- E tens a certeza de que não existe? Porque da minha
parte, eu tenho a certeza do contrário. Para amar não são precisos anos. Por
vezes basta um olhar, um sorriso, uma frase para nos cativar o coração. E entre
nós, assim foi, não há como negá-lo. Se os dois aceitamos esse amor, e fazemos por
mantê-lo vivo, ou se o negamos e o deixamos morrer já é outra história. Em
Coimbra fui sincero contigo. Na altura ainda não sabia se te amava mas sabia
que algo muito forte já nos ligava. Queria conhecer-te melhor, sabia que alguma
coisa muita bonita estava a nascer entre nós. Em compensação tu não usaste de
igual sinceridade e fugiste. O pai falou-me da tua mãe, da sua insegurança e de
como isso destruiu a relação dos dois. Quero acreditar que não tenhas herdado
dela essa insegurança. Quando me deixaste, fiquei desesperado, e revoltado,
contra ti e contra o próprio destino, que me tinha permitido conhecer-te para
logo te afastar. Sentia-me como uma criança a quem dão um doce e quando ela se
prepara para o saborear, lho arrancam das mãos. Para tentar esquecer-te, entreguei-me de corpo e alma ao trabalho que nesta época do ano é sempre muito
intenso. Como sabes o pai é produtor de vinhos e eu sou o enólogo responsável
por toda a produção até ao momento de engarrafamento, muito embora uma boa parte da
nossa uva seja entregue à vinícola de que somos sócios, e seja comercializada através dela. Mas por mais
cansado que estivesse, não conseguia esquecer a jovem sensível que se emocionou
na fonte das lágrimas, nem a menina radiante que percorreu como uma criança o
Portugal dos Pequenitos. Muito menos a mulher que tremeu nos meus braços quando
nos beijamos na despedida. Incendiaste-me o sangue e a alma. Desesperava, por
não saber como te encontrar.
Por essa altura, o pai começou a ter um comportamento estranho. Ele não conduz desde que teve um acidente e quando se desloca, sempre sou eu que o levo. Então ele começou a ir a Viseu de camioneta. E a falar ao telefone, desligando quando eu me aproximava. Comecei a pensar que ele teria alguma aventura na cidade. Afinal ainda é um homem jovem e a mãe levou o último ano até ser operada, muito doente. Só para teres uma ideia, ela não conseguia caminhar dez metros, sem ter que parar, sem forças.
Por essa altura, o pai começou a ter um comportamento estranho. Ele não conduz desde que teve um acidente e quando se desloca, sempre sou eu que o levo. Então ele começou a ir a Viseu de camioneta. E a falar ao telefone, desligando quando eu me aproximava. Comecei a pensar que ele teria alguma aventura na cidade. Afinal ainda é um homem jovem e a mãe levou o último ano até ser operada, muito doente. Só para teres uma ideia, ela não conseguia caminhar dez metros, sem ter que parar, sem forças.
Questionei-o e ele jurou que amava a minha mãe e que
nunca seria capaz de a trair. Acreditei, mas passados uns dias, ele voltou a
Viseu. Por uma dessas coincidências com que o destino nos brinda, nesse dia
telefonaram-me da empresa onde tinha encomendado uma nova bomba de trasfega,
dizendo que já tinha chegado, podia ir buscá-la. Acabava de acondicioná-la no
porta-bagagem, quando vos vi sair de um prédio no outro lado da rua. O pai
enlaçava-te os ombros e os dois seguiram pelo passeio até ao hotel. Não será difícil imaginares o que eu pensei.
Um homem não vai para um hotel com uma mulher que não é de sua família, se não
for para irem para a cama, não é verdade?
Atenção amigos. Acabei ontem de escrever esta história. Não tenho mais nenhuma escrita e com os tratamentos que ando a fazer e o tempo de espera que levo na clínica não tenho tempo para elaborar outra, e nas férias só tenho
Internet no telemóvel. Não sei se fecho o "estaminé" se deixo agendada uma das minhas primeiras histórias, Sei que alguns já a leram, mas muitos dos meus leitores atuais chegaram em 2016/2017. Posso re-editar uma história mais antiga. Que pensam vocês? Por favor deixem alguma resposta nos comentários. Obrigada
Atenção amigos. Acabei ontem de escrever esta história. Não tenho mais nenhuma escrita e com os tratamentos que ando a fazer e o tempo de espera que levo na clínica não tenho tempo para elaborar outra, e nas férias só tenho
Internet no telemóvel. Não sei se fecho o "estaminé" se deixo agendada uma das minhas primeiras histórias, Sei que alguns já a leram, mas muitos dos meus leitores atuais chegaram em 2016/2017. Posso re-editar uma história mais antiga. Que pensam vocês? Por favor deixem alguma resposta nos comentários. Obrigada
18 comentários:
Tudo está sendo bem explicado por ele e vamos ver sua reação agora! Adorando! bjs praianos,chica
Minha querida Elvirinhamiga
Para amar não são precisos anos... uma frase que pode sintetizar toda a estória que vens desenvolvendo sob o cabeça-lho O DIREITO À VERDADE. Cada episódio vai-me (nos) deixando com água na boca à espera do seguinte pois és uma mestra no desenrolar sincopado duma acção. Continuo a gostar - muito.
