Pausa
Por imposição do meu oftalmologista. Voltarei assim que melhorar. Boas férias para quem está de férias e bons e felizes dias para quem ainda não está.
Por imposição do meu oftalmologista. Voltarei assim que melhorar. Boas férias para quem está de férias e bons e felizes dias para quem ainda não está.
Disse um deputado que, pela primeira vez, discursou na Assembleia
a outro colega mais velho:
- É curioso como uma mesma coisa produz muitas vezes efeitos contrários em pessoas diferentes!
Pergunta o colega:
- Que queres dizer com isso?!
Responde o outro politico:
- Estou a pensar no discurso. A prepará-lo, passei quatro noites sem dormir, mas, ao fim de vinte minutos de estar a falar, tinham adormecido quase todos
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Depois de discursar, o político queixa-se à sua secretária:
- Caramba! Tinhas que me escrever um discurso tão longo?! Já estava toda a gente a bocejar, como se estivessem cansados de me ouvir ou já não estivessem interessados…
E responde a secretária:
- Na verdade, eu até escrevi um discurso razoável, cometi foi o erro de lhe entregar as três cópias…
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Um homem, à procura de um primeiro emprego para o seu filho, vai falar com um amigo que é político para conseguir um ‘favorzinho’. Diz-lhe o amigo politico:
- Sem problemas! Consigo-lhe um cargo fabuloso: mais de cinco mil euros por mês, só para começar, carro do governo, telemóvel, casa e uma secretária pessoal! Que achas?
- Elah… Mas isso é muita coisa, vai estragar o rapaz! Não lhe arranjas qualquer coisa mais normal? Assim, sem carro, nem casa, nem secretária e só uns 900 euritos por mês. Não consegues nada assim?
- Olha, eu conseguir até consigo… Mas para isso ele tem que ter licenciatura, mestrado, doutoramento e ser fluente em pelo menos três línguas…
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Uma velhota viajava sozinha numa carruagem de um comboio. Numa das estações seguintes, entrou um tipo com quatro berços, cada um com o seu bebé.
Curiosa, a senhora olha para o homem, olha para os bebés e, ao cabo de alguns minutos, rompe o silêncio e pergunta:
- São todos meninos?
Responde o homem:
- Não, minha senhora. São três meninas e um rapaz.
E a velhota:
- São seus filhos?
- Não, minha senhora. – diz-lhe o homem.
Insiste a velhota:
- Ah, então, são seus sobrinhos!
- Também não! – explicando de seguida – Mas eu esclareço, sou vendedor de preservativos e ”isto” são reclamações de fabrico…
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Num museu, dois turistas falam com o guia:
- Que idade tem este dinossauro?
Responde o guia:
- Três milhões, quatro anos, dois meses e uma semana.
Impressionados, os turistas perguntam:
- E como sabe a exatidão da idade?
Esclarece o guia:
- Simples, quando vim para cá trabalhar ele tinha três milhões de anos, como eu estou cá há quatro anos, dois meses e uma semana…
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Numa operação stop em Monsanto, um policia manda parar um carro e diz:
- Está com a frente do carro toda amolgada!
Responde o condutor:
- Acabei de atropelar o meu maior inimigo…
Intrigado, pergunta o policia:
- Então e estes ramos e estas folhas no radiador são porquê?
E o condutor:
- O gajo resolveu fugir para dentro do mato e tive que ir atrás dele…
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Um velhote vai ao médico:
- Doutor, tenho este problema com os gases. Solto à vontade uns 40 por dia. Felizmente não cheiram mal, mas o barulho é tão desagradável…
Depois de analisar, diz o médico:
- Meu senhor, vamos fazer um tratamento por etapas. Primeiro vai tomar estes comprimidos, três por dia, durante uma semana…
Passado uma semana, o velhote volta:
- Ó doutor, a medicação não deve estar a dar resultado. É que os gases não só continuam, como passaram a cheirar horrivelmente…
E responde o médico:
- Calma meu senhor, agora que já o tratei da sinusite, vamos lá tratar dos gases…
NOTA : Desculpem as ausências, mas já tive que voltar ao oftalmologista. Não sei se do calor, mas tenho estado outra vez, aflita. Prometo que sempre que estiver melhor vos visito.
Ser avó é sentir felicidade,
É conhecer um amor doce profundo,
É viver de carinho e ansiedade,
É resumir nos netos o meu mundo!
