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24.1.22

ARMADILHAS DO DESTINO - PARTE IV


Apesar da enorme tensão que sentia, Luísa tinha-se esforçado por aparentar naturalidade. Agora no táxi a caminho de casa, dava livre curso ao nervosismo que a acometera, quando o olhara no elevador. Reconhecera-o imediatamente, e mentalmente pediu a toda a corte celeste que ele não a tivesse reconhecido.
 Infelizmente isso não acontecera.
Ela sabia que estava hoje bem diferente daquela menina que há dezasseis anos atrás, experimentara nos seus braços todas as delícias do amor.
Olhava sem ver as ruas percorridas pelo táxi, presa às memórias do passado. Tão absorta que se sobressaltou com a paragem do veículo. Pagou e dirigiu-se casa.  
Com mão trémula, abriu a porta. Pendurou a mala no cabide existente no vestíbulo. Dirigiu-se à casa de banho, e abriu a água para encher a banheira.

 Raramente se dava ao luxo de um banho de imersão. Considerava que era um desperdício de água. Gostava mais do duche, mas aquele dia tinha sido muito atribulado, sofrera emoções intensas durante e após o acidente, temera que alguma das crianças com ferimentos mais graves, não resistisse. Depois no hospital tivera que dar apoio aos pais dos alunos que iam chegando em clima de grande aflição. E para terminar o dia encontrava Nuno Albuquerque, que ela julgava em qualquer parte do mundo, menos ali na cidade.

Estava mais velho, claro, tinham-se passado dezasseis anos. Quando se separaram, ele tinha vinte e cinco anos, hoje estaria com quarenta e um embora aparentasse mais. Parecia mais forte, o seu olhar era mais duro, mas nem os fios prateados que lhe adornavam as têmporas, nem as pequenas rugas à volta dos olhos, lhe diminuíam o encanto. Antes pelo contrário. 

Conheceram-se há dezassete anos, numa festa de aniversário de uma colega de escola. Nuno, fora convidado pelo irmão da aniversariante, de quem era amigo e colega. Ambos eram médicos e trabalhavam no mesmo hospital. 
Luísa tinha chegado há poucos minutos, quando se sentiu atraída pelo olhar dele. Foi como se dois polos se atraíssem. Conversaram, riram, dançaram. Toda a noite ficaram juntos. Ele era tão diferente dos seus colegas de escola, que ao seu lado, todos os outros lhe pareciam demasiado infantis. Nuno era um idealista. Ele não pensava fazer carreira naquele hospital. Queria ir para África, para países cujo nome, ela quase desconhecia, dar assistência aqueles que nada tinham. Ela admirara-o por isso. E amara-o ainda mais.
A partir desse dia, e durante meses, encontraram-se quase diariamente. Com ele trocou o primeiro beijo, com ele descobriu as emoções do amor, e os prazeres do sexo .
Porém um dia, o pai descobriu e tudo mudou.

8.5.20

À MÉDIA LUZ - PARTE XVIII


Gabriel chegou nessa noite, e foi direto para casa dela. Estava cheio de saudades. Fizera todos os possíveis para a esquecer, durante aqueles dias, procurara divertir-se com outras mulheres, mas nenhuma conseguiu romper a armadura com que aquele novo sentimento o revestira. Tinha que reconhecer que estava irremediavelmente apaixonado pela sua secretária. Uma mulher admirável, com uma alma grandiosa, que por lealdade ao amor filial era capaz de tudo, até de se arriscar a ser presa. E ele queria essa capacidade de amar e de se dar, para ele. Mais do que querer. Necessitava-o com toda a sua alma. Resistira. Claro que resistira, nunca pensara em casamento, nunca sentira aquela necessidade de ter, e de se dar a uma determinada pessoa. Nos seus relacionamentos anteriores, nunca esteve nada em jogo, que não fosse o sexo, quanto mais prazeroso melhor. Com ela foi diferente desde o primeiro momento, e não porque não lhe despertasse a libido. Durante aqueles meses, tomara mais duches gelados do que em toda a sua vida. Mas sempre soube, que no dia em que se deitasse com ela, não se contentaria com menos do que o resto da sua vida. E era disso que ele tinha medo. Disso que fugira. Aqueles dias de ausência, acabaram com toda a sua resistência. Estava ansioso por chegar, por apertá-las nos braços e beijá-la até se cansar. Até se cansar? Tinha a certeza de que nunca se cansaria. Apanhou um táxi no aeroporto, e deu a morada dela. Ansioso por a ver, tocou a campainha, uma, duas, três vezes.
Sandra franqueou-lhe a passagem, surpresa com a mala que carregava. Ele entrou, largou a mala, e pegando-lhe num braço puxou-a para si, baixou a cabeça e beijou-a. Um leve toque na boca, como que um roçar de ave, que a fez suspirar e entreabrir os lábios, e logo ele a invadiu num beijo urgente e desesperado, que os deixou sem fôlego. Sandra apertava o seu corpo contra o dele, numa entrega que o enlouquecia. Finalmente afastou-a um pouco, sem deixar de a fitar, nem de a abraçar.
- Amo-te Sandra. Sabes isso, não sabes? – perguntou a voz enrouquecida pela paixão.
Ela confirmou com um gesto mudo, tentando esconder o rosto no peito masculino.
Gabriel levantou-lhe o queixo e perguntou preocupado com a sombra de tristeza, no rosto dela.
-Também me amas, mas…? 
-Não pode haver futuro para nós, enquanto o nome de meu pai, não for reabilitado. Não quero que os meus filhos saibam que o avô esteve preso, acusado de ter roubado a empresa do pai.
- Sandra, eu acredito na inocência dele. Mas não sei se conseguiremos prová-lo ao fim destes anos todos. Por favor, não condenes tu também o nosso amor.
- Talvez não seja tão difícil assim. O inspetor Pedro procurou-me hoje. Acredita que descobriu quem fez o desfalque, e pediu para arranjar um advogado e o por em contacto com ele.


