de ter uma bola de cristal, que me permitisse ver o futuro. Confia em Deus filha. ELE fará o que é melhor para ti. Se te serve de consolo,  pensa no que podia ter acontecido com a atitude maluca do teu marido. Podias ter caído nas mãos de um crápula, ficares sem a casa, teres desaparecido num qualquer antro pecaminoso. E com a Graça de Deus, nada de grave aconteceu. És jovem, tens a tua casa, e o teu emprego, és livre...
- O pior Irmã, - interrompeu-a a jovem soluçando -  é que… estou grávida.
- Valha-nos Deus! - disse a freira abrindo os braços, onde a jovem se refugiou. 



26.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XVII






A casa estava em silêncio quando chegou. A porta do quarto dele estava aberta, e foi até lá. O quarto estava arrumado. Abriu o armário, e o que temia, concretizou-se. Estava vazio. Com as pernas a tremer e os olhos rasos de água, abriu a porta da casa de banho. A prateleira junto ao espelho estava limpa. Nem o copo com a pasta e a escova de dentes, nem a máquina de barbear, ou a sua água-de-colónia. Não havia rasto da estadia de André naquela casa. Só as lembranças na sua cabeça. Sem qualquer vontade de comer, dirigiu-se à cozinha.
Em cima da mesa, um envelope grande, e uma folha de papel manuscrita. Com as mãos a tremer pegou-lhe e leu.


“Mia Cara Eva”
Quando leres esta missiva, já estarei  a voar para Londres. Perdoa a minha cobardia, devia partir antes de nos amarmos. Mas... amo-te tanto que perdi o controlo.
Deixo-te com a tua casa. Sim, Eva, a casa nunca deixou de ser tua. No envelope, estão os documentos da doação, que te fiz, no mesmo momento em que o advogado me entregou a posse dela. Podes confirmar com ele.
 “Ti amo, amore mio” mas tenho que partir. Perdoa que não te possa dar explicações.
Levo comigo, a tua recordação, que guardo como o mais precioso dos tesouros. Deixo-te com uma súplica.
Não duvides nunca, do meu amor.
André

Deixou cair a missiva, escondendo o rosto entre as mãos e chorou desesperada. Não entendia. Se era verdade, que a amava, que podia haver de tão forte que o fizesse partir? Será que era casado? Teria uma família à sua espera? Ele dissera-lhe que não era casado. Mas se não era isso que poderia haver de tão forte que o obrigava a partir, sem uma explicação?
Abriu o envelope, e lá estavam os documentos da casa, e um documento de doação da mesma  para o seu nome. Verificou a data. Vinte e seis de Maio. Dez dias depois, da leitura do testamento. Então era verdade, o que lhe dissera. Ele não pretendia cobrar a dívida se o falecido não o tivesse feito em testamento.
Levantou-se. Estava na hora de regressar ao emprego, e não almoçara. Doía-lhe a cabeça, tinha os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.
Retirou uma garrafa de água do frigorífico e lavou repetidamente o rosto com a água gelada, para atenuar as marcas do seu desespero.
Pegou nas chaves e saiu.



E agora um teste, só para os novos leitores que não conhecem a história.  
Quem será afinal este André? E o que o fez partir se realmente ama  Eva?
Será que alguém tem ideia? 