Ser avó é voltar a ser criança,
É fazer tudo pelos netos amados…
É povoar a vida de esperança,
É reviver o passado.
Ser mãe é dar o coração, eu creio,
Mas ser avó… que sonho abençoado!!!
É viver de ilusão, num doce enleio,
É viver nos netos o amor do meu filho amado!!
Mtlago
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REEDIÇÃO
Outubro aproximava-se do fim. Apesar disso o céu sem nuvens e o sol, que embora não apresentasse um calor abrasador, como no verão, estava luminoso e lançava sobre a terra um calor muito agradável. Conduzia numa estrada deserta, de volta ao lar de meus pais, depois de alguns anos de ausência.
Ao olhar a paisagem tive consciência, de que me enganara na estrada, mas segui em frente, pensando que afinal aquela estrada, iria ter a algum lugar, donde poderia retomar o caminho de casa. Porém a estrada terminou um pouco mais à frente. Parei o carro e saí para olhar à minha volta.
À minha frente uma floresta, exibia os maravilhosos tons de outono. Curiosa avancei uns cem metros e deparei-me um enorme lago, cujas águas tão serenas, mais pareciam um enorme espelho, sobre o qual as narcisistas árvores da margem se miravam vaidosas. Quedei-me extasiante perante tão bela imagem que me sugeriu a natureza em paz consigo mesmo .
Pensei que era um lugar onde o homem ainda não chegou, mas então vi mais à frente duas cadeiras lado a lado, num pequeno pontão, como que a dizer-me que estava enganada. Duas cadeiras vazias que sugerem momentos de contemplação e amor.
Contemplação pela natureza, mas também amor pela pessoa que se senta ao lado, e com quem se quer partilhar um lugar tão paradísico. Olhei à volta e não vi cabana, ou caravana, que me mostrasse que ali vivia alguém. As cadeiras estão vazias, e a paz do lugar, apenas tem por companhia a solidão, o que me leva a pensar no que terá acontecido a quem nelas se sentava.
Enquanto me perdia em conjeturas, anoitecera e de súbito desatei a correr assustada com medo de não conseguir encontrar o carro. Então a luz do sol bateu-me no rosto, e abrindo os olhos vi que a minha mãe tinha acabado de abrir a persiana, fazendo com que a luz me acordasse.
O CONVITE
Dezembro avançava frio, alternando por entre dias de chuva e
nevoeiro. Estávamos a poucos dias do Natal e o sol que
tanto amamos, andava arredio há duas semanas. Terminei o dia de trabalho,
encerrei o computador, vesti o casaco e saí. Apesar do tempo frio, havia muita gente
nas ruas, cujas montras muito iluminadas, mostravam os mais diversos artigos
alusivos à época.
Morando perto do
escritório onde trabalhava, em menos de dez minutos estava em casa.
Despi e pendurei o casaco no bengaleiro,
descalcei os sapatos de salto, que me faziam as pernas, mais esbeltas e
bonitas, enquanto me atormentavam os pés com dores. Estendi-me no
sofá tentando relaxar, mas logo a campainha tocou.
Descalça, aproximei-me da
porta e espreitei pelo óculo. Espantei-me
ao ver o Pedro. Não era para menos, pois o julgava ainda em Londres. Abri
a porta e ele entrou carregando uma mala que pousou no chão a seu lado e então
abraçou-me com força e estalou dois ruidosos beijos no meu rosto.
Não estranhei, éramos amigos desde criança, ambos filhos únicos, encontrámos um no outro os
irmãos que nunca tivemos. Sentámo-nos no
sofá e então ele disse:
-Desculpa, ter aparecido assim de repente, mas a nossa amizade deu-me a confiança necessária para fazê-lo.
Segurou-me as mãos, os olhos brilhantes de felicidade e então
contou-me como conheceu a Isabel, a sua fantástica história de amor, terminando com o convite para sua
madrinha de casamento.
Um velhinho vai ao médico:
- Doutor, preciso da sua ajuda! O senhor sabe que já tenho noventa e cinco anos, não é? E acontece que eu não paro de correr atrás das mulheres.
Diz o médico:
- Mas isso é muito bom. Mostra que o senhor ainda gosta das boas coisas da vida… Não vejo mal nenhum nisso!
