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3.7.18

O DIREITO À VERDADE - XII



Uma hora mais tarde, estavam de novo no gabinete do médico.
- Tal como eu suspeitava, não há fraturas, as dores são provocadas pela pancada. Vou receitar Paracetamol para as dores e Thrombocid Gel para aplicar nas equimoses. E deve ficar uns dois dias de repouso.
 E voltando-se para o amigo disse:
- E tu vê se tens mais cuidado, e não andas por aí a atropelar pessoas. Um dia ainda te metes num sarilho.
Helena teve vontade de dizer ao médico que ela fora a culpada, mas um olhar de Cláudio fez com que se mantivesse calada. Uns minutos mais tarde abandonavam o hospital. Os exames só confirmaram o que ela pensava. O pior é que tinha ficado com a tarde perdida, tinha que regressar ao hotel e lá ficava adiada a visita ao monumento que pretendera visitar nessa tarde.
 À saída do hospital, Cláudio, pegou-lhe no braço e disse:
-Venha, levo-a a casa.
- Não precisa, já perdeu imenso tempo comigo, eu apanho um táxi.
-Não posso permitir que faça isso. Diga-me onde mora e levo-a a casa, ou não quer que eu saiba onde vive? Prometo que não digo a ninguém, - disse ele, com um sorriso que lhe deixou as pernas bambas
- Na verdade estou de passagem. Cheguei há poucas horas. Estou no Hotel Ibis, mas devo partir amanhã mesmo.
- Tão depressa? Nem terá tempo para conhecer a cidade. Mas então levo-a ao hotel. Não me ofereço para lhe mostrar nada agora, primeiro porque precisa descansar, e depois porque está quase na hora da visita à minha mãe.
Ajudou-a a entrar no carro e dando a volta sentou-se ao volante e pôs o veículo em marcha.
- Se puder ficar mais uns dias, podíamos almoçar juntos amanhã e depois mostrar-lhe-ia alguns dos locais mais bonitos da cidade.
Helena sentiu-se tentada. Reconhecia o perigo de se relacionar com aquele desconhecido, ela que não tinha quaisquer experiências com o sexo oposto. Por outro lado que mal podia fazer? Era só um dia, Depois ia-se embora e nunca mais se veriam.
- Então que me diz? Fica uns dias?  
- Não. Parto depois de amanhã às dez.
- Mais uma razão para aceitar almoçar comigo, amanhã. Prometo que lhe mostrarei os pontos mais bonitos da cidade.
- É sempre assim tão insistente? – Perguntou a jovem
- E você, é sempre tão desconfiada?- Retorquiu ele.
Estavam já perto do hotel. Cláudio parou o carro e voltou-se para ela. Mirou-a da cabeça aos pés. Era muito bonita. Não uma daquelas belezas exuberantes que fazem os homens sonhar e as mulheres suspirarem de inveja. Era uma beleza suave, serena que lhe agradava. Havia no fundo dos seus olhos um laivo de tristeza, que o intrigou. Estendeu a mão e agarrou a mão feminina. 
- Até amanhã. Venho buscá-la ao meio dia. Até lá descanse.
Ela teve vontade de recusar o convite, mas resistiu. Que mal podia fazer? Puxou suavemente a mão dizendo.
- Não está na hora da visita à sua mãe? Não se atrase.
Abriu a porta do carro, e acrescentou:
- Até amanhã. E obrigado.
Entrou no hotel sem olhar para trás. Já se encaminhava para o elevador, quando se lembrou que não tinha aviado a receita. Voltou à receção e perguntou se havia alguma farmácia perto. Havia. Mesmo ao virar da esquina. Voltou a sair  e foi buscar os medicamentos,



16 comentários:

chica disse...

Os fatos acontecendo ea historia se desenrolando. Vamos aguardando! Bjs chica

Rosemildo Sales Furtado disse...

E se o Cláudio for o enteado do pai dela, como será depois? O melhor é aguardar.

Abraços,

Furtado

Manu disse...

Uma narrativa que me deixou em suspense.

Abraço Elvira

Os olhares da Gracinha! disse...

O ROMANCE paira no ar!?
bj

Cidália Ferreira disse...

Já o disse atrás. às tantas é o enteado do pai , lool..Vou gostar.

Beijo e um excelente dia!

Isa Sá disse...

a passar por cá para acompanhar a história!

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Larissa Santos disse...

Humm estou muito curiosa com este desenrolar :))

Poema do Gil António, que, por motivos profissionais não pode visitar-vos. Esperamos que entendam...Obrigada.

Gratidão em Chuva de Amor

Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira

Roselia Bezerra disse...

Bom dia, querida amiga Elvira!
Não tenho ideia do que possa acontecer por ai...
No aguardo de elucidações que virão.
Seja ricamente abençoada!
Bjm fraterno de paz e bem

Janita disse...

Conversa vai, conversa vem...e o almoço?- Ficou marcado ou não?
Aguenta, coração!

A cidade dos choupais, onde um dia se fez a história de Amor, entre D. Pedro e Dona Inês, tem encantos mil.

Cá continuo em modo de espera e a gostar, claro.

:)

Smareis disse...

Romance a vista.
Bjs!

Teresa Isabel Silva disse...

Ansiosa por novos desenvolvimentos!

Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

Edum@nes disse...

Depois do almoço. Cláudio irá mostrar os locais mais bonitos da cidade de Coimbra a Helena? De um atropelamento sem graves ferimentos nasceu uma amizade. Dessa amizade o que mais irá acontecer?

Tenha uma boa noite amiga Elvira.
Um abraço.

silvioafonso disse...

Vou esperar a coisa arredondar
para dar meu palpite. Por enquanto
eu só posso torcer.

Beijos, professora. Beijos.


.

Gaja Maria disse...

Já estão a gostar um do outro. Bom sinal

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Recomeçando a leitura desta historia que estou a apreciar bastante.
Um beijinho.
Ailime

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Esse capítulo mostra que vem muitas emoções por aí, haja coração!
Beijos!