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23.7.18

O DIREITO À VERDADE - XLV



Os quinze dias que Helena passou na quinta foram maravilhosos. Ela diria sem medo de mentir que tinham sido os mais felizes de toda a sua vida.
A mãe de Cláudio tinha sido uma surpresa. Dado o quase metro e noventa do filho, Helena tinha imaginado uma mulher alta e forte, e Carmo era exatamente o oposto. Não ultrapassaria o metro e meio, e o seu aspeto era frágil e delicado, embora tanto o marido como o filho lhe dissessem que o seu aspeto era enganador e que ela era uma força da natureza. Desde o primeiro momento, a jovem sentiu que Carmo a recebeu com muito carinho, sem reservas, como se ela pertencesse à família desde sempre. Depois porque o tio aceitara ir passar uma semana lá, e ela verificou que havia realmente uma saudável amizade entre o pai e o tio, e teve a certeza de que se os dois homens não tinham privado durante todos aqueles anos, foi porque o tio se sentia culpado de não contar ao amigo que ele tinha uma filha. E não podia fazê-lo, por via da promessa que fizera à cunhada. O tio estava mais sereno e até já falava em vender a casa em Lisboa e se tornar sócio do amigo.
O seu romance com Cláudio não podia ir melhor, ele levara-a a percorrer a quinta, falara-lhe do seu trabalho, dos seus sonhos, e dissera-lhe que gostaria de casar o mais depressa possível.  Como quem casa quer casa,  se ela estivesse de acordo, ele gostaria de viver na quinta e podiam construir aí a sua casa. As crianças teriam mais espaço para brincar e sempre  podiam contar com a ajuda dos avós. Entretanto até que a casa ficasse pronta, alugariam uma casa em Viseu, ou Nelas, ou, caso ela não se importasse, poderiam continuar a viver com os pais, durante o tempo que levassem a construir a casa deles.  O que interessava é que casassem rápido, ele não aguentava mais. Os abraços e beijos, não lhe matavam a fome, que tinha dela.
Helena gostou que ele contasse com os seus desejos, em relação à maneira como e onde iam viver, e disse que não se importava de ficar a viver com os pais durante o tempo necessário à construção, mas queria ter a certeza, de que iria acabar o seu curso e ter a sua profissão, fora de casa, não se via o dia inteiro na quinta apenas dedicada ao lar. Ele respondeu-lhe que os dois teriam liberdade para viverem os seus sonhos, o verdadeiro amor, liberta não subjuga.
- E que faço com a casa em Lisboa?- Perguntou.
-Nada. Não precisamos desse dinheiro, a casa está numa excelente zona, será muito agradável poder contar com ela quando quisermos dar uma escapadinha à capital. Servirá também para os pais, ou para o tio Alberto, passarem alguns dias quando lhes apetecer. Isto claro se o teu tio, levar adiante a ideia de vender a casa dele e se tornar nosso sócio.
Definidos que foram todos os pormenores, Helena ia voltar a Lisboa. Ia buscar o seu enxoval, tratar da sua transferência para a Universidade de Viseu, e depois voltaria.

14 comentários:

noname disse...

Isto vai de vento em popa :-)

Boa noite, ou bom dia, Elvira

chica disse...

Tudo andando bem a contento e todos parecem bem felizes! bjs praianos,chica

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
Ainda faltam tantos capítulos ! Esperamos um fim bem emocionante .
JAFR

Pedro Coimbra disse...

Essa ida a Viseu traz água no bico...
Abraço

Os olhares da Gracinha! disse...

... é que namorar é bem gostoso!!!bj

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história!

Isabel Sá
Brilhos da Moda

_ Gil António _ disse...

Bom dia:- Acompanhando, super interessado, esta bonita "estória".-
.
* Lágrimas tristes sem dono *
.
Deixando um abraço

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Está tudo a correr demasiado bem.....
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

Cidália Ferreira disse...

Bem, isto promete casamento, lool Ainda bem que Helena foi bem aceite por Carmo!!! AMEI

Beijo e um excelente dia.

Anete disse...


Muitas novidades e todos fazendo acordos... Isso é bom...
O romance segue e os capítulos também...
Boa terça-feira... Abç

Edum@nes disse...

A vida no campo é mais saudável. Por haver menos poluição. Amor verdadeiro em qualquer lugar é sempre agradável!

Tenha um bom dia amiga Elvira.
Um abraço.

Larissa Santos disse...

E tudo corre muito bem... :))

Gaja Maria disse...

Tudo caminha sobre rodas:)

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Excelente esse capítulo!
Beijos!