17.10.19

A LEI DO CAMIÃO DO LIXO






O texto que se segue, recebi-o por email. Achei-o muito interessante e decidi partilhá-lo convosco. Recebi-o como vos passo, sem qualquer assinatura. Como não gosto de partilhar textos sem assinatura, pesquisei no Google, e aí encontrei o texto como sendo de David J. Pollay.








  Um dia peguei um táxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente. O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável. Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'  Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo de   "A Lei do Camião de Lixo."  Ele explicou que muitas pessoas são como camiões de lixo. Andam por ai  carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não  tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!  Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, EM CASA, ou nas ruas.  Fique tranquilo...  respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR. O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os camiões de lixo  estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações. 

Ame as pessoas que te tratam bem. 
E trate bem as que não o fazem. 
 A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!  
Tenha um bom dia, Livre de lixo!  


Nesta altura do campeonato, eu também  estou-me achando um lixo, não por ódios nem rancores, mas porque uma crise de refluxo gastroesofágico me provocou uma crise alérgica que me tem obrigado a passar as noites sentada no sofá, por causa da tosse. E preocupada com medo que esta malvada tosse me afete mais o olho. 

27.9.19

VIDAS CRUZADAS - PARTE XVII

No dia seguinte acordou cedo. Tinha dormido vestido sobre a cama. Despiu-se e tomou um duche retemperador. Depois olhou-se ao espelho demoradamente. Não por vaidade, mas tentando descobrir algum sinal da doença que o minava. Mas não. Tinha um ar saudável capaz de fazer inveja a qualquer um. Fez a barba, e escolheu uma roupa simples e desportiva. Olhou o calendário. Era sexta-feira. O médico daria consulta às sextas? Tinha que ir lá rapidamente. Pegou uma maçã e saiu para a rua. A mãe dissera que vinha logo de manhã, de táxi. De Santarém ao Barreiro, não demorava muito. Logo, logo estaria aí, pensava enquanto comprava o jornal. E não se enganou, pois ao voltar encontrou a mãe no momento da chegada. Não se conteve e depois de a abraçar pegou-lhe ao colo e rodopiou com ela como não fazia há muito. Finalmente em casa, a mãe queria saber de tudo. Como estava a tia, se tinha gostado da terra, se tinha encontrado alguma cachopa bonita, um nunca mais acabar de perguntas. E andava à sua volta mirando-o, como se de um monumento se tratasse.
E ele falou. Contou como gostara da terra, e da tia. Falou da dona Célia, do pequeno Pedro e da Rita. E desta, falou com tal entusiasmo que a mãe adivinhou logo a paixão no seu peito. Quando ele se calou a mãe ficou em silêncio olhando-o. Depois levantou-se e dirigiu-se à cozinha, tentando ocultar uma lágrima, que teimosa queria escapar dos seus olhos. Pedro percebeu porque a mãe não queria fazer comentários. Ela julgava que ele se declarara e não era correspondido. O almoço decorreu em silêncio.A mãe entristecida com o suposto desgosto do filho, e este só pensando na sua visita ao médico. 