25.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XVI





Não saíram de casa nesse domingo. André sabia como levar uma mulher à loucura, e Eva procurava retribuir-lhe na mesma medida. Apesar de não ter grande experiência, era muito intuitiva. Alfredo, nunca fora um bom amante, sabia-o agora. Centrava-se no seu próprio prazer, e não se preocupava com a companheira. Com André era tudo tão diferente, tão intimo, tão partilhado, que era muito mais do que uma relação sexual. Era um amplexo de almas.
 Fizeram amor no quarto, na sala, no chuveiro. Fizeram as refeições entre beijos, sorrisos cúmplices, e por fim adormeceram abraçados no quarto dele.
Na manhã seguinte, ela levantou-se e foi para o seu quarto, tomar banho, e vestir-se para ir para o trabalho. Quando chegou à cozinha, André acabava de pôr as torradas e o sumo de laranja na mesa. Tomaram juntos, o pequeno-almoço e quando ela se preparava para sair, ele segurou-lhe o rosto entre as mãos e sussurrou-lhe emocionado:
-“Ti amo, cara ” Aconteça o que acontecer, nunca te esqueças disso.
Depois sem desviar o olhar dos olhos femininos, abraçou-a apertando-a contra o peito e pediu:
- Diz-mo. Diz-mo de novo, antes de saíres. Preciso de o ouvir.
Estava ansioso. Ela não entendia o que se passava, mas percebeu quanto era importante para ele, e disse-lho pondo em cada palavra todo o sentimento que lhe inundava o peito.
- Amo-te André. Amo-te de corpo e alma, como nunca amei ninguém.
Em resposta André beijou-a como se não houvesse amanhã e ela saiu para o trabalho, com uma esquisita sensação de perda e um aperto no peito, que não sabia explicar.
Mais tarde, na clínica, pensava em tudo o que vivera naquele domingo. Tinha sido um dia de sonho. André era um amante excecional. Com ele aprendeu, que não havia carícias proibidas, nem sentimentos de vergonha, entre duas pessoas que se amam. E adorava o jeito dele, de misturar palavras em italiano e português quando se emocionava.  
Deveria estar feliz. Mas a verdade é que não estava. Lembrava-se que dias antes, André parecia fugir dela. Porquê? Se a amava, como dissera e lhe demonstrara, porque fugia dela? E depois, a cena dessa manhã, fora muito esquisita. Era como se estivesse a despedir-se dela. Esperou ansiosa pela hora do almoço. Tinha tantas perguntas para lhe fazer.



Acabei de saber que o meu amigo Esteban Lob partiu no Domingo rumo ao reino celestial. Luz e Paz para si meu amigo. 
Estou muito triste. 

24.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XV







Naquele domingo, Eva levantou-se cedo, mas não saiu de casa. Estava decidida a ter uma conversa séria, com André. Tentava entender as razões da mudança de comportamento dele, mas não encontrava nenhuma. Estava desesperada. Ela já tinha visto um filme semelhante com Alfredo, e sabia como tinha acabado. Toda a segurança que julgara sentir naqueles três meses de sonho, se evaporara.
Tomou banho, vestiu uns calções brancos, e um top azul-claro. Apanhou o cabelo num rabo-de-cavalo, e calçou umas sandálias sem salto.
Eram dez horas, quando ele apareceu na cozinha. Vestia calças de ganga pretas e um polo vermelho justo, que punha em evidência a sua impressionante figura.
- Bom dia. Não saíste hoje? - perguntou
-Pois, parece que não. Dava-te jeito que tivesse saído? Porquê, André? O que foi que aconteceu entre nós? Pensei que éramos amigos. Que podia confiar em ti. E de repente parece que recuei no tempo. Estou a viver o mesmo pesadelo. Interrogo-me a cada momento, se vou acabar de novo, numa mesa de jogo.
Crispou-se o rosto masculino.
- Não te atrevas a comparar-me com o teu falecido marido, - disse com raiva, dando dois passos e agarrando-a pelos ombros.
- Não? Então explica-me a diferença, - desafiou-o.-  Porque a sensação que eu tenho, é que estás a agir exatamente como ele.
Largou-a. Deixou cair os braços ao longo do corpo, e virou-lhe as costas.
- Não posso. Não agora. Tens que confiar em mim, – disse com voz rouca.
- Deus é testemunha que o desejo de todo o coração, - disse encostando o rosto às costas dele, e passando-lhe os braços à volta do peito. Sentiu o tremor do corpo masculino, o retesar dos músculos e teve a certeza de que não lhe era indiferente. Então porque fugia dela? Eram os dois livres e adultos. E ela desejava-o.
De súbito, ele voltou-se, apertou-a contra si e beijou-a. Um beijo intenso, urgente e sôfrego, como se quisesse arrebatar-lhe a própria alma. As mãos masculinas, inquietas, percorriam-lhe o corpo, em suaves e precisas carícias, que acordavam e faziam vibrar o corpo feminino.
-Quero fazer amor contigo, “cara mia” – sussurrou-lhe enquanto lhe mordiscava o lóbulo da orelha, uma mão apertando-a contra si, a outra acariciando-lhe a pele sob o top.
- Sim, André, sim – gemeu ansiosa.
Então pegou-lhe ao colo e levou-a para o seu quarto.



