Helena acordou, já passavam das oito horas. Tinha-se
deitado cedo mas dormira mal. Cláudio não lhe saía da cabeça, nem do coração.
Sonhara que os dois estavam a fazer amor. Não era no
quarto do hotel em Coimbra, nem naquele em que estava, tão pouco no seu quarto
em Lisboa. Era num quarto grande, com uma cama de casal, em ferro, pintada de
preto. No quarto havia duas portas e uma janela. Por uma dessas portas ela
entrara, a outra não sabia para onde dava. Havia uma janela, cuja persiana não
estava fechada. Apenas um fino e transparente cortinado branco, que não impedia
o luar de chegar até à cama, e os envolver no mesmo abraço
amoroso. E era tudo tão real, que ela experimentou sensações que nem sequer
imaginara que existiam, mas que a deixaram com pena de ter acordado. Mas alguma coisa a acordara, e sobressaltada, e olhou o relógio. Quatro horas da manhã. Depois disso, levara
grande parte da noite, inquieta, e sem conseguir voltar a adormecer.
Tomou banho, vestiu-se e desceu. Ia tomar o pequeno-almoço, e esperar pelo seu suposto pai, a fim de irem fazer o exame de paternidade. Apesar de acreditar que Jorge Noronha era o seu pai, não se atrevia a trata-lo assim. Poderia estar enganada, não queria apegar-se a um sentimento e depois sofrer uma desilusão. Iam fazer o exame, passaria parte do dia com ele, se fosse possível, e no dia seguinte partiria para a sua casa em Lisboa. Deixaria a morada no laboratório para lhe enviarem o resultado. Se como esperava fosse positivo, o pai procurá-la-ia, quando tivesse contado tudo à esposa. E então ela gostaria de conhecer a sua casa, e a sua família. Não sonhava poder viver com ele. Seria difícil para a madrasta aceitar a sua presença, assim do nada, ao fim de tantos anos. Mas podia visitá-lo, e pelo que conhecera de Jorge Noronha, sabia que podia contar com o seu carinho, o seu apoio. Não queria pensar que o resultado fosse negativo. Jorge acreditava plenamente que era seu pai, por ele nem faria o teste. E ele tinha conhecido bem a sua mulher e o amor doentio que ela lhe devotava e que acabou por separá-los.
Tomou banho, vestiu-se e desceu. Ia tomar o pequeno-almoço, e esperar pelo seu suposto pai, a fim de irem fazer o exame de paternidade. Apesar de acreditar que Jorge Noronha era o seu pai, não se atrevia a trata-lo assim. Poderia estar enganada, não queria apegar-se a um sentimento e depois sofrer uma desilusão. Iam fazer o exame, passaria parte do dia com ele, se fosse possível, e no dia seguinte partiria para a sua casa em Lisboa. Deixaria a morada no laboratório para lhe enviarem o resultado. Se como esperava fosse positivo, o pai procurá-la-ia, quando tivesse contado tudo à esposa. E então ela gostaria de conhecer a sua casa, e a sua família. Não sonhava poder viver com ele. Seria difícil para a madrasta aceitar a sua presença, assim do nada, ao fim de tantos anos. Mas podia visitá-lo, e pelo que conhecera de Jorge Noronha, sabia que podia contar com o seu carinho, o seu apoio. Não queria pensar que o resultado fosse negativo. Jorge acreditava plenamente que era seu pai, por ele nem faria o teste. E ele tinha conhecido bem a sua mulher e o amor doentio que ela lhe devotava e que acabou por separá-los.
Na mala tinha um estojo com uma caneta que comprara dias
antes, e onde mandara gravar o nome de Jorge. Era o seu presente de despedida,
já que partiria no dia seguinte.
Eram nove horas e quarenta e cinco quando ele chegou.
-Bom-dia. Pronta? – Perguntou cumprimentando-a com um
beijo na testa.
-Pronta e nervosa, -respondeu sorrindo.
-Não há motivos para isso. Vai correr tudo bem. Sempre
vais amanhã para Lisboa?
Vou. O exame deve ser demorado e estou há quinze dias
fora de casa. Foi difícil dar consigo, corri toda a região à sua procura.
