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Entretanto no estúdio, Miguel acendeu um cigarro. Estava nervoso. Não conseguia deixar de pensar que em breve, Mariana ia embora, da sua casa.E na mudança que isso ia trazer à sua vida. Ele podia voltar à sua vida de boémio, mas sentia-se cansado e começava a questionar-se sobre a finalidade dessa vida.
Ultimamente já nem as saídas à noite lhe interessavam. A busca do prazer, pelo prazer, já o cansava. "Estou a ficar velho" ,- pensava.
A
estadia da jovem lá em casa, tinha sido uma lufada de ar fresco na sua vida.
Por causa dela, contratara Luísa, e passara a fazer as refeições em casa, coisa que não fazia, desde que os pais morreram. Ela enchia a casa, com seu jeito suave, os seus
silêncios, os seus sorrisos. Aquecia-a com a sua presença. Agora a casa ia
ficar vazia. E fria.
Começava
a pesar-lhe a solidão. Tinha-se afeiçoado à jovem, gostava dela como se fosse
seu pai. Mas não era, e portanto era natural que a jovem quisesse voltar à sua
casa, e viver a sua vida longe dele. Mas doía. E como doía.
Como seria a vida dela, quando se fosse embora? Teria o pai, deixado à jovem, meios suficientes para a sua sobrevivência? E se assim não fosse? Do que ia ela viver, se não tinha mais ninguém no mundo? Talvez tivesse
Como seria a vida dela, quando se fosse embora? Teria o pai, deixado à jovem, meios suficientes para a sua sobrevivência? E se assim não fosse? Do que ia ela viver, se não tinha mais ninguém no mundo? Talvez tivesse
que abandonar os estudos e ir trabalhar. Mas em quê, se não tinha experiência de
coisa nenhuma? E depois cada vez havia menos empregos e mais desempregados. Por
outro lado, não lhe agradava que abandonasse os estudos. Ele podia pagar-lhos. Mas, ela aceitaria? Uma coisa era a jovem desmemoriada, carente e totalmente dependente dele.
Outra bem diferente a jovem que ele tivera hoje na sua frente. A segurança com
que ela dissera. “Deixemos isso para depois das festas” quando ele sugerira que
teriam de ir ao Algarve, era prova evidente que a jovem se libertara e já não precisava dele.
Estava
irritado, inquieto.
Não sabia o que se passava com ele, mas ficava sempre assim, quando pensava que um dia a jovem ia recuperar a memória e partir.
Ouviu
as jovens conversarem em baixo, sinal de que já tinham regressado. Relaxou.
Ficava mais calmo, quando a sabia por perto.
Na
tela, exposta no cavalete, a jovem, deitada na relva, parecia querer perguntar-lhe alguma coisa.
15 comentários:
Pois, as pessoas que entram sem contarmos deixam marcas. Que quereria dizer a jovem do cavalete?
Oi Elvira,
Não mude o conto eu não teria coragem de ler se ele a queria como pai se ela era o contrário.
O amor não tem idade, nisso eu tenho experiência.kkk.xiiiiiiiii!!
Beijos no coração
Minicontista2
...te seguindo... lendo
Continua indo muito bem. Cada capítulo melhor.
Eu estava pensando... Você me disse que escreveu o conto inteiro em uma noite de insônia??????????? Puxa vida, você escreve rápido demais!
Bom final de semana minha amiga!
Questões importantes que agora se desenham.
Penso que os segredos do amor ainda podem revelar-se adversos ou talvez não.
O pensamento de um vai ao encontro do pensamento do outro. Portanto, tudo indica de que o mais certo é juntarem os trapinhos e serem felizes o resto de suas vidas!
Tenha uma boa noite e um bom dia de domingo, amiga Elvira, um abraço.
Eduardo.
Por cá vamos acompanhando a história. Tenha um ótimo domingo.
Isabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
Hoje domingo, estou de visita ao seu "Sexta Feira", como sabe acompanho as suas histórias, mas hoje começo por felicitá-la pela sua grande família de FUZILEIROS que a rodeiam, sendo assim a Senhora faz parte deles, mas como qualquer ser humano, quando os sustos ligados à saúde nos batem à porta, pensamos naquela viagem sem regresso que ninguém deseja, desta já me safaram!
Com o meu abraço lhe desejo um BOM DOMINGO.
Pois parece que está a haver uma viragem na história.
Continuo a acompanhar.
Um abraço e bom Domingo.
O cupido lhe flexou...
Ele já não imagina sua vida sem ela!
Que bom!
Vou ler a próxima...
Abraços!
Mariangela
Já está com imenso receio que ela deixe a casa...está apaixonado também.
xx
Esse dia tinha que chegar. Era tudo muito incerto, desde o dia em que a encontrou. Agora, se calhar, é melhor deixá-la seguir o seu caminho. Mas enfim, a ver vamos...
Bj
Olinda
Acho que essa história de pai e filha não tem nada a ver. Meu pai quando casou com a minha mãe com 18 anos na época, era viúvo, tinha três filhos e 54 anos de idade, e desse casamento tiveram 8 filhos, inclusive eu. Rsrs. Aguardemos!
Abraços,
Furtado.
OI ELVIRA!
O AMOR PINTANDO E COM ISSO AS COISAS COMEÇAM A SE DEFINIR.
ABRÇS
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http://zilanicelia.blogspot.com.br/
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