Informando: Tive uma consulta telefónica com a minha médica hoje, Segunda-feira por causa do que aconteceu na Sexta-feira. Ela está convencida que se tratou de uma vertigem provocada pelo não diretamente pela crise do refluxo tido durante a noite, mas pela má noite e falta de descanso que as dores me provocaram. 
Disse que o desequilíbrio, as coisas a andar à roda e o falta de força nas duas pernas, fazem crer tratar-se disso. Disse-me que ficaria preocupada, se a falta de força fosse só numa das pernas. De qualquer modo disse-me os sinais a que devia estar atenta, além de medir a Tensão Arterial diariamente, falta de força num dos lados, problemas de visão, náuseas, vómitos,  etc. Estou certa de que ela tem razão. 
Obrigado a todos pelo vosso cuidado.

23.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XIV







Três meses depois, Eva estava irremediavelmente apaixonada por André. Naqueles três meses de convivência, ele mostrou-se sempre um companheiro fantástico. Juntos conheceram Sintra, com os seus majestosos monumentos, os seus românticos recantos, as tradicionais queijadas, os deliciosos travesseiros.
Tomaram banho na Praia das Maçãs, encantaram-se com a beleza das Azenhas do Mar, descobriram a histórica Ericeira; e Mafra, em cuja Tapada passearam, almoçaram e se deixaram enredar pela história de outros tempos.
Ainda em Mafra, visitaram o Convento que inspirou José Saramago, o Nobel da Literatura Portuguesa. Mas também do outro lado do Tejo, visitaram o Cristo-Rei, a bela Igreja  de Nossa Senhora do Bom Sucesso, a Casa da Cerca, onde ficaram duplamente encantados com o belo jardim botânico e com a maravilhosa vista para Lisboa, desceram ao Ginjal e almoçaram ali mesmo no restaurante Ponto Final, embalados pela suave melodia das águas do Tejo. 
Também foram até Palmela, a terra das vinhas, pelas quais André pareceu interessar-se vivamente, percorreram a rota dos Moinhos na Serra dos Louros,visitaram o Castelo.
Visitaram Sesimbra, e também Setúbal, onde se deliciaram com o choco frito, o Parque Natural da Serra da Arrábida, a bela praia do Portinho. Todos os fins-de-semana, desde aquele primeiro sábado, partiam à descoberta de uma localidade.
Nesse meio tempo, André fora com a jovem ao orfanato onde conheceu a Irmã Madalena, de que a jovem tanto falava. Curiosamente, ou talvez não, a empatia entre os dois foi evidente.
Se Eva se apaixonara pelo homem que se revelara, um companheiro inteligente e divertido, gentil e cavalheiro, o homem experiente que ele era, ficava doido, com aquela mulher-menina, que mostrava uma inocência difícil de igualar, pese o seu corpo, onde tudo estava no lugar certo, e o seu rosto cuja beleza era indesmentível. A tensão entre eles crescia. Os toques tão naturais no início, eram agora evitados a todo o custo, como se ambos soubessem que qualquer toque provocaria um fogo sem limite na paixão que os devorava.
André percebera já que a sua paixão era retribuída pela jovem. Porém ele tinha jurado que não lhe faria mal. E não era livre. Na próxima semana, partiria para Londres. Não sabia por quanto tempo.
Depois disso, sim, seria livre. Decidiu-o, quando percebeu o sentimento que ela lhe inspirava. Por isso evitava a todo o custo, qualquer situação que não conseguisse controlar.
E para isso, passou a sair de casa antes dela chegar do emprego, jantar fora, e só voltar para casa de madrugada, quando tinha a certeza, que Eva já dormia.


Espero que os meus amigos estejam todos bem. Eu tive um grande susto na Sexta feira. Quando me levantei, não me segurava nas pernas, não tinha equilíbrio e sentia a mão esquerda dormente. Só a mão dormente não me afligiria, pois tenho muitas vezes, as mãos e as pernas dormentes,  devido a problemas de coluna. Mas o resto sim. Pensei imediatamente no AVC, embora a Tensão Arterial estivesse normal. Felizmente esse estado durou apenas uma hora e o resto do dia bem como sábado e Domingo estive bem. Não sei se o que aconteceu foi por ter dormido em má posição, ou se pela crise de refluxo que tive na véspera, mas digo-vos que foi um susto do caraças.