- Então vamos passar o dia, juntos. Não voltaremos a poder fazê-lo tão depressa. Mas juro-te que logo que o médico diga que a Carmo
não corre perigo, lhe conto e tenho a certeza de que vai querer que venhas
viver connosco. Tens algum namorico por
lá?
- Não. Mas não gostaria de viver longe do tio Alberto.
Gostamos muito um do outro. Foi o mais parecido com um pai que tive. E depois
ele perdeu há pouco tempo o seu único filho. A tia Ana já morreu há dez anos,
ele está muito sozinho.
-É muito nobre esse teu sentimento, minha filha. Quando
chegar a altura logo se vê. Eu e o teu tio sempre fomos amigos, e apesar de
estar aborrecido por ele não me ter falado de ti, não me importava nada de
contar com ele junto de nós.
- A mãe, obrigou-o a jurar que não lhe contava.
Ainda me espanto com esse facto. A tua mãe amou-me sem
medida e sem medida, me odiou. O Laboratório é aqui. Entramos?
Obrigada pelo vosso carinho. Não estou preocupada com a catarata, o marido foi operado há dois anos, aos dois olhos e sei que é uma cirurgia simples. Estava preocupada com a possibilidade de ser glaucoma, mas graças a Deus não é. Falei com o médico, e já decidi. Serei operada em Novembro. Tenho tratamentos até ao fim do mês, em Agosto vou de férias, Setembro e Outubro tenho coisas agendadas.
Obrigada pelo vosso carinho. Não estou preocupada com a catarata, o marido foi operado há dois anos, aos dois olhos e sei que é uma cirurgia simples. Estava preocupada com a possibilidade de ser glaucoma, mas graças a Deus não é. Falei com o médico, e já decidi. Serei operada em Novembro. Tenho tratamentos até ao fim do mês, em Agosto vou de férias, Setembro e Outubro tenho coisas agendadas.
14 comentários:
Muito bem, está completa a leitura da manhã. Isto está a tornar-se um hábito, café da manhã, notícias, novela e toca a andar que a vida não pára.
Continuo acompanhar com interesse e tudo vai correr bem com a cirurgia aos olhos.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Que legal esses dois se dando bem como pai ecfilha e tomara o resultado assim confirme!
Bjs praianos,chica
Bom dia!
Em primeiro lugar, ainda bem que está tido a correr como deseja. A operação correrá bem, também!
Este episódio foi muito bom. Cheio de recordações :)!! Amo!
Alma adormecida sem rumo.
Beijos e um excelente dia!
E agora fiquei ansiosa por saber o resultado do teste.
Quanto aos olhos, vai tudo correr bem, é uma das áreas em que a medicina está mais avançada.
Abraço Elvira
Olá Elvira.
Tudo impecável ! :) ... Ambos com sonhos eróticos ! Bom sinal ! eheheh
Abraço
Ora então, vamos lá todos, ao laboratório eheheheh
Boa tarde, Elvira
Continuação de melhoras
Elvira acabei de fazer a leitura dos episódios que ainda não tinha lido (avaria no sistema cibernauta :=()
... e confesso que as suas leituras são sempre envolventes ... e os pormenores descritivos bem interessantes ... por isso aguardo mais novidades e tudo de bom para si!!!
bj
Bom dia, querida amiga Elvira!
Estou mais ansiosa pelo resultado do que a moça...
No aguardo...
Um conto e tanto...
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm fraterno de paz e bem
Enquanto o resultado do teste não é conhecido. Cláudio sonha com Helena e Helena sonha com Cláudio até que o destino os junte para sempre serem felizes!
Tenha uma boa tarde amiga Elvira.
Um abraço.
Como isto de resultados de exames específicos, não é atar e pôr ao fumeiro, veremos se nos entretantos os dois jovens se encontram.
Para onde for a Helena...lá vamos nós, a reboque!!
Um abraço
Boas
Algo me diz que o teste vai dar negativo e o pai da Helena ainda esta nos segredos dos Deuses.
JAFR
Que todas as questões de saúde aí de casa se resolvam bem.
Beijinhossss e tudo de muito bom !
Ótimo capítulo e quanto à sua saúde desejo que Deus continue a lhe abençoar e restaurando-a. Que dê tudo certo nos tratamentos.
Beijos e abraços!
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