3.7.18

O DIREITO À VERDADE - XII



Uma hora mais tarde, estavam de novo no gabinete do médico.
- Tal como eu suspeitava, não há fraturas, as dores são provocadas pela pancada. Vou receitar Paracetamol para as dores e Thrombocid Gel para aplicar nas equimoses. E deve ficar uns dois dias de repouso.
 E voltando-se para o amigo disse:
- E tu vê se tens mais cuidado, e não andas por aí a atropelar pessoas. Um dia ainda te metes num sarilho.
Helena teve vontade de dizer ao médico que ela fora a culpada, mas um olhar de Cláudio fez com que se mantivesse calada. Uns minutos mais tarde abandonavam o hospital. Os exames só confirmaram o que ela pensava. O pior é que tinha ficado com a tarde perdida, tinha que regressar ao hotel e lá ficava adiada a visita ao monumento que pretendera visitar nessa tarde.
 À saída do hospital, Cláudio, pegou-lhe no braço e disse:
-Venha, levo-a a casa.
- Não precisa, já perdeu imenso tempo comigo, eu apanho um táxi.
-Não posso permitir que faça isso. Diga-me onde mora e levo-a a casa, ou não quer que eu saiba onde vive? Prometo que não digo a ninguém, - disse ele, com um sorriso que lhe deixou as pernas bambas
- Na verdade estou de passagem. Cheguei há poucas horas. Estou no Hotel Ibis, mas devo partir amanhã mesmo.
- Tão depressa? Nem terá tempo para conhecer a cidade. Mas então levo-a ao hotel. Não me ofereço para lhe mostrar nada agora, primeiro porque precisa descansar, e depois porque está quase na hora da visita à minha mãe.
Ajudou-a a entrar no carro e dando a volta sentou-se ao volante e pôs o veículo em marcha.
- Se puder ficar mais uns dias, podíamos almoçar juntos amanhã e depois mostrar-lhe-ia alguns dos locais mais bonitos da cidade.
Helena sentiu-se tentada. Reconhecia o perigo de se relacionar com aquele desconhecido, ela que não tinha quaisquer experiências com o sexo oposto. Por outro lado que mal podia fazer? Era só um dia, Depois ia-se embora e nunca mais se veriam.
- Então que me diz? Fica uns dias?  
- Não. Parto depois de amanhã às dez.
- Mais uma razão para aceitar almoçar comigo, amanhã. Prometo que lhe mostrarei os pontos mais bonitos da cidade.
- É sempre assim tão insistente? – Perguntou a jovem
- E você, é sempre tão desconfiada?- Retorquiu ele.
Estavam já perto do hotel. Cláudio parou o carro e voltou-se para ela. Mirou-a da cabeça aos pés. Era muito bonita. Não uma daquelas belezas exuberantes que fazem os homens sonhar e as mulheres suspirarem de inveja. Era uma beleza suave, serena que lhe agradava. Havia no fundo dos seus olhos um laivo de tristeza, que o intrigou. Estendeu a mão e agarrou a mão feminina. 
- Até amanhã. Venho buscá-la ao meio dia. Até lá descanse.
Ela teve vontade de recusar o convite, mas resistiu. Que mal podia fazer? Puxou suavemente a mão dizendo.
- Não está na hora da visita à sua mãe? Não se atrase.
Abriu a porta do carro, e acrescentou:
- Até amanhã. E obrigado.
Entrou no hotel sem olhar para trás. Já se encaminhava para o elevador, quando se lembrou que não tinha aviado a receita. Voltou à receção e perguntou se havia alguma farmácia perto. Havia. Mesmo ao virar da esquina. Voltou a sair  e foi buscar os medicamentos,



12.10.16

VIDAS CRUZADAS - PARTE XVII

No dia seguinte acordou cedo. Tinha dormido vestido sobre a cama. Despiu-se e tomou um duche retemperador. Depois olhou-se ao espelho demoradamente. Não por vaidade, mas tentando descobrir algum sinal da doença que o minava. Mas não. Tinha um ar saudável de fazer inveja. Fez a barba, e escolheu uma roupa simples e desportiva. Olhou o calendário. Era Sexta-feira. O médico daria consulta às Sextas? Tinha que ir lá rapidamente. Pegou uma maçã e saiu para a rua. A mãe dissera que vinha logo de manhã, de táxi. De Santarém ao Barreiro, não demorava muito. Logo, logo estaria aí, pensava enquanto comprava o jornal. E não se enganou, pois ao voltar encontrou a mãe no momento da chegada. Não se conteve e depois de a abraçar pegou-lhe ao colo e rodopiou com ela como não fazia há muito. Finalmente em casa, a mãe queria saber de tudo. Como estava a tia, se tinha gostado da terra, se tinha encontrado alguma cachopa bonita, um nunca mais acabar de perguntas. E andava à sua volta mirando-o, como se de um monumento se tratasse.
E ele falou. Contou como gostara da terra, e da tia. Falou da D. Célia, do pequeno Pedro e da Rita. E desta, falou com tal entusiasmo que a mãe adivinhou logo a paixão no seu peito. Quando ele se calou a mãe ficou em silêncio olhando-o. Depois levantou-se e dirigiu-se à cozinha, tentando ocultar uma lágrima, que teimosa queria escapar dos seus olhos. Pedro percebeu porque a mãe não queria fazer comentários. Ela julgava que ele se declarara e não era correspondido. O almoço decorreu em silêncio.A mãe entristecida com o suposto desgosto do filho, e este só pensando na visita ao médico. 



