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15.6.20

ISABEL - PARTE XXIV

foto do google



Aborrecido pelo implicância da mãe, decidiu mostrar-lhe que o namoro não o impediria de ser bom aluno e sempre passou com excelentes notas.
Acabado o liceu era necessário escolher a carreira, mas na altura ele não se sentia vocacionado para nada, e escolheu Direito como podia ter escolhido qualquer outra coisa. Tinha dezoito anos, e continuava demasiado alto e magro. E cada dia mais apaixonado.
Com vinte anos, Odete era agora uma linda mulher, que gostava demais dos galanteios de outros homens que não do namorado. Toda a gente no bairro via isso excepto Luís. Abandonara a escola há muito, antes mesmo de completar o nono ano, e sem emprego, passeava-se na rua, sem outro motivo que não fosse exibir a sua beleza e provocar a libido masculina.  A mãe de Luís, bem que tentava abrir os olhos do filho, dizendo-lhe que Odete não era mulher para ele, mas Luís, qual D. Quixote, sempre defendia a namorada, dizendo que a mãe não precisava ter ciúmes, o amor que sentia por Odete, em nada beliscava o que sentia por ela. Se a jovem não queria estudar, que mal havia nisso?  Afinal a vontade que ele tinha de estudar também não era grande, mas a mãe voltava à carga, pois o namoro já se prolongava demais. Intuições de mãe, - respondia quando o filho lhe perguntava, o que ela tinha contra a sua namorada. Estavam as coisas neste pé quando um dia ao chegar a casa da namorada não a encontrou, e a mãe dela, lhe contou a chorar, que a filha tinha fugido com o sobrinho do Henrique do talho, ela nem sabia para onde, pois não o dizia na carta de despedida que lhe deixara.
Sentiu que o seu mundo ruía e teve vontade de morrer. 
Luís havia  completado dezanove anos, na semana anterior. Aos dezanove anos, um homem ainda tem uma visão muito romântica da vida. E afinal ele crescera a amar Odete e namoravam há mais de cinco anos. Fechou-se no quarto e chorou de frustração e raiva. E jurou a si mesmo que nunca mais ia confiar em mulher alguma. Nesse dia morreu Luís  e nasceu o Nuno. Estava no primeiro ano e como continuava sem grande interesse pelo curso, resolveu mudar. Optou por Literatura e Línguas. Aos vinte e cinco anos ingressou na Marinha já com o Curso terminado.
Seis meses depois, teve a sorte de ser destacado para a Sagres que ia partir em viagem, à volta do mundo, por um ano. Um facto que mudou completamente o seu modo de encarar a vida. Aprendeu o que é viver dias e dias sem avistar terra, ao sabor do humor da natureza, ora num suave embalo, ora numa dança louca que lhe revolvia as entranhas e lhe punha o estômago às voltas, dia após dia a olhar para as mesmas caras, dando as mesmas ordens, executando as mesmas tarefas, numa rotina, da qual não há como escapar, perdidos na imensidão do mar, sob um sol intenso, ou um frio de rachar, sempre ansiando pelo próximo porto. Mas também aprendeu o fascínio que aquela farda tem sobre as mulheres, mesmo que sejam de outros continentes, e com outros costumes.

