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22.7.18

O DIREITO À VERDADE - XLII


Helena, ouvia as explicações masculinas, com o coração batendo apressado, e o cérebro repetindo. “É amor. Ele ama-te”. Vendo que ele se calara e a olhava, como se esperasse uma resposta, ela murmurou:
- Continua.
-Segui-vos no carro, e ainda fiquei uns minutos do outro lado da rua, mas depois arranquei e fui-me embora. Ia cego de raiva, o coração ferido, a cabeça cheia de maus pensamentos. Desde esse dia, evitava encontrar-me com o pai. Quando o via, ao telefone contigo, afastava-me, pois a minha vontade era partir para a violência. Foram dias tenebrosos, de muito sofrimento. Lembrava-me das horas que passámos juntos e interrogava-me. Como era possível que me tivesse enganado tanto a teu respeito? Claro que o pai notou logo a diferença, mas nunca lhe passou pela cabeça, a razão  da mudança do meu comportamento. Uma noite questionou-me, e eu perdi a cabeça e disse-lhe tudo o que pensava da sua atitude ignominiosa.
- E ele?- Perguntou a jovem tentando adivinhar a reação paterna.
-Ele, com toda a calma, levantou-se e ordenou. “Vem comigo ao escritório. Agora!” Tu ainda não tiveste tempo para o conhecer, mas eu vivo com ele há mais de vinte anos. Quando ele dá uma ordem daquele jeito, sem mover um músculo do rosto e sem levantar a voz, quer dizer que está muito zangado e magoado, com algo que tu fizeste ou disseste. Não me atrevi a desobedecer. No escritório, ele pôs-me na mão aquelas certidões; e perante o meu espanto contou-me tudo. Se a terra se abrisse sob os meus pés, o meu espanto, não seria tão grande. Eu nem sequer sabia, que ele já tinha sido casado, antes de casar com a mãe. Dividia-me entre a vergonha de vos ter julgado mal, e a alegria de saber que através dele te ia encontrar. Então foi a minha vez de o surpreender contando-lhe que eras tu a mulher que tinha conhecido em Coimbra e por quem me tinha apaixonado.
Consegui convencê-lo a não te dizer nada, até que eu pudesse vir buscar-te, já que naquela altura, com o vinho a fermentar no lagar, não podia abandonar a quinta. Por outro lado, ele e a mãe tinham de conversar antes de eu vir. Agora a mãe já sabe tudo. Que és filha dele, mas que és também a mulher que eu amo e pretendo convencer a partilhar comigo o resto da vida. E está ansiosa por te conhecer.
Cláudio estendeu-lhe a mão, fazendo com que a jovem se levantasse. Com as duas mãos sobre os ombros femininos, disse sem deixar de a fitar.
- Penso em ti assim que acordo, sonho contigo, mal adormeço. O meu maior anseio é partilhar a minha vida contigo. Não me digas que isto não é amor.
Séria, suportando o fogo do olhar masculino, a jovem retorquiu:
-Eu, também te amo, Cláudio. E quero muito, ser feliz a teu lado, e fazer-te feliz. Espero que me ajudes a vencer os meus medos, não quero ser uma segunda edição de Natália Trindade.
Feliz, ele abraçou-a e beijou-a apaixonado.



Eu tinha dito que hoje só sairia um capítulo.  Mas ainda faltam dez capítulos e eu vou dia 30

15 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Hummmm este episódio foi emocionante terminou como esperava, num beijo apaixonado!! AMEI!

Beijo e um resto de um Domingo feliz.

Rui disse...

Mas isto já é um fim, ou pelo menos o princípio de um fim ! (??9
O que poderá acontecer em 10 capítulos é muito ! (??)
Voltamos a ficar na expectativa !

Abraço

Os olhares da Gracinha! disse...

Que bom terem -se entendido! bj

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Divino esse amor deles, amei amei amei esse capítulo!
Beijos e uma semana abençoada!

Edum@nes disse...

Será que se estão, mesmo, a entender? Ou ainda existem duvidas quanto ao amor que sentem um pelo outro?

Tenha uma boa noite amiga Elvira.
Um abraço.

aluap disse...

Eu desejo que a história acabe em época natalícia, com a família toda reunida, será?
Abraço.

chica disse...

Que bom se entenderam e estão certos que se amam...Vamos esperar o que vais aprontar AINDA,RS...

bjs praianos,chica

noname disse...

Bora lá, postar mais outro hoje ahahahahaha

Beijinho

Berço do Mundo disse...

Deu-me um nó no cérebro. Mas então não são meios irmãos?
Isto de apanhar as histórias a meio.
Peço desculpa pela minha falta de tempo... estou mesmo a precisar de férias

Janita disse...

Com a história já escrita, de facto é difícil resistir à tentação de publicar os episódios, sem a parcimónia habitual.

Por mim pode publicar os que quiser, não podendo ler durante o dia leio de noite, e o dia 30 é já de amanhã a oito dias. :)

Agora será a apresentação da jovem à futura sogra. Esperemos que corra tudo bem.

Um abraço

Larissa Santos disse...

Ainda bem que ela não quer passar e ser como a Mãe. Que bom que se entenderam.:)) Vamos a ver o resto:))

Bjos
Votos de uma boa noite

Gaja Maria disse...

Ainda faltam dez capítulos?? Ummm, o que vai acontecer?

Pedro Coimbra disse...

Tudo está bem quando acaba bem.
Boa semana

silvioafonso disse...

Que vontade de pedir para
que publique tudo de um vez,
Elvira.
Oh, ansiedade danada!

Beijos e beijos, vários.


.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Em fim, depois de desconhecimentos, desconfianças, descontentamentos e incertezas, tudo se esclarece e torna mais próximo o ponto da felicidade. Continuo gostando e aguardando.

Abraços,

Furtado