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5.11.18

ESTRANHO CONTRATO - PARTE VII



- Que queres que diga? É a coisa mais disparatada que já ouvi. Se não te considerasse minha  amiga diria que estás a divertir-te à minha custa.
- É claro que não. Estou a falar muito a sério. Tenho que me ir embora e queria ficar descansada com respeito às minhas sobrinhas. Eu falo com o meu irmão. Tenho a certeza que ele vai aceitar, se eu lhe disser que és minha amiga e que pode confiar em ti como confia em mim. Só preciso que me digas que aceitas.
Francisca escondeu a cara entre as mãos. A proposta da amiga, era a coisa mais estúpida que ouvira na vida. Como podia ela aceitar casar com um homem que nunca vira? Por outro lado supondo que as coisas fossem como a amiga dizia, tinha o futuro dos filhos assegurado. Mas e se tudo desse certo e depois de casados um deles se apaixonasse por outra pessoa? Como iam resolver isso? Não sabia que fazer, nem dizer.
-Então Francisca? Não dizes nada?
- Não sei que dizer. Continuo a achar a proposta descabida e irreal. Mesmo que tudo acontecesse como dizes. Supõe que casamos e depois de casados nos apaixonamos…
-Ó isso é que era, ouro sobre azul, - interrompeu Graça
- Não me interrompas. Eu perguntava se depois de casados, ele ou eu nos apaixonamos por outra pessoa. É possível, ou não?
-É possível mas improvável. Meu irmão era muito apaixonado pela mulher. Não será fácil esquecê-la. Tu pelo que contaste, sofreste demais com o teu casamento, para que estejas a pensar em novas experiências. O mais provável é que com o tempo, a convivência e o conhecimento mutuo, vocês se apaixonem um pelo outro. Mas para isso será preciso que ambos consigam esquecer a experiência anterior. Acredita, por muito descabida que te pareça hoje esta proposta, é a tua tábua de salvação. Olha, tenho que ir. Tens aqui o meu telefone. Pensa bem e depois telefona-me.
Francisca guardou o número que a amiga lhe estendera, enquanto esta pagava a conta. Na rua Graça perguntou:
-Queres que te leve a algum lado?
- Não. Tenho ali a paragem do autocarro.
- Então não te esqueças. Espero a tua resposta esta tarde.
Despediram-se com um beijo. Depois Graça entrou no carro e arrancou. Francisca ficou parada no passeio até vê-lo desaparecer no fundo da rua. Lentamente dirigiu-se à paragem do autocarro.

Reedição.
Ora bem, esta história vai passar em passo de corrida. Porque os mais antigos já a leram e sabem que esta história teve continuação vinte e tal anos depois. Na Prática, entre as duas são 52 capítulos, e como os mais antigos sabem eu deixo de passar novelas pelo menos 10 dias antes do Natal. Espero que não se importem. Já que em Janeiro haverá histórias novas.

16 comentários:

Ana disse...

É sempre bom fazer uma pausa, até porque na altura do natal é uma correria danada!
Boa semana Elvira!
abraço

Cidália Ferreira disse...

Vou gostar muito desta estória!
Claro que compreendemos a época natalícia. Todo andamos mais atarefados. Força minha amiga. Que voltem depois estórias novas.

Beijos- Boa noite

chica disse...

Acompanhando e claro que temos que concordar com o teu ritmo...Tu quem sabe e nos gostamos de te ler...bjs chica

Kique disse...

Por aqui vamos continuar a ler...
Bjs

Kique

Hoje em Caminhos Percorridos - Ajuda Urgente...

Pedro Coimbra disse...

No meu caso estou a reler e a recordar.
Abraço

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
É quase sempre ao começar o dia que visito os blogs que acompanho , por isso a maior parte das dos dias leio dois capítulos .
Em relação á historia , como já sabemos algo daqui para a frente , quem não conhece a mesma está com certeza ansioso pelo desenvolvimento !!
JAFR

Os olhares da Gracinha! disse...

MAIS um capítulo de agradável leitura!!!
Irei acompanhando ... bj

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história.


Isabel Sá
Brilhos da Moda

Maria João Brito de Sousa disse...

Passando para acompanhar o desenrolar da história, deixo o meu abraço, Elvira.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Vou continuara a acompanhar.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

PROFESSORA LOURDES DUARTE disse...

Bom dia amiga! Amei a história e com certeza acompanharei para ver até o final. Parabéns! Grata pela visita, volte sempre. Abraços, feliz semana.

Anete disse...


Vamos que vamos, no teu passo, Elvira...
Lendo e aprendendo com o que contas tão bem... Vale a pena reler...
Abçs muitos

Edum@nes disse...

Penso que Francisca vai telefonar à sua amiga Graça dizem que aceita a proposta?

Tenha um bom dia amiga Elvira.
Um abraço.

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
É a primeira vez que estou a ler esta história e estou a gostar imenso.
Claro, na altura do Natal, há imensas coisas para tratar e sabe bem uma folgazinha.
Em Janeiro, se Deus quiser, aqui a aguardamos com mais novidades.
Beijinhos,
Ailime

Sandra May disse...

Boa noite, Elvira!
Também estou lendo a novela pela primeira vez. Perdi vários capítulos mas estou aqui para colocar em dia...Francisca agora já está na sala do escritório de Afonso. Muito nem, sim senhora!!!
Vamos ver o que sucede quando acabar a conversa...estou gostando muito e agora percebo que apesar de ser um "contrato" a história é bem diferente da de Vlara e Ricardo.
Parabéns pelo dom de escrever assim em capítulos, muito bom!
Devo ficar alguns dias foras e nem sempre poderei entrar na internet, mas sempre que possível venho acompanhar a história.
Bjs!

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

É a primeira vez que leio essa história e estou amando!
Beijos!