3.6.19

UM PRESENTE INESPERADO - PARTE XII




Glória, a sua secretária veio arrancá-lo, dos seus pensamentos . Um dos seus melhores clientes queria um carro para a próxima semana. Como sempre com motorista, mas desta vez queria o Lamborghini. 
- E já verificaste se não há nenhuma reserva anterior? – perguntou.
- Não há. Só no domingo para o casamento. Então faz a marcação conforme é costume. E avisa o motorista que habitualmente transporta o cliente.
A secretária saiu e ele foi verificar o correio eletrónico, já que vários dos seus clientes usavam esse meio para fazerem as reservas. O negócio estava cada vez melhor. Até estava a pensar comprar mais dois carros no final do ano, ou princípio do próximo. Muitos clientes, especialmente os estrangeiros, preferiam o aluguer de um carro de luxo, sempre que necessário, em vez de o comprarem. Alguns nem tinham carta de condução, teriam que investir no carro e contratar um motorista. Era uma despesa enorme. Assim, tinham o privilégio de poderem mudar de marca cada vez que faziam um novo aluguer.
O curso de gestão de empresas, dera-lhe a oportunidade de gerir a sua própria empresa, todavia o que mais o apaixonava, era a mecânica, e a condução. Ainda há dois meses tinha levado um casal a Coimbra, quando o motorista que os deveria transportar, estava de licença por nascimento do primeiro filho e todos os outros estavam ocupados.
Uma semana depois, Ricardo tinha o resultado do teste, mas estava mais confuso que nunca. Porque embora o teste fosse claro no resultado de que ele não era o pai da menina, a compatibilidade com a criança era grande e aconselhavam um novo teste para determinar o grau de parentesco.
Sem saber que pensar, telefonou ao seu amigo Artur pedindo-lhe para passar pelo seu escritório. Este disse-lhe que já tencionava visitá-lo nesse dia pois  acabara a investigação que ele lhe pedira.
Uma hora mais tarde os dois estavam reunidos, e Ricardo lia o relatório que o investigador lhe entregara, enquanto este esperava calmamente a reação do empresário.

-Não é possível. Como é que chegaste a esta conclusão? Eu nunca saí com essa tal Susana. Na verdade até tinha as minhas dúvidas de que ela tivesse realmente existido. 
- Mas existiu. E segundo a sua melhor amiga, ela namorou com um tipo cuja descrição encaixa perfeitamente na tua pessoa. Acredita que fiquei muito surpreendido. Então mostrei-lhe aquela foto do jantar de aniversário do Sérgio, em que tu estás com ele e os restantes rapazes a festejar. Perguntei-lhe se o namorado da Susana era algum dos homens da foto e ela apontou para ti sem hesitar. Não sei o que aconteceu, mas  se me disseres o que se passa, talvez possa ajudar-te.




