Mais tarde, ela descansava a cabeça no peito forte do marido, enquanto ele, lhe contornava o rosto numa terna carícia. Ela suspirou. Preocupado ele perguntou:
-Estás bem?
-Sim, - murmurou
-Foi incrível! Nunca experimentei nada assim, senão em
sonhos.
Ela levantou a cabeça e olhou-o.
-Sonhavas que eu estava contigo, neste quarto e fazíamos
amor.- Não era uma pergunta, era mais uma afirmação, como se ela soubesse
- Muitas vezes, Mas... como sabes? Não me digas que também
sonhavas o mesmo, - disse rindo
- Quem julgas, que me ensinou a ser assim tão desinibida? Acreditas que a
primeira vez que tive esse sonho, ainda nem sabia quem eras, e vi nele, este quarto tal
qual é, sem nunca ter estado na quinta?
- Mais uma razão para nunca duvidares do amor que nos
une. Somos almas gémeas, minha querida. Percebi-o desde o primeiro momento que nos vimos. Mas agora é tempo de nos levantar e
vestir, já anoiteceu.
-Meu Deus! - Exclamou ela saltando da cama. Daqui a pouco
chegam os nossos pais. Que vergonha.
Ele seguiu-a para a casa de banho rindo.
-Querida; estamos casados, lembras-te? E os nossos pais
sabem o que é ser recém-casado.
Meia hora mais tarde entravam no carro e dirigiam-se para
Coimbra.
Epílogo
Vinte e três de Abril do ano dois mil e dezoito. Cláudio
e Helena, estão casados, há quase trinta meses. Durante aquele tempo muitas
coisas tinham acontecido nas suas vidas. A casa deles ficara pronta, Cláudio conseguira enfim aquele tal vinho especial que tentava criar há anos, e que acabara de lançar no mercado com o nome de Quinta dos Milagres. Carmo recuperara a saúde e o seu vigor, e até o tio Alberto, estava de novo apaixonado, depois de doze anos de viuvez.
Helena terminara o Curso de História Contemporânea, e já estava a lecionar no Colégio da Imaculada Conceição em Viseu. A sua vida era agora muito diferente daquela que tinha tido em Lisboa. E a maior diferença operara-se nela. A Helena de hoje, era uma mulher feliz e segura de si, do seu amor e das suas capacidades como mulher. Daquela mulher, triste, insegura, que fugia de qualquer relacionamento. por não acreditar ser merecedora, de viver um grande amor, não ficara nem resquício.
Helena terminara o Curso de História Contemporânea, e já estava a lecionar no Colégio da Imaculada Conceição em Viseu. A sua vida era agora muito diferente daquela que tinha tido em Lisboa. E a maior diferença operara-se nela. A Helena de hoje, era uma mulher feliz e segura de si, do seu amor e das suas capacidades como mulher. Daquela mulher, triste, insegura, que fugia de qualquer relacionamento. por não acreditar ser merecedora, de viver um grande amor, não ficara nem resquício.
Hoje o casal está em Lisboa. Para apadrinharem o casamento
de Paula, a amiga de Helena, que foi sua madrinha de casamento, e Sandro o jovem namorado de há mais de quatro anos.
Tal como a amiga fizera com ela, Helena ajudou Paula a
aprontar-se para a cerimónia. E acabava de lhe prender nos cabelos a tiara com o véu, quando a mãe da amiga, entrou no quarto.
- Filha o carro para te levar, acaba de chegar. A noiva deve chegar um
pouco atrasada, mas não tanto que desespere o noivo. Lena é melhor vocês irem
andando. Os padrinhos já devem estar no altar quando a noiva entrar na igreja.
Helena deu um beijo na amiga, e saiu do quarto. Encontrou
o marido na sala com o dono da casa, que parecia mais nervoso do que a filha.
-Vamos, amor? Temos que chegar à igreja antes da noiva.
Cláudio despediu-se do anfitrião, e saíram em direção
ao carro. O trajeto até à Igreja de S. Paulo onde se ia realizar a cerimónia
era curto.
Quando chegaram ao altar, a igreja já se encontrava
cheia. Cumprimentaram o noivo, que se mostrava bastante nervoso, e os padrinhos
dele e ocuparam o seu lugar no lado esquerdo do altar. Ouviu-se a marcha nupcial e a noiva entrou no
templo, sendo conduzida ao altar pelo braço do pai.
Na hora em que os noivos fizeram os seus votos de amor e
fidelidade, Cláudio apertou a mão da esposa entre as suas e olhando-a nos olhos, repetiu num murmúrio, os votos que
fizera quando casara, deixando-a emocionada.
E enquanto o padre declarava os nubentes, marido e mulher, e eles se beijavam, Helena inclinou-se e murmurou:
- Eu e o nosso filho, amamos-te hoje e vamos amar-te para
toda a vida.
Surpreso, ele olhou-a interrogativo. Ela limitou-se a acenar
com a cabeça afirmativamente, enquanto o sacerdote derramava sobre os nubentes, a bênção final.