9.2.14

ESPERANÇA DOS OLHOS VERDES - PARTE V




 foto daqui

Esperança, a doce namorada, estava muito longe de si, e da sua nova situação de homem rico. E casando com Laura podia juntar à sua a imensa fortuna do sogro.
Além disso, Esperança era uma moça simples que talvez nem soubesse mover-se no mundo em que ele agora se movimentava. Laura era uma mulher elegante, habituada a frequentar qualquer lugar por muito chique que fosse. Movia-se na sociedade como peixe dentro de água.
A ambição de Chico era maior do que ele, e a pouco e pouco foi encurtando as cartas para Portugal. No dia em que retirou do pescoço a medalhinha de ouro e a guardou numa caixinha, sentiu-se um canalha e por momentos teve vergonha de si próprio, mas logo calou os ultimos resquícios de honra, escondendo a caixinha no fundo de uma gaveta no seu escritório. E casou com Laura. Graças à influência do sogro, o prestígio do Chico cresceu tanto como os seus negócios.
Curioso foi que crescera também um sabor amargo, uma desilusão que não o deixava ser feliz.
Tarde demais, dera conta de duas coisas. A primeira era que se vendera miseravelmente por dinheiro, a segunda, era que Laura era egoísta, caprichosa e prepotente. Muito diferente da meiga Esperança. Enquanto o pai era vivo, ainda se fora comportando. Porém com a sua morte, foi como se se rompessem todas as cadeias que ainda a prendiam á decência. Saía de casa a qualquer hora sem dar satisfações ao marido e quando este lhe chamava a atenção para o facto de que não era correcto uma mulher casada sair com outro homem que não o marido, ela ria-se dele dizendo que era apologista do amor livre.
Pensou divorciar-se mas, naquela época, não era permitido o divórcio no Brasil. E assim, naquele inferno, viveu dezoito anos.
Quantas vezes ao longo desses anos pensou em Esperança. E quantas vezes pensou que estava a pagar o pecado de ter desprezado a mulher que tudo lhe dera, física e moralmente.
Uma manhã, a polícia telefonou-lhe para o escritório a anunciar a morte de Laura. Tivera um desastre quando conduzia a grande velocidade. Ela e o companheiro tiveram morte imediata.
Não sentiu pena. Que Deus lhe perdoasse mas até sentiu um certo alívio. E passaram-se mais três anos. Três anos em que travou árdua luta entre o desejo de voltar a Lisboa, e procurar a "sua" doce Esperança, e o pensamento de que ela estaria casada e feliz sem ele. Por fim, venceu a vontade de voltar a Portugal. Vendeu tudo, transferiu o dinheiro – uma fabulosa fortuna – para um banco português e comprou a viagem de regresso.
Não quisera vir de avião. A viagem seria demasiado rápida e ele precisava de tempo para pensar. E agora, a poucos minutos do desembarque, só pensava numa coisa. Rever Esperança, saber como estava, o que fazia.
Assim que desembarcou, apanhou um táxi e dirigiu-se a casa dela. Pelo caminho foi olhando tudo. Quase não reconhecia Lisboa, tão diferente estava de quando ele a deixou.
E pensava. Por certo Esperança teria casado, talvez tivesse filhos. Era o mais lógico. Quem sabe nem mais lembraria dele. Ainda assim, ele queria pedir-lhe perdão.
A primeira decepção, apanhou-a quando ao chegar ao lugar onde outrora fora a casa da jovem, encontrou um moderno edifício. Ali ninguém sabia quem ela era nem onde vivia.
-Foi melhor assim! – pensou. Que poderia eu dar-lhe agora? Dinheiro? E pode com dinheiro comprar -se o perdão, e a paz de consciência?
Logo, porém, afastou os seus pensamentos e murmurou:
- Tenho de encontrá-la…


Á margem:
Aos amigos que por aqui passam, as minhas desculpas pela minha ausência nos vossos cantinhos, na última semana. Mas uma semana que começou alegre com o aniversário da netinha que fez 5 anos terminou com o funeral da penúltima irmã de minha mãe, que faleceu dia 6, precisamente um dia depois do aniversário da morte de minha mãe.