AQUI está mais um pouco do que andei fazendo pelo Algarve. espero que vos agrade

13.7.18

O DIREITO À VERDADE - XXVI


- Minha filha! Meu Deus! Como é que a tua mãe foi capaz de semelhante maldade? Nunca lhe vou perdoar que me tivesse roubado a alegria do teu nascimento, as tuas gracinhas, o teu crescimento.
- Sem fazermos o exame não podemos ter a certeza.
- Faremos o exame se isso te deixa mais confiante. Por mim, não é necessário. Se nasceste nessa data, não tenho qualquer dúvida. Eu e a tua mãe éramos muito apaixonados, mas ela era muito insegura, achava que não era merecedora do meu amor e tinha uns ciúmes doentios. Disse que eu a traí, pediu o divórcio e foi para casa da irmã em Lisboa. Nunca mais me quis ver, nem ouvir, apesar dos meus esforços. E juro-te que nunca houve tal traição. É verdade que me viu abraçar uma mulher. Era uma prima em segundo grau que estava de partida para o Brasil, sem data de regresso. Não era um abraço de amantes nem beijo nem nada disso. Era uma despedida, duma familiar, que durou até hoje, pois nunca regressou. Tua mãe nunca aceitou sequer as minhas explicações. Mas conhecendo-a como conheci, sabendo do amor que me devotava, tenho a certeza de que nunca me teria traído. Estou em crer que nunca mais quis saber de nenhum homem.
- É verdade, nunca a vi interessada por ninguém.
- E dizes que faleceu há menos de um mês?
-Sim. Quando fui retirar as coisas do seu quarto para dar a uma instituição, encontrei este envelope. Há aqui também as vossas certidões de nascimento e encontrei também isto, - disse estendendo-lhe a caixa com o anel de noivado e a aliança.
Ele abriu a caixa, olhou as joias e voltou a fechá-la. Devolveu-lha
- Eram dela. Agora são tuas. Mas fala-me de ti, filha. Agora que a Natália morreu, com quem vives? E onde? Quero apresentar-te a toda a gente, levar-te lá para casa, mas tens que me dar algum tempo, a minha mulher tem estado doente, tenho que a preparar para esta notícia. Não posso dizer-lho assim de repente, pode sofrer algum choque não sei.
- Não precisa de me apresentar a ninguém. Eu só queria saber quem era o meu pai, já que a minha mãe sempre me disse que eu tinha nascido de uma aventura e que nem ela mesma sabia quem era o meu pai. Gostaria que fizéssemos o teste o mais rápido possível. Depois regresso a Lisboa, não quero atrapalhar a sua vida.
-Como podes pensar assim? Espero que não tenhas herdado a insegurança da tua mãe. A minha casa é a tua casa. Queres fazer o exame, vamos fazê-lo, embora ele seja desnecessário. És minha filha, e tens o direito a participar da minha vida, a conhecer a minha casa e a minha família. Queres fazer o exame na segunda-feira?
-Não tem que ser marcado?
- Não. Sendo particular penso que não. De qualquer modo eu vou agora passar pela clínica e confirmo. Depois telefono-te. Agora tenho de ir. Meu Deus, uma filha. Eu tenho uma filha linda e não sabia.
Pôs-se de pé. Por momentos ficou indeciso. Depois pediu:
-Posso dar-te um abraço?
Sem responder a jovem refugiou-se nos seus braços. As lágrimas rolavam pelas suas faces morenas. Emocionado, Jorge depositou um beijo na testa da jovem.
- Não chores filha. Tudo vai correr bem, vais ver.
Largou-a, e dirigiu-se à porta. A jovem ficou a vê-lo afastar-se.




Gente, vocês querem que eu continue com esta história o fim de semana? Ou querem descansar?

9.6.18

CASAMENTO DE CONVENIÊNCIA - PARTE XXIV






Um ano passara desde que se tinham mudado para a nova casa, onde agora viviam. O pequeno Pedro era desde há oito meses, filho do casal, a dona Ermelinda estava bem de saúde, embora continuasse a fazer exames periódicos, pois determinadas doenças uma vez contraídas nunca são dadas como curadas. A dona Conceição, tia do Pedro, era apaixonada pelo menino e por causa dele, tornara-se visita constante da família e como a senhora tinha perdido o seu único filho e vivia sozinha, Joana, acabara por lhe propor mudar-se para o andar de baixo. A casa era muito grande só para a sua mãe, e as duas senhoras irmanadas na mesma dor, confortavam-se mutuamente. Exatamente o que Pedro e a tia desejavam, mas eles continuavam a guardar segredo, sobre o seu parentesco com o pai biológico do filho.
Aparentemente corria tudo bem na família, mas não passava de aparência.  Joana, que se apaixonara pelo marido, logo nos primeiros dias após o casamento, sentia que alguma coisa o preocupava. Alguma coisa que ele não queria partilhar com ela. Era como se entre os dois houvesse uma parede invisível, mas impenetrável. Pedro era um excelente pai, aproveitava todos os tempos livres para brincar com o filho, passear com ele, inventava histórias engraçadas para lhe contar. E o menino adorava-o. Havia uma tal ligação entre os dois que Joana chegava a ter ciúmes do filho. Com ela, era educado, gentil, preocupava-se em saber se precisava de alguma coisa, se não estava a trabalhar de mais, se necessitava de uma nova empregada, enfim, preocupava-se com as suas necessidades materiais, mas não fora as noites onde se mostrava um amante apaixonado, Joana diria que o sentimento que ele tinha por ela, não era diferente do que sentia pela sua tia, ou pela sogra. Essa sensação entristecia o seu coração, apagara o brilho dos seus olhos, e transformara o seu riso alegre, em sorrisos breves. E fazia com que dona Ermelinda andasse cada dia mais preocupada com a filha.
Naquela manhã, a jovem, que há uns dias se sentia diferente, fizera o teste e descobrira que estava grávida. Noutras circunstâncias daria pulos de alegria, mas apreensiva como andava em relação ao casamento, o facto só lhe trouxe maior preocupação.
A relação entre o marido e o pequeno Pedro, era tão intensa, que Joana temia que ele não quisesse mais filhos, e que visse o novo bebé como um intruso.  
- Que se passa, Joana? Estás a bater essas gemas há dez minutos.
Parou a batedeira e pegou na farinha, para a juntar às gemas batidas com o açúcar.
- Nada, mãe, não te preocupes!
- Não me enganas. É com o teu marido? Aborreceram-se? Sim porque com o Pedrinho, não é. Transpira saúde.
- Já te disse que não é nada. Apenas hoje não me sinto muito bem. Devo ter dormido mal.
- Na tua idade, só se dorme mal por duas razões. Ou estás preocupada ou doente. Se está tudo bem com o teu marido procura um médico. Não estás bem encarada, e há muitas doenças silenciosas. Lembra-te. Mais vale prevenir.
-Está bem mãe. Se não melhorar, vou ao médico. Agora, se quiseres ajudar-me, vai moldando os brigadeiros...



