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13.11.18

ESTRANHO CONTRATO -PARTE XXI




Francisca era muito bonita. A sua pele não tinha brancura da pele de Olga, a sua falecida esposa, mas nem por isso era menos bela. E era uma mulher de fibra. A maneira alegre e doce como tratava das crianças, a alma com que geria aquela casa, como tomava sobre os seus ombros todas as tarefas relativas, aos filhos para que ele não perdesse tempo, era admirável. Ele tinha muito trabalho, mas nem por isso lhe passava despercebido tudo o que se passava em casa. 
De súbito pensou que gostaria de passar os seus dedos pelo rosto adormecido. Sentir se a sua pele era tão macia quanto aparentava. 
Abanou a cabeça, como se assim expulsasse aquele pensamento inoportuno. Depois sem fazer barulho dirigiu-se à casa de banho. 
Pouco depois voltou. De pijama e chinelos, dirigiu-se à  cama e deitou-se. Apagou a luz. 
Não sabia quanto tempo dormiu. Acordou com o choro infantil.
Acendeu a luz. A porta do quarto ao lado estava aberta. Levantou-se. A cama estava vazia. Saiu para o corredor e viu que a luz estava acesa no quarto das filhas
Parou na porta. Francisca tinha Ana ao colo. Acariciava-a e murmurava palavras de conforto.
-Que aconteceu? – Perguntou em voz baixa.
- Não sei, talvez um pesadelo. Mas já está tudo bem. Não tarda a adormecer. Vai descansar.
Voltou para o quarto. Acordou às cinco da manhã. A cama no quarto ao lado continuava vazia. Levantou-se e foi ao quarto das filhas. Ana dormia profundamente, abraçada a Francisca. Fechou a porta sem fazer ruído e regressou à cama.

reedição


                                      

15 comentários:

chica disse...

Cena linda que mostra gestos de uma verdadeira mãe... Isso o conquista! beijos, chica

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Estou a gostar e a acompanhar esta bela história.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

António Querido disse...

OLÁ AMIGA ELVIRA!

Estou navegando no seu "SEXTA", porque são bem mais interessantes as suas histórias do que se o Bruno fica ou não a ver o sol aos quadrados.

BOA SEMANA COM O MEU ABRAÇO.

noname disse...

Quando uma mulher é brindada com o espírito maternal, ela vai ser mãe dos seus filhos e dos filhos de todos os outros, que se lhe depararem pela vida.

Boa tarde, Elvira

Larissa Santos disse...

Óhh que momento tão bonito:))

"Dando asas ao coração"

Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.

Maria João Brito de Sousa disse...

Mais um capítulo e mais um abraço, Elvira :)

Os olhares da Gracinha! disse...

Ser mãe é isso mesmo...ternurenta! Bj

Anete disse...


Estou gostando sim, Elvira. Mensagens boas de afeto e bons valores.

Admiro sua inspiração e dedicação à literatura... Sempre escrevendo com sensibilidade. Creio que a sua história de vida possibilita linda maestria com as palavras...
Beijos

Maria do Mundo disse...

Olá minha querida Elvira. Espero que a semana esteja a ser boa.

Cidália Ferreira disse...

Ora muito bem! São pontos a favor da Francisca!! Amei!:)

És o meu porto seguro...
Beijos e um excelente dia

Edum@nes disse...

Francisca mulher bela,
pois, era muito bonita
Afonso se atracou a ela
será que é para toda a vida?

Tenha uma boa tarde amiga Elvira.
Um abraço.

Teresa Isabel Silva disse...

A Rejane tem razão, este capitulo tem aquela ternura maternal!

Bjxxx
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Sandra May disse...

chica tem razão: cena linda mesmo!

Ailime disse...

O amor a aflorar no coração de Afonso...
Estou a gostar imenso.
Um beijinho.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Um capítulo contornado pela ternura e o início de sentimentos amorosos.
Beijos!