Foto de Nampula, na qual é visível o maciço rochoso, a serra da mesa, e a catedral de Nampula, onde em 71 me casei pela segunda vez ( com o primeiro e único marido)
A chegada de Daniela a Nampula, foi uma surpresa para o irmão, que a acomodou na sua casa, uma habitação térrea composta de dois quartos, uma sala e cozinha. Tudo muito humilde, como era apanágio do seu irmão, que sempre se preocupou mais com o bem-estar dos outros do que com o seu. Soube que a Missão de Marrere onde o irmão trabalhava ficava a nove quilômetros da cidade, e pediu-lhe que a levasse com ele, a fim de a conhecer . Enquanto isso não acontecia, dedicou-se a perambular pela cidade, rodeada pelos enormes cumes rochosos, nos quais se destacava a montanha da mesa, assim chamada pelo seu extenso e reto cume, que faz lembrar uma gigantesca mesa. Foi até à represa, visitou a Catedral Nossa Senhora de Fátima, admirou-se com os modernos hotéis, que
falavam aos turistas de uma vida bem diferente daquela que o irmão lhe contara. Soube que Nampula era a capital do povo Macua, e admirou-se com as mulheres que passeavam pela rua, envoltas em capulanas, com os rostos pintados de branco, com o tipico "mussiro", uma pomada feita à base da raiz de uma planta com o mesmo nome, que elas usam não só como proteção contra os raios solares, mas também como amaciador, e produto de beleza. Visitou o tradicional mercado de artesanato dominical, admirou as belas esculturas em pau preto, e em barro, admirou os muito artigos de palha, com destaque para as esteiras e as cestas, não resistindo à compra de uma destas últimas. E por fim visitou o Museu Nacional de Etnologia.
No Domingo seguinte, o irmão levou-a a visitar o porto de Nacala, e a famosa ilha de Moçambique.
Na ilha, Patrimônio Mundial da Humanidade, pela sua riqueza histórica, Daniela encantou-se com a Capela Nossa Senhora do Baluarte, que data do séc. XVI, a Fortaleza de S. Sebastião, construída poucos anos depois da Capela, O Palácio dos Capitães -Generais, o Jardim da Memória, As igrejas de N.ª S.ª da Saúde e da Misericórdia, o Museu de Arte Sacra e a Mesquita.Ficou a saber que a ilha tinha sido um dos principais polos de exportação de escravos, cujo principal destino era o Brasil.
Surpreendeu-se com a parte sul da ilha, a chamada "cidade de Macuti," composta por casa de construção precária, tipo bairro de lata, cobertas por Macuti. Um grande contraste com a parte norte e as suas belas construções de pedra. Nunca a separação entre ricos e pobres foi tão evidente para ela.
Cidade Macuti -ilha de Moçambique
Regressaram a Nampula, quando a noite já se avizinhava.
Três dias depois o irmão levou-a enfim a conhecer a Missão. Ele trabalhava com os doentes que não tinham acesso aos cuidados mínimos de saúde, que era o seu sonho desde os tempos de estudante universitário.
Fotos A
AVISO aos leitores. Porque amanhã é o dia de Portugal, a história será outra, pelo que este é o episódio que só deveria sair amanhã. Peço desculpa a quem está ansioso por ver " o fundo ao tacho", mas esta história só volta Domingo
19 comentários:
Para mim está tudo bem, desde que volte.
Mais hoje ou mais amanhã, tanto se me dá!
Amiga estando na Irlanda e com
muito menos tempo para o computador,
passei por aqui para lhe deixar
um bjs. e desejar que se encontre bem.
Irene Alves
Encantada com a história. Amei conhecer Moçambique através das suas lentes. Parabéns!
Muito bom ficar a conhecer um pouco de Moçambique através desta narrativa.
Bjn
Márcia
Gostando até do passeio que nos levaste junto...Até domingo! bjs, chica
¡Hola Elvira!!!
Te echaba de menos, veo que has viajado y me alegra, son muy interesantes las fotos, debe ser precioso Mozambique, se aprecia una gran Catedral y toda una villa. Me encantó todo tu relato post.
Bueno creo, si no me he equivocado celebraste las bodas de plata; corrígeme si me equivoco y si no, pues de todas, todas muchas felicidades, que sigáis juntos por muchos años.
Un abrazo inmenso y mi gratitud y estima.
Feliz fin de semana.
Daniela em Nampula! Passei por lá duas vezes, no comboio que me levou no dia um de Novembro do ano de 1963, de Nacala até Catur, e de Catur me trouxe de regresso a Nacala no dia 9 de Fevereiro do ano de 1966. Portanto, só conheci a estão ferroviária e nada mais de Nampula!
Tenha uma boa noite e um bom fim de semana amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Aguardemos... :D
Ótimo fim de semana,
Abraço amigo
~~~~~~~
A passar por cá para acompanhar a história e desejar um bom fim de semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Bom dia
este episodio foi dedicado exclusivamente a Nampula , para quem por lá passou o que não é o meu caso deve ter ficado muito feliz por esta linda descrição.
um bom feriado
JAFR
Gostei de ver as cidades que conheci e Nampula onde estive um mês de serviço/férias, e onde vi Toni de Matos e Amália, que cantaram para nós marinheiros em 1966.
O meu abraço.
Que bem me soube revisitar todos esses locais onde passei três anos tão felizes!
A descrição está perfeita, de tal modo que até me pareceu sentir o cheiro da cidade.
A Ilha de Moçambique foi onde desembarquei à chegada a Moçambique. Enquanto aguardava a continuação da viagem para o continente (Lumbo) caiu um aguaceiro daqueles que parece que o céu vem abaixo ... :)))
Bons tempos!
PS – Obrigada pela presença e palavras tão gentis na minha CASA
Bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Bom dia amiga Elvira!
Que passeio lindo acabei de fazer. gostei muito.
Até amanha amiga e feliz final de semana.
Este "Jogo Perigoso", uma vez que perdi tantos episódios iniciais, vou deixá-lo para depois ler tudo seguido, Elvira !
Abraço e bom fim de semana !
Vivi 18 anos em Angola mas gostaria de ter conhecido Moçambique!
Provavelmente soube muito bem esta visita a terras africanas!
Bj
Gostaria tanto de conhecer África....
Beijinho e bom fim de semana
Viva Portugal !
Bem, já não falta muito para Domingo e estou a gostar da viagem e das fotografias
um beijinho e bom final de Sábado
Obrigado pelo maravilhoso passeio turístico por Moçambique que me proporcionaste.
Abraços,
Furtado
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