Tal como prometi, eis que retomo a continuação deste conto. Se alguém quiser recordar, onde esta história tinha terminado, é só clicar AQUI
“Sê inteligente Isabel. Como podia o homem saber que sonhaste com ele? Ou aquilo que estavas a pensar atrás dele? Portaste-te como uma adolescente” murmurou finalmente mais calma, enquanto atravessava a ponte 25 de Abril em direcção ao seu apartamento.
Foto do google
Sempre que Isabel entrava em casa, após alguns dias de ausência, sentia uma sensação de bem-estar e felicidade. Sentia-se protegida. Como se ali no seu pequeno mundo, nada nem ninguém a pudesse molestar. Desta vez porém, a casa pareceu-lhe fria e pouco acolhedora. Abriu as janelas e afastou os cortinados deixando que o sol penetrasse na sala. Como se ao iluminar o aposento aquietasse o coração e o espírito.
Pegou no telefone.
- Amélia? Já cheguei.
- Sim, a viagem foi boa. Está confirmado o jantar?
- Às oito? Está bem. Vens por aqui?
-Claro. Então vamos juntas.
Desligou.
Passou o resto do dia arrumando as coisas. De vez em quando, surpreendia-se a pensar no que acontecera na viagem. Desde que na véspera, esbarrara com o desconhecido na praia, e ele a segurou nos braços, que sentia um estranho desassossego.
Não percebia o que se passava consigo, e isso assustava-a. Afinal tinham passado vinte anos desde a morte do marido, e durante esse tempo ela cruzara-se com muitos homens, até porque a sua profissão o proporcionava, e nenhum lhe tinha nunca provocado tal desassossego.
Que estranho feitiço tinham aqueles olhos cinzentos, que pareciam invadir cada recanto do seu corpo, mergulhando até ao mais profundo do seu ser? Estava ansiosa por voltar ao trabalho. Lembrou-se do ditado . "Mente desocupada, oficina do diabo" O que ela estava a precisar, para se livrar de pensamentos indesejáveis, era ocupar a mente.
Arrumou a mala, que entretanto esvaziara, tomou um duche rápido e começou a arranjar-se para o jantar com os amigos.
Pouco passava das sete e meia quando a campainha da porta tocou. Isabel deu um último retoque nos lábios, pegou na mala e saiu. Em frente à porta estava estacionado um carro cinza e junto dele um casal aguardava.
Agradeço do coração a todos os que durante o ano passado me acompanharam e me incentivaram com os vossos comentários. E desejo que
2016 seja para cada um de vós o ano que gostariam que fosse.
Não percebia o que se passava consigo, e isso assustava-a. Afinal tinham passado vinte anos desde a morte do marido, e durante esse tempo ela cruzara-se com muitos homens, até porque a sua profissão o proporcionava, e nenhum lhe tinha nunca provocado tal desassossego.
Que estranho feitiço tinham aqueles olhos cinzentos, que pareciam invadir cada recanto do seu corpo, mergulhando até ao mais profundo do seu ser? Estava ansiosa por voltar ao trabalho. Lembrou-se do ditado . "Mente desocupada, oficina do diabo" O que ela estava a precisar, para se livrar de pensamentos indesejáveis, era ocupar a mente.
Arrumou a mala, que entretanto esvaziara, tomou um duche rápido e começou a arranjar-se para o jantar com os amigos.
Pouco passava das sete e meia quando a campainha da porta tocou. Isabel deu um último retoque nos lábios, pegou na mala e saiu. Em frente à porta estava estacionado um carro cinza e junto dele um casal aguardava.
Agradeço do coração a todos os que durante o ano passado me acompanharam e me incentivaram com os vossos comentários. E desejo que
2016 seja para cada um de vós o ano que gostariam que fosse.
15 comentários:
Gostei deste anaco de conto que me dí moitas cousas porque toca emocións que todos sentimos moitas veces e non expresamos. Seguirei a ler porque espertou a minha curiosidade, alén de ler en portugués, que eu gosto e asim poder aprender um pouco mais esta lingua que também é a minha ainda que con variante ortográfica. Moitas apertas e BO ANINOVO
シ
Feliz 2016!!!
All good things to you!♩♫ه° ·.
❤ه° ·.
Ainda bem que a Isabel sonhou, assim o conto continua, gostei, um abraço e um bom ano de 2016.
O que Isabel, precisava era que o mecânico lhe ocupasse a «oficina». Para lhe reparar a engrenagem que ficou descontrolada, desde que os seus olhos se cruzaram com o homem dos olhos cinzentos!
Continuação de bom Ano Novo, amiga Elvira, um abraço.
Eduardo.
Um Querido da Figueira, não podia deixar de marcar presença neste 2º dia de 2016, sei que devia ter vindo ontem à "Sexta", peço desculpa pelo atraso!
Que 2016 nos traga mais coisas boas e menos tristezas que 2015!
Com o meu abraço.
Na solidão
tarde ou cedo
chega
o desassossego
Elvira, um abraço grande neste início de ano.
Vamos acompanhando os próximos passos da Isabel...
Linda paisagem! Gostei de conhecer no último maio aí... Ponte mesmo bonita!
Muita paz.
Para mim é um prazer vir aqui.
Feliz 2016.
E que seja um ano de muitos contos.
bjokas =)
E sempre que poder, virei aqui gosto muito de ler os seus textos. Escreve muito bem, devia editar um livro.
Bom ano amiga,que ele lhe traga tudo o que deseja.
Beijinhos
Um dia teria que chegar esta inquietação!
À espera de mais!
Parabéns Elvira!
Bjo :)
Aqueles olhos cinzentos continuam a não lhe sair da cabeça!...:-)
xx
Continuando aqui ;)
elisaumarapariganormal.blogspot.com
Bela continuação. Vou acompanhar melhor esse ano... Juro!
Que bom que você voltou querida Elvira, esta ansiosa para saber o final deste conto fantástico, um abraço e feliz 2016, repleto de deus e de muita inspiração.
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