-Bom dia.
Cumprimentou-o com um gesto e continuou a ouvir o que lhe
diziam pelo telefone.
Ele aproximou-se da janela e ficou contemplando a rua.
-Segunda-feira? Sim, está bem, mas por favor não esqueça.
Preciso desse material com urgência. As condições são as habituais. Obrigado.
Ele voltou-se quando ela desligou o telefone.
- Tens o “stock” à beira da rotura?
- Não. Peço sempre atempadamente. Porém se lhes fizer
crer que estou com urgência, não corro o risco de que me deixem para trás e
surja algum problema.
Ela levantou-se
-Vou agora à fábrica ver como decorrem os trabalhos.
Vens?
- Vou.
Caminharam lado a lado, verificando o andamento do
trabalho. De súbito ele perguntou:
-Quem é ele?
-Quem? – Inquiriu ela julgando tratar-se de algum
trabalhador.
- O tipo alto e louro que te falou no jantar de
quarta-feira.
Ela parou. Espantada, primeiro. Irritada depois.
-Mandaste seguir-me?
- Jantava no restaurante quando o vosso grupo entrou. Vi que te
perturbou. Quem é?
- O meu ex-marido.
Fizeram o resto do percurso em silêncio. Como se ambos
estivessem ensimesmados nos mesmos pensamentos. De volta ao gabinete, Daniela,
deu-lhe conta das novas encomendas que tinha recebido e dos prazos que
programara para entrega.
- Foi há muito tempo? – Perguntou com voz rouca.
Ela pensou que não devia responder. Era a sua vida, não
tinha que lhe dar satisfações. Mas em vez disso, ouviu-se a dizer:
-Há três anos.
- Bem me pareceu que o tipo é um cretino. Ainda o amas?
-Não.
- Então porque te perturba?
Irritou-se.
-Nem sei porque te respondi. Não tens nada a ver com a minha
vida. Porque não tomas atenção aos negócios, em vez de te estares a meter onde
não és chamado?
- Se o fizer, jantas comigo esta noite? – Perguntou com
um sorriso que a desarmou
- És mesmo doido! Vai-te embora e deixa-me trabalhar. Mas
antes assina estes cheques, disse estendendo-lhe o livro, e três faturas.
Ele verificou as faturas, assinou os cheques e devolveu-lhos.
- Onde e a que horas te vou buscar? - Perguntou
- Não se pode negar que és persistente. O que queres?
Adquirir as minhas ações, pela sedução?
- Não me dês ideias! – Respondeu com um sorriso. - Vá lá, é
só um jantar de amigos.
-Está bem! – Escreveu a morada num papel, e
estendeu-lho.- Às oito. E não faças com que me arrependa.
Sem deixar de olha-la, levou o papel ao peito num gesto
simbólico, como se o fosse meter no coração, esboçou um sorriso travesso, e inclinando a
cabeça, deu meia volta e saiu.
15 comentários:
Já falta pouco...mais um episõdio e acabam na cama
Kis :=}
boas
finalmente parece que vão pôr o coração á frente do trabalho.
BFS
JAFR
Esse jogo perigoso,
transformando-se está
mas é num jogo amoroso
será que duvidas ainda há?
Tenha uma boa tarde amiga Elvira, bom fim de semana, um abraço,
Eduardo.
Será ele tem mesmo boas intenções? Vamos vendo! Será ela vai resistir? bjs, chica
Imagino que o jantar será o primeiro passo para nascimento de um romance.
Um abraço
A história está muito interessante. Um jogo perigoso, mas, instigante. Histórias de amor são sempre surpreendentes. Aguardemos o que vem por aí.
Grande abraço
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Ela está a fazer_se de difícil!
Bj
Continuo a acompanhar com interesse.
Um abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Confiança se adquire passo a passo... O mundo dá muitas voltas e novas escolhas sempre surgem...
Vamos adiante, o jantar promete!
Um bom domingo... Beijinho
Hum!
Sedução à vista!
Gostando muito.
Bela semana querida Elvira, beijinhos.
Prevejo que vai ser um bom jantar e prevejo também que as coisas boas não se vão ficar apenas pelo jantar. Digo isto porque sei que andam ambos cheios de fome e não é de comida!
Yes! Vamos lá a ver como é que isto vai correr.
Quero ler o próximo capítulo!
um beijinho e mais logo volto para ver se já está aqui o capítulo seguinte...
Estão a avançar rapidamente, estão caidinhos um pelo outro :)
Se os dois sempre relutam, não querem,
E ao mesmo tempo, loucos, estão querendo.
O prazer será bem maior do que preferem.
Quando o amor estiver acontecendo.
Abraços,
Furtado
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