Muitos qjs deste teu amigo e admirador (e "copiador"...)
Henrique, o Leãozão
Julgar é fácil. Imaginar coisas, também. E tantas vezes isso estraga tudo. Vamos ver o que dá.
Boa noite, Elvira, feliz domingo
Tomara que ela aceite as explicações dele e se entendam para viverem um lindo amor.
Beijos!
A história vai acelerada, estou a ver as férias aí à porta. Alô, Lagos, lá vamos nós outra vez.
E os leitores? Que vão também de férias, pois então!
Mas eu recuso-me a ir, já estou de férias o ano inteiro e daqui não quero sair.
É pouco a pouco vamos sabendo a estória, está uma delícia.
Bjs e bom domingo.
Bom dia. Mais um episódio lindo e interessante que gostei de ler.:))
Por mim pode deixar a antigas porque não li :))
Hoje:-{B-C Poetizando} Rodopiando em delírio.
Bjos
Votos de um óptima Domingo
Bom dia
vamos esperar pela reação de Helena, mas claro que estamos todos a torcer para que tudo corra bem .Talvez um pouco de receio em principio mas o amor vai superar essa situação .
As suas historias são sempre bem vindas pois depois que li a primeira jamais deixei de acompanhar este blog.
Um santo domingo para todos .
JAFR
Cláudio e Helena, com o casamento à vista. Depois desse encontro não terão mais duvidas quanto ao amor que sentem um pelo outro!
Trate da sua saúde. Boas férias amiga Elvira. Quanto a re-editar uma história mais antiga. Penso que no mês de Agosto, a maioria dos leitores/comentadores também estarão de férias. Mas você é quem sabe se o deve ou não fazer.
Um abraço, e bom domingo.
E pronto, com tanta persistência por parte de Cláudio, tonta seria a Menina Lena se ainda precisasse mais explicações.
Eu acho que deve agendar outras publicações mais levezinhas, para nos deixar entretidos :) enquanto vai de férias, Elvira.
Vou dar-me uma folga à leitura de contos emocionantes. Haja coração que aguente...e o meu anda muito fraquinho.
Mas, calma, que ainda falta o último capítulo desta. :)
Um abraço, bom Domingo, boas Férias!!
Bom domingo, Elvira. Lendo o capítulo da conversa dos dois... Estão colocando em dia os assuntos pendentes, né?!
Decida vc quanto aos próximos passos das suas postagens... Que tenha férias tranquilas e aprazíveis... Também que o tratamento alcance ótimos resultados!
O meu grande carinho
Vamos ver como é que as explicações vão se recebidas.
Um abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Venha lá essa reedição, é melhor que nada.
Mas tem que ter mais de 3 anos, para eu não ser "prejudicado".
Olá Elvira
Eu entendo que seria uma "violência" sujeitar-se a um trabalho árduo, ou mesmo um compromisso, de estar a pensar em novas coisas nesta fase. As férias também servem para dar um descanso !
Sugiro-lhe que deixe agendados capítulos das primeiras coisas que escreveu e que certamente serão novidade para tantos de nós !... mas já agora, agendados dia sim dia não ou com dois dias de intervalo !
Quanto a este, calculo que o desfecho não poderá ser outro do que aquele que já todos imaginamos e que será o mais agradável ! :)
Entretanto, nestas férias cuide mesmo, isso sim, da sua saúde !!! :))
Um grande abraço
Mais um episódio que amei!! Que bonito!!
Beijo e um resto de um Domingo feliz.
Eu também sou uma que vou d férias, mas acho que não deve fechar o "estaminé", não vejo mal nenhum "socorrer-se" de histórias escritas e publicadas há mais tempo.
Um abraço.
Cheguei numa altura da história em que não consigo perceber o que se passa, sem ir lá atrás e começar do início. Mas o que li deixou-me a "pulga atrás da orelha".
A curiosidade é uma coisa engraçada.
Boas férias, amiga Elvira
Esperamos que ela compreenda o que ele desesperadamente lhe tenta explicar.
Agende histórias antigas que algumas pessoas não leram. Fique bem depressa Elvira. Abraço
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