22.3.20

HUMOR AO DOMINGO









Um fogo deflagra numa grande herdade Alentejana. Os bombeiros foram imediatamente chamados para extinguir as chamas. O tempo passava e o fogo estava cada vez mais forte e os bombeiros não conseguiam dominar as chamas. A situação estava já fora de controlo, quando alguém sugeriu que se chamasse o bombeiros voluntários da Vidigueira.
Apesar de alguma dúvida quanto às capacidades e equipamento dos voluntários, sempre seria mais uma forma de auxilio. E assim foi! Os voluntários chegaram num camião velho, desgastado pelos anos e operações de combate. Passaram em grande velocidade e dirigiram-se em linha recta para o centro do incêndio! Entraram pelo fogo adentro e só pararam mesmo no meio das chamas. Estupefacta, a população assistiu a tudo.
Os voluntários saltaram todos do camião e começaram a pulverizar freneticamente em todas as direcções. Como estavam mesmo no meio do fogo, as chamas dividiram-se e restaram duas porções facilmente controláveis.
Impressionado com o trabalho dos bombeiros voluntários da Vidigueira , o latifundiário dono do monte respirou de alívio quando viu a sua herdade ser poupada à devastação das chamas. Na hora puxou da carteira e passou imediatamente um cheque de 5000 euros à corporação voluntária.
Um repórter do jornal local perguntou logo ao comandante dos bombeiros:
- 5000 euros! Já pensou o que vai fazer ao dinheiro?
E responde o comandante dos bombeiros, ainda a sacudir a cinza do capacete:
- Penso que é óbvio, não? A primeira coisa que vamos fazer é arranjar a porra dos travões do camião!!!

                                                                   ************

              Marido e mulher estão a jantar num belo restaurante quando entra uma rapariga absolutamente fantástica, que se dirige à mesa deles, dá um beijo apaixonado ao marido, diz "Vemo-nos mais tarde" e vai-se embora.

A mulher fita o marido, e furiosa pergunta:

- Quem diabo era aquela?

- Oh - responde o marido, - é a minha amante.

- Ah é? Pois esta foi a última gota de água! Para mim chega! Quero o divórcio!

- Compreendo - responde o marido, - mas lembra-te, se nos divorciarmos acabam-se as compras em Paris, os Invernos na República Dominicana, os Verões em Itália, os Porsches e Ferraris na garagem e o iate. Mas a decisão é tua.

Nesse momento entra um amigo comum no restaurante com uma loura estonteante pelo braço.

- Quem é aquela mulher que entrou com o Bernardo? -pergunta ela.

- É a amante dele - responde o marido.

- A nossa é mais bonita - responde a mulher.                                   

                                                                     *************

Um velhote vai ao médico:
- Doutor, tenho este problema com os gases. Solto à vontade uns 40 por dia. Felizmente não cheiram mal, mas o barulho é tão desagradável…
Depois de analisar, diz o médico:
- Meu senhor, vamos fazer um tratamento por etapas. Primeiro vai tomar estes comprimidos, três por dia, durante uma semana…
Passado uma semana, o velhote volta:
- Ó doutor, a medicação não deve estar a dar resultado. É que os gases não só continuam, como passaram a cheirar horrivelmente…
E responde o médico:
- Calma meu senhor, agora que já o tratei da sinusite, vamos lá tratar dos gases…

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Um homem cai dentro de um poço. Umas pessoas que passam vão ao seu encontro no imediato e gritam-lhe:
- Dê-me a sua mão!
O homem abana a cabeça e recusa-se a colaborar. Passa um sábio ancião e decide também ajudar:
- Amigo, qual a sua profissão?
Responde o homem:
- Inspector das finanças.
Então o sábio ancião diz-lhe:
- Tome a minha mão!
O homem aceita e é salvo. As pessoas espantam-se e perguntam:
- Como é que conseguiu?
E responde o ancião:
- Fácil, nunca peçam a um inspector de finanças para vos dar seja o que for…

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Uma professora dava uma aula aos seus alunos sobre as diferenças entre os ricos e os pobres.
A Júlia levanta o dedo:
– O meu pai tem tudo: televisão, telescópio, DVD…
– Tudo bem, diz a professora, mas será que tem um barco?
A Júlia reflete e diz:
– Bem, não…
– Estás a ver, é como eu disse, não podemos ter tudo.
– Professora, disse o Artur. O meu pai tem tudo: ele tem TV, telescópio, DVD, barco…
– Sim, responde a professora, mas será que ele tem um avião particular?
Depois de refletir, Artur responde:
– Bem, não…
– Estão a ver que não se pode ter tudo na vida. Disse a professora.
O Joãozinho levanta o dedo e diz:
– O meu pai é que tem tudo, pois no sábado passado, quando a minha irmã lhe apresentou o seu namorado Sportinguista o meu pai disse:
– ERA SÓ O QUE ME FALTAVA!!!