E aqui estou eu... num dos eventos que vos disse ontem.



11.3.18

A TRAIÇÃO - PARTE XIII




Odete acabara de se deitar, e o pensamento voou para o seu marido. Não tinha mudado muito naqueles anos. Tinha alguns cabelos brancos é certo mas isso não lhe tirava o charme. O que mais tinha mudado era o seu olhar. A sua expressão, era agora bem mais dura do que antes da sua separação. Quando desesperada, partiu para Leeds, pensou que ele não tardaria a pedir o divórcio, para se casar com Inês. Porém João não só não pedira o divórcio, como decerto não estava com ela. Senão porque exigiria a sua volta? A menos que estivessem zangados e lhe quisesse fazer ciúmes. Mas não. O João que ela amava, não manteria durante tantos anos uma relação dúbia. Mas será que ela conhecia o marido?
Oriunda de uma família humilde, mal terminara o décimo segundo ano, empregou-se num café pastelaria bem perto de casa. Não era exatamente o emprego que sonhava, mas era perto de casa, não precisava tirar passe, nem passar tempo em transportes, e estava em contacto com pessoas o que lhe agradava bastante. Um dia João apareceu por lá de manhã. Pediu uma torrada e um galão. Depois apareceu no dia seguinte e no outro e no outro. Um mês, após outro. E quase sem dar por isso ela começou a esperar com ansiedade a chegada dele. O seu coração saltava de alegria, quando ele entrava. Reconheceu que se tinha apaixonado, quando descobriu que adormecia e acordava a pensar nele.
Quase cinco meses depois de o ter visto pela primeira vez, João convidou-a para ir ao cinema. Era Verão o tempo estava quente, e depois do cinema foram até um bar, ouvir música. Depois dessa noite outras se seguiram. A sua mãe estava deveras preocupada, e não se cansada de lhe dizer:
- Tens que acabar com essas saídas filha. Esse rapaz é um médico famoso. Não pode querer nada sério contigo. Um dia destes ele arranja uma namorada da sua classe, ou uma médica como ele e nunca mais se lembra de ti.
No se intimo, ela dava razão à mãe, mas não se pode pedir a um coração apaixonado que pare de sonhar. Porém um dia, João confessou-se apaixonado, e começaram a namorar. Sério, ele falou com os seus pais, e desde aí até ao casamento, foram apenas seis meses. Seis meses em que se sentia como uma princesa de um conto de fadas.
Depois do casamento e da lua-de-mel, Odete decidiu estudar, e João encantado com a ideia apoiou-a. Sempre gostara de crianças, e assim resolveu matricular-se na Escola Superior de Educadores de Infância. Nos três anos que se seguiram, Odete não podia ter sido mais feliz. O marido não se cansava de a mimar, Além de lhe pagar os estudos, comprava-lhe roupas, e jóias. Era carinhoso e compreensivo no dia-a-dia, e um homem apaixonado nos momentos de intimidade. Que mais podia desejar?  E ela fez os três anos correspondentes à Licenciatura em Educação Básica, e estava a pensar começar a sua carreira profissional, pois faltava-lhe a paciência para passar os dias em casa à espera do marido que tinha cada dia mais trabalho e menos tempo para a vida familiar.




