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26.7.18

O DIREITO À VERDADE - L




A meio da tarde, os noivos partiram o bolo e pouco depois na pista de dança, Cláudio segredou à sua mulher:
- Quando a música acabar, vamos sair. Estou ansioso por estar a sós contigo.
-E os convidados, não ficarão zangados?
- Os convidados querem é divertir-se. Na verdade ninguém espera que os noivos fiquem até ao fim da festa. Eles também sabem o que é estar apaixonados. E demais os dias são pequenos, daqui a pouco é noite e ainda vamos para Coimbra.  O pai se encarregará de nos desculpar e a festa continuará sem problemas.
Quando os jovens planearam o casamento, impôs-se a escolha do local para a lua-de-mel. Helena disse que gostaria de ir uns dias para Coimbra, não só porque sempre desejou conhecer a cidade, como porque fora lá que se conheceram e se apaixonaram. O pai não achou bem. Afinal Coimbra ficava a dois passos, em qualquer altura podiam lá ir passar um dia, ou até um fim-de-semana. Mas Cláudio apoiou a noiva e assim decidiram que passariam três dias em Coimbra, e os restantes sete no Algarve, afinal estava-se no final de Novembro, com o Inverno à porta, e no sul, a temperatura sempre era mais agradável. Era a vontade da noiva que rejeitou a viagem a Paris, que o tio lhe queria oferecer, dizendo que não se justificava ir para o estrangeiro, quando não se conhecia nada do seu próprio país.
Durante o resto da música, os noivos foram-se encaminhando, subtilmente, em direção da porta e mal a melodia terminou, esgueiraram-se de mãos dadas para o átrio, onde o empregado do hotel, que já tinha sido avisado, lhes entregou as chaves do carro, que já  estava estacionado junto à porta.
Poucos minutos decorridos, o carro entrava na quinta e estacionava frente ao alpendre. Saíram do carro e assim que abriu a porta de casa, Cláudio voltou-se e pegou na noiva ao colo.
- Que fazes?- Perguntou enlaçando-lhe o pescoço.
- É a primeira vez que entras nesta casa como minha esposa. Manda a tradição que o faças nos meus braços e confesso-te que nunca uma tradição foi cumprida com maior prazer, - disse ele encaminhando-se diretamente para o seu quarto, com a  noiva ao colo.
- Mas a minha mala está no meu quarto.
- O teu quarto, agora é o meu, senhora minha,- disse ele pousando-a no chão,
sem deixar de a manter presa nos braços. Procurou a sua boca e beijou-a apaixonadamente, enquanto as mãos ágeis  nas suas costas, procuravam o fecho  do vestido, e começavam a corrê-lo. Continuando a beijá-la começou a despi-la. Notou que a jovem tremia, e lembrando que a mulher que tinha nos braços era virgem, prometeu a si mesmo, controlar a sua paixão, e ser paciente. Teria uma vida pela frente, para dar livre curso ao desejo que o invadia. Aquela era a primeira vez dela, e queria que a recordasse toda a vida como uma coisa muito bonita e prazerosa. Quando o vestido caiu no chão, puxou o édredon para trás, sentou-a na cama e ajoelhando na sua frente, despiu-lhe os colãs, mas conteve o desejo de a ver nua, e não lhe tirou a minúscula cuequinha nem o lindo sutiã de renda branco.  De seguida estendeu-a  sobre a cama, cobrindo-a de seguida. A casa estava fria, a lareira não fora acesa naquele dia, e a mulher doente na lua-de-mel, era tudo o que ele não desejava.
 Sentou-se na cama, descalçou os sapatos e tirou as meias. Desapertou o cinto e tirou as calças e camisa. Levantando o édredon estendeu-se a seu lado Abraçou-a e sussurrou ao seu ouvido.
- Não tenhas medo. Vou fazer com que isto seja especial.
Ela não duvidava de que assim seria. Recordar-se-ia daquele dia, por toda a vida, mesmo quando o seu rosto se enchesse de rugas, e os netos brincassem à sua volta.


E pronto, amanhã chega ao fim esta história.  Entretanto informo que graças aos tratamentos de fisioterapia, tenho menos dores. A cirurgia ao olho será em Novembro, e a consulta de neurologia só consegui para Setembro. 



14 comentários:

Cantinho da Gaiata disse...

Não duvido que vão ter uma grande noite.
Ainda bem que a fisioterapia está a resultar, beijinho grande.

noname disse...

Com o fim da história, a vida agendada, venham as férias eheheheheh

Beijinho

Lua Singular disse...

Elvira
Quebrei dois dedos
Logo voltarei
Beijos
Lua Singular

Os olhares da Gracinha! disse...

Tal como o desejado ... um feliz dia de casamento!
Que bom sentir -se melhor!bj

Edum@nes disse...

O casamento se concretizou vai, ser uma noite de intenso amor, até os cortinados da janela do quarto se sente felizes pela felicidade dos recém-casados!

Tenha uma boa noite amiga Elvira. Ainda bem que a saúde está indo bem.
Um abraço.

Cidália Ferreira disse...

Eu vi logo! Guardou-se para o grande dia. Já não é normal. Mas pode ser lindo.

Tudo de bom para si!


Beijo- Boa noite!

O meu pensamento viaja disse...

Que bom que se sente melhor.
Abraço

Kique disse...

Sem dores a qualidade de vida aumenta
As melhoras
Bjs

Hoje em Caminhos Percorridos - ARTE ARTESANAL

chica disse...

eles mereceram esse final feliz e eu adorei ler, te acompanhar! bjs praianos e gostei tb de saber das tuas melhoras! bjs praianos,chica

Roselia Bezerra disse...

Boa noite, querida amiga Elvira!
Que lindo dia! Deu um desfecho bem romântico como ao Amor convém.
Seja feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm fraterno de paz e bem

Pedro Coimbra disse...

Mais que o conto que vou acompanhando e que chega a um momento muito quente, espero que esses problemas de saúde que a apoquentam desapareçam depressa.
Abraço

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
lembro-me do primeiro episodio desta historia o qual me trouxe recordações muito tristes , mas este também me vai ficar na memoria por razões completamente diferentes.
JAFR

Gaja Maria disse...

Tudo encaminhado, tanto na história como com a Elvira. Ainda bm :)

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Um capítulo lindo onde o amor e a sexualidade andam de mãos dadas provocando fortes emoções.
Deus restaure sua saúde!
Beijos no coração!