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. -Muito bem doutor. Mas, eu não posso ficar mais tempo na cidade. É imperioso que regresse a Lisboa. Posso viajar com a Mariana?- Perguntou Miguel.
. -Muito bem doutor. Mas, eu não posso ficar mais tempo na cidade. É imperioso que regresse a Lisboa. Posso viajar com a Mariana?- Perguntou Miguel.
-
Do ponto de vista médico, claro que pode. Em Lisboa existem bons médicos, ela
pode perfeitamente ser acompanhada lá. Pode inclusive ser melhor para o
restabelecimento da normalidade cognitiva da paciente, se o factor causa-efeito, estiver nesta cidade. O afastamento do local, de uma tragédia, não faz com que
ela seja menor, mas faz com que pareça menos trágica. Agora, do ponto de vista legal,
pode ser problemático, uma vez que uma pessoa em amnésia, não tem vontade
própria, e segundo me disse, a paciente não é sua parente. Mas isso, claro, não
é comigo. E sim com o senhor e as
autoridades.
-Compreendo.
E o doutor poderia recomendar-me algum colega, em Lisboa?
-
Claro que sim. Se quiserem aguardar um pouco na sala, eu vou escrever uma carta
a um colega meu. Convém que levem a RM. Se não puder esperar, passe pela clínica, deixe a morada que eles enviam-na pelo correio. Se não o fizer, o colega vai pedir-lhe para ir fazer outra e não há necessidade disso.
-Muito
obrigado, doutor.
-
Boa sorte! - Respondeu o médico.
Aguardaram
alguns minutos na sala, até que a assistente, lhes veio trazer uma carta
endereçada a um tal doutor João Serra, na rua António Augusto de Aguiar.
Consulta
paga, e já na rua, Miguel perguntou:
-Está
desiludida, Mariana?
-Não
devia estar? Retorquiu com amargura.
-
Não. Já sabemos que não tem nada físico, o que podia tornar irreversível o seu
estado. Então é preciso não perder a esperança.
Amanhã
vou despachar as telas para Lisboa, e depois seguimos nós. Precisamos comprar
uma mala para as suas coisas. Vai gostar da minha casa em Lisboa. Fica num sítio muito bonito, e tem outras condições que esta não tem. E, preciso
contratar alguém para ir consigo ao médico e lhe fazer companhia. Vou estar
muito ocupado nos próximos tempos. Tenho uma exposição para fazer, e estou
muito atrasado. Tenho que ver o espaço, na galeria, escolher as telas que vou expor, mandar
fazer os folhetos de apresentação, os convites, contactar a imprensa, um sem fim de coisas.
Calou-se
ao ver que a jovem chorava.
-
Mau. O que é isso agora?
-
Estraguei a sua vida. Deixou de pintar, de ir às suas tertúlias, está farto de
gastar dinheiro comigo. Devia ir-se embora sem mim.
Estacou, zangado:
-Não
digas, asneiras, - disse tuteando-a pela primeira vez
15 comentários:
...seguindo o preenchimento, da folha em branco, com imenso interesse. Um abraço, Elvira!
Oi Elvira!
Coitada, agora ela ficou envergonhada!
Mas tudo vai se acertar.
Fico aguardando!
Abraços!
Amanhã eu volto!
Li os últimos episódios e espero mais reviravoltas.
Não sei como a Elvira arranja tempo para escrever tanto numa semana.
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
Mais para ali, mais para acolá,
não se zanguem nunca nem agora
se tudo bem a encaminhado está
porque tanto a verdade se demora?
Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Olá Elvira,
A jovem está deprimida, o que é natural nas circunstâncias. Não há como negar que a presença dela virou a vida de Miguel de cabeça para baixo. Contudo, se Deus escreve certo por linhas tortas, também no conto haverá um motivo válido para a aproximação dos dois.
Beijo.
Oi Elvira.
Preciso que o conto tenha um final feliz para me alegrar
Beijos
Lua Singular
Temos o caldo entornado.
Bfds
¡Qué de historias Elvira! Tienes una imaginación impresionante.Y gran facilidad para adaptar la realidad a la ficción.
Como diz o Pedro temos o calo entornado.
Esperemos pelos próximos capítulos.
Um abraço e bom fim de semana.
Já li tudo desde a ultima vez que comentei.
O médico é a solução mais acertada para recuperar do trauma e voltar a ter a memória de volta.
bom fim de semana.
Abraço
Seguindo a narrativa bem urdida.
Bjo, amiga
Agora para Lisboa...Quero ver o que isto irá dar!...
xx
Parabéns pela riqueza de detalhes!
LENDO AINDA ENQUANTO O SONO NÃO ME DERRUBA.
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Quem sabe, em Lisboa, mesmo não sendo a sua cidade, acontece algo que a faça lembrar de tudo? Aguardemos!
Abraços,
Furtado.
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