E responde o velhinho:
- O problema, doutor, é que quando que consigo uma mulher, já não me lembro mais para que ela serve
Um tipo encontra um amigo e pergunta-lhe:
- Queres entrar num novo partido político que estou a organizar para concorrer às próximas eleições?
Pergunta o amigo:
- Qual é nome desse partido?
O outro:
- Sabes aquele partido espanhol que agora, nas eleições autonómicas, ficou em terceiro lugar?
O amigo:
- Sei. É o ”Podemos”.
O outro:
- Pois, mas aqui em Portugal funciona melhor se trocarmos o ”P” pelo ”F”…
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A filha entra no escritório do pai de mãos dadas com o marido:
– Pai, é verdade que o contabilista morreu?
– É filha, infelizmente é.
– O que é que dizes de pôr o meu marido no lugar dele?
– Isso é uma questão de falares com o pessoal da funerária mas por mim tudo bem.
Reedição
AMÉLIA
Meu nome é Amélia. Não, a dos olhos doces, que doçura na
minha vida nem no café. A minha vida é um Carnaval constante e no rosto trago a
máscara, de uma mulher feliz. Apesar dos meus quarenta anos, feitos
recentemente, cujo brilho da juventude, já se perdeu no tempo, ainda sou uma
mulher bonita. Não tenho nenhum curso, pelo que o meu emprego de balcão numa
perfumaria é tudo o que consegui na vida. Quando era menina, sonhava ser
médica, poder salvar vidas. Hoje quem me dera coragem para salvar a minha
própria vida.
Mas sabem, sou uma excelente atriz, que nunca foi ao
teatro, mas vivo representando no palco da vida. Porque quem me vê na rua, ou
no emprego, saudando com um sorriso, um conhecido, um cliente, ou brincando com
as colegas, que não sou uma mulher feliz.
Casei aos dezoito
anos completamente apaixonada, a cabeça cheia de senhos, o corpo fervendo de hormónios.
Todavia os sonhos não duraram muito. Em breve o marido saía para o café, enquanto
eu ficava na
cozinha, a preparar os almoços para o dia seguinte, as roupas e finalmente caía cansada na cama, já que no dia seguinte tinha de se levantar cedo. E o pior não era isso. O marido raramente voltava sóbrio.
Eu fingia que dormia para não provocar uma discussão altas horas da
noite. Mas quando de manhã lhe chamava a atenção, ele ficava agressivo e dizia
que eu estava doida, que bêbado tinha eu o juízo. Estava decidida a deixá-lo quando
descobri que estava grávida e pensei que o nascimento do filho fizesse o pai
ganhar juízo.
Mais
uma vez me enganei, pois aconteceu precisamente o contrário. Ele ficou muito
mais agressivo, cada vez que lhe chamava a atenção dizia-me que o que eu queria
era separar-me dele, que devia ter arranjado algum amante e que se calhar o
filho nem era dele.
Nunca
mais lhe disse nada. Pus um divã no quarto do menino e passei a dormir lá. E
foi nessa altura que afivelei a máscara de mulher feliz decidindo que ninguém
ia descobrir o meu sofrimento.
Não, não me separei dele, não por amor, ou por qualquer outro sentimento, que não seja a indiferença. Não me separei porque o meu vencimento era curto para alugar uma casa e criar um filho sozinha, e apesar do seu mau génio, sempre contribuía com as despesas, desde que perante os amigos eu me mostrasse amável, para que eles não soubessem o fracasso do nosso casamento.
E pronto. Meu nome é Amélia e sou uma das muitas mulheres portuguesas que sofrem sozinhas uma vida sem amor mas com muito fingimento.
SAUDADES
Tenho saudade
Do tempo em que a minha casa
era um palácio.
Tinha por rei o Amor
e por rainha a Felicidade.
Tenho saudade,
do tempo que passava
Sentada no chão
Com a cabeça nos teus joelhos,
sentindo a doce carícia
dos teus dedos no meu cabelo,
tão suaves como brisa de verão.
E em silêncio vivíamos
o amor que nos unia.
Tenho saudades, amor
dos passeios de mão dada
dos sorrisos cúmplices
em palavras trocadas.
Agora a nossa casa
já não é um palácio.
Os reis partiram contigo
as paredes perderam o calor
e um silêncio de chumbo
espalhou-se pela casa,
trazendo consigo a dor
e a saudade.
Elvira Carvalho