É já amanhã, que todos vão ficar a saber o que levou Odete a fugir de casa. 

9.2.18

A VIDA É... UM COMBOIO - PARTE XXXIII






Naquela noite, Amélia custou a adormecer. Desde a desilusão que sofrera com a traição do falecido, tornara-se uma mulher fria, racional, que vivia apenas para o trabalho e para o filho, para quem canalizou todo o amor que o seu coração era capaz de sentir, e que era simultaneamente o seu refúgio e a sua força. De repente, Paulo chegou, e não só derrubou a muralha que ao longo dos anos tinha construído à sua volta, como disputava consigo o amor de Martim. Dizia a si mesma que não eram ciúmes, mas a verdade é que o entusiasmo do menino pelo homem que devia ser um quase desconhecido, era cada dia maior. Por outro lado, ela ia casar-se com esse quase desconhecido, e isso assustava-a. Paulo era um homem bonito, de extraordinários sentimentos, (a doação de metade da herdade, que estava prestes a concretizar, provava isso mesmo,) e parecia-lhe impossível que se tivesse interessado por ela. Na sua vida, teria de certeza encontrado mulheres bem mais bonitas, livres e sem filhos. Seria verdade que estava apaixonado por ela? Verdade que a atração sexual entre os dois era muito intensa. Não se podiam tocar, que logo o desejo irrompia, com a força de um cavalo selvagem, correndo à desfilada pela pradaria.  Mas isso por si só não sustentaria o casamento. A paixão acaba depressa, geralmente pouco tempo depois que a novidade deixa de o ser. Encontrava-se muito dividida. Por um lado, estava ansiosa pelo casamento, por outro temia que depois viesse a desilusão. Paulo, era um homem sincero. Dissera-lhe que sentia vontade de ter uma família, queria que eles fossem a sua família. Era natural que um homem que tinha perdido os pais muito cedo, sentisse a necessidade do calor familiar. Mas isso não é amor. E Paulo, nunca dissera que a amava. Prometeu ser um marido apaixonado, é verdade, mas conseguiria sê-lo se o que sentia por ela se baseasse apenas na luxúria?
E ela? Amava-o ela, ou o que sentia era atração física pelo homem que despertou os seus sentidos e o seu corpo? Não, claro que não. Atração ela sentiu naquele dia na estrada quando ele saiu da mota e se dirigiu para eles. Mas quando voltaram a encontrar-se, quando ele se ofereceu para representar o pai de Martim na festa, ela passou a admirá-lo, e quando lhe falou dos seus sonhos, e dos sentimentos que sentia pelo caseiro e sua família, a admiração cedeu lugar ao amor.
E porque sentia que o amava, não como amara o marido, com uma adoração de adolescente, mas como uma mulher madura, que sabe o que quer, é que tinha tantas dúvidas. Ela não conseguiria resistir, se mais tarde, passada a novidade, Paulo se desinteressasse dela. Mesmo que ele continuasse a amar Martim e a ser um bom pai para ele. Ela não precisava de um pai para o filho. Quem precisava de um pai, era ele, Martim. Ela precisava de um homem que a amasse, que fosse um companheiro, um amigo, um amante. Isso era o que ela queria de Paulo, e do casamento. Acabou por adormecer tarde e acordou com olheiras.
Depois do banho, vestiu-se e foi para a cozinha, onde encontrou a avó a acabar o seu pequeno-almoço.


BOM FIM DE SEMANA