21.3.20

DIA 21 DE MARÇO - DIA DE... E DE... E DE... E DE... E DE ... E DE...

Gente, obrigados pelas circunstâncias a ficar em casa e sendo dia de lazer, dá-nos o calendário uma série de coisas para celebrar hoje. Vejamos...
é dia Mundial da Árvore
                             Esta bem florida, porque já estamos na Primavera



é dia Mundial da Poesia


DEIXA

.

Deixa que a vida
não seja desespero
mas só vida.

Deixa que o mar
não seja túmulo
mas só mar.

Deixa que o sonho
não seja pesadelo
mas só sonho.

Exige
JUSTIÇA
PAZ
AMOR.
E vive...

Deixa
que a vida
seja vida,
e o mar
mar
e o sonho
sonho.
E luta
sofre
ama
e vive...

Essa vida
que não tens
mas anseias
conhecer.



Elvira Carvalho
e é dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial


e é dia Europeu da Criatividade Artística



e é dia Internacional da Síndrome de Down 

e é dia Mundial da Marioneta



E já agora que venha rápido, o dia do fim do Covid 19



E por fim, telefonaram-me ontem do Hospital de Santa Maria para desmarcar a consulta do dia 25.

20.3.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XIII


Uma lágrima desceu silenciosa, até desaparecer no canto da sua boca. Ele estendeu a mão e apertou a dela.
- Que é lá isso? Uma mulher de coragem, não chora. Levanta a cabeça, sorri, e vai em frente. És ainda uma menina, Eva. Não pareces mais velha que a minha sobrinha Isabella, e ela só tem dezasseis anos. Tens uma vida pela frente. Queres um conselho? Tira essas alianças do dedo. Esquece que foste casada, e prepara-te para desfrutar o que a vida ainda tem para te dar.
- Falar é fácil. Mas seguir em frente quando tudo à nossa volta ruiu, é muito mais difícil. Como posso não me inquietar, se não sei o que me vai acontecer quando passarem os seis meses e deixar esta casa? Sem o amparo de pai ou mãe, o que me resta? Voltar para o orfanato?
- Daqui por seis meses, “cara mia”? Quem sabe o que pode acontecer até lá. Vive o dia-a-dia, desfruta o presente e esquece as angústias a longo prazo. Em seis meses pode acontecer um terramoto, cair um meteorito, acabar o mundo.  Olha, porque não vamos amanhã até à outra banda, talvez Setúbal, ou Sesimbra, almoçamos por lá, aproveitamos um pouco de praia, ou simplesmente passeamos pela Arrábida? Não trabalhas ao Sábado, pois não?
- Não. Mas queres mesmo sair comigo?
- Porque não havia de querer? Não sou homem de fazer uma coisa quando quero outra. Ou, se preferires, podemos ficar por aqui, ir até Sintra, ou Ericeira. Dizem que é muito bonito, e provavelmente será melhor por causa do trânsito na ponte. Não sei, tu decides. Gostava de conhecer um pouco dos arredores de Lisboa. Até agora sempre que estive em Portugal, foi no norte, junto da família da minha mãe.
Sentia-se tentada. Afinal tirando a viagem em lua-de-mel, à Madeira, o que é que ela conhecia do país?
- Está bem. Deixemos a Arrábida e Sesimbra para outra altura. Prefiro ir a Sintra. Há muito tempo, que ando a pensar ir até lá.
Começou a passar a loiça por água e a metê-la na máquina. Ele levantou-se.
- Bom, só falta combinar a hora. Dez horas, é tarde?
- Por mim, qualquer hora é boa.
- Dez horas, então.
E saiu deixando-a só. Meia hora mais tarde saía de casa, despedindo-se com um simples até amanhã, deixando a jovem cada vez mais perplexa. Devia haver ali qualquer coisa que lhe escapava. Aquele homem, era demasiado bom para ser real. E ela já passara da idade em que acreditava no Pai Natal.


E o calendário assinala hoje o dia  da Felicidade. É uma ironia que o dia da felicidade, seja assinalado,  quando a doença grassa e mata por todo o lado.
E como hoje começa a Primavera, O meu desejo é que ela renove não só a natureza, mas também a própria vida, acabando com o maldito vírus.