Cláudio estava por demais emocionado. Apenas teve tempo
para lhe segredar, enquanto os noivos se beijavam de novo, antes de serem submersos, por familiares e amigos, num mar de abraços e felicitações.
-Mulher, tu sabes quando dar uma notícia! Prepara-te, a minha vingança
vai ser terrível.
Ela riu com malícia, e apressou-se a ir abraçar a amiga.
FIM
26 comentários:
Muito, muito bonito!
Grata por nos presentear com o dom da sua escrita.
Beijinhos e boas férias.
Votos que tudo corra bem em relação à sua saúde.
Simplesmente linda a Leitura que nos proporcionaste! Adorei do inicio ao fim e só posso te parabenizar! Valeu cada capítulo tao bem escrito e pensado! ADOREI e o fim.foi delais de lindo! Bjs praianos,chica
Que venha a próxima história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
E pronto. terminou assim mais um conto tão bonito e interessante. A vida tem destas coisas. Adorei. Boas férias, Elvira.
(espero pelo próximo):))
Um copo de cristal, meio cheio
Bjos
Votos de um óptima Quinta - Feira.
Bom dia novamente.
já estamos habituados a que as historias desta autora tenham um final sempre surpreendente , e como não podia deixar de ser , há sempre um pormenor muito agradável para um final feliz .
Umas boas ferias acompanhadas de um bom descanso .
JAFR
E assim chegou ao fim mais um interessante conto.
Um abraço e continuação de boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Um lindo final.
Boas férias, Elvira
Até ao seu regresso e de novo às suas histórias.
Beijinho
Muito bonita esta história, adorei.
Venha a próxima.
Beijo grande.
Um final feliz, que tenham muitos filhos e netos. Lá na Quinta dos Milagres. O interior do pais está ficando despovoado, precisa de gente nova para o povoar!
Tenha com saúde, amiga Elvira, umas boa férias.
Um abraço.
Parabéns por mais uns capítulos de boa leitura!!!bj
Muito bem!!
Muito obrigada pelos momentos de leitura que me proporcionou. Mais ma bela estrória de amor. Amei. E agora até vir a próxima? Ok, sei que vai de férias.
Nada na vida acontece por acaso. Motivo por qual, a Mãe de Helena guardou os documentos!.
Espero que tudo lhe corra bem com a sua saúde.
Beijo e um excelente dia!
Muitos Parabéns, Elvira!!
À medida que os seus contos vão sendo escritos, nota-se um aprimoramento na sua forma de relatar os finais. Nenhum pormenor é deixado ao acaso, e nós, leitores, ficamos embevecidos como se fizéssemos parte da trama.
Adorei!
Desejo-lhe férias tranquilas e felizes.
E que os tratamentos tenham melhorado o seu estado de saúde.
Beijinhos e obrigada.
Linda! Adoro finais felizes. Parabéns, Elvira, por mais essa história.
Grande abraço.
Lindo! Parabéns Elvira por mais uma história bonita :)
Boa noite Elvira,
Uma história lindíssima, que me deu muito gosto ler e acompanhar.
Desejo-lhe continuação de boas melhoras.
Beijinhos,
Ailime
Mais um sucesso! Adorei!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Como sempre, presenteaste-nos com uma bela história/estória de amor. Adorei! Parabéns Elvira!
Abraços,
Furtado
Mais uma grande história que chega ao seu final, que nos manteve sempre na expectativa do próximo capitulo.
Parabéns Elvira
Bjs
Hoje em Caminhos Percorridos - ENVELHECER
INFORMAÇÃO
Acaba de ser publicado na Nossa Travessa o episódio n.º 9 da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE desta vez com o título Vem à baila testamento.
http://anossatravessa.blogspot.pt
Como habitualmente voltarei depois para postar comentário.
Nada melhor que ouvir uma notícia destas num momento destes.
Abraço, bfds
Perfeitíssimo, Elvira !!!
... E realmente com todos os pormenores !!! ...
E a melhor notícia no momento certo, para fechar com chave de ouro ! :)
Parabéns !!!
Um final perfeito o quanto foi todo o decorrer do conto. Desde o princípio esta história me encantou, como as demais, com suspenses, mistérios e fortes emoções, adorei e lhe parabenizo pela capacidade de prender seus leitores com enredos bem construídos.
Beijos no coração!
Elvira, vi o seu comentário por lá, obrigada pelos parabéns!
Ah!, é bom demais ler os últimos capítulos por aqui, principalmente neste tempo em que estou "a comemorar"!...
Gostei MUITO DO CONTO, parabenizo a amiga pela sensibilidade e destreza em cada capítulo... (Recomendo o filme que indico no Ciranda de Frases, há muito de beleza literária)
Abração e fico contente com a sua melhora...
E com tão bela família o filho crescerá rodeado de atenção e carinho.
Abraço.
Mais uma bela história de amor. Tudo está bem quando acaba bem e estes até nem tiveram muito sofrimento pelo meio.
Belos, ricos e felizes, nada mais é preciso.
Bjs.
Mais um conto muito bonito!
Bjxxx
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