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7.8.19

LONGA TRAVESSIA - PARTE XVIII


No gabinete, Teresa deixou-se cair na cadeira sem forças.
O que acontecera não podia ter acontecido de jeito nenhum. Quisera provocá-lo, dar-lhe a entender que podia haver alguém na sua vida, fazer com que sofresse. E bastara o contacto da boca dele na sua mão, para que o cérebro deixasse de fazer o que lhe competia, o coração empreendesse uma louca corrida, e todo o seu corpo reagisse, numa tremedeira inoportuna.  Como podia fugir daqueles sentimentos?  Tinha a certeza que ele sentira aquilo que lhe provocara. Como não? Conhecia-a como ninguém. Estava perdida.
Esperou com ansiedade o fim da manhã, para deixar o trabalho.
Tinha que estar às três na escola do filho. Era a festa de Natal, Martim ia entrar na récita e não cabia em si de tanto entusiasmo.
Tinha-lhe pedido quase a chorar para o ir ver, e não queria causar-lhe uma decepção.
Passou-lhe pela cabeça uma ideia peregrina. Que faria Rui se soubesse que tinha um filho?
Será que se importaria? Quereria conhecer o menino? Assumiria o papel de pai? Ele nunca assumira a relação deles. Nunca lhe falara de si, dos seus sonhos, dos seus anseios. Nunca lhe falara da família, nunca lhe dissera quem eram ou onde moravam. Só se importava com ela, na cama. Aí convertia-se num amante excecional, sempre preocupado em levar a companheira à loucura. Mas nem isso fora suficiente para continuar a seu lado Por fim acabou a manhã de trabalho.
A festa na escola, foi muito emotiva. As crianças cantaram, dançaram, e recitarem pequenos poemas. Estavam no palco com naturalidade e alegria. Por último, recriaram a história do nascimento do Deus Menino.
No fim, todas estavam muito felizes e os pais orgulhosos do talento dos seus rebentos.
Finalmente despediram-se de Tiago e do filho, e saíram pois Teresa ainda queria fazer umas compras, já que faltavam poucos dias para o Natal.
No carro, o garoto não se conseguia calar com as peripécias da festa.
Era uma criança muito extrovertida, muito alegre, fazia amigos com facilidade, e era muito popular. Teresa agradecia a Deus por o filho ser como era.
"Pensa em mim", - dissera Rui naquela manhã. Como podia deixar de pensar nele, se Martim era fisicamente o seu retrato? - Interrogava-se enquanto passava a mão na cabeça do filho, numa terna carícia.


Amigos consegui hoje consulta por causa da dor no braço que me tem deixado louca.
A médica diz que lhe parece ser uma tendinite e mandou fazer 10 dias de anti-inflamatório Naproxene, um relaxante muscular,  Sirdalud, e gelo. e mandou fazer RX à cervical, ombro e braço. E ecografia  tecido moles, ombro e braço. 


14 comentários:

Cantinho da Gaiata disse...

Passando para ler e saber novidades.
Tendinite é muito chato, só mesmo o descanso e medicação.
Bjs

noname disse...

A história, está cada dia mais interessante :-)


Ufa, ainda bem que tem uma médica que manda fazer exames. Mais um compasso de espera, mas pelo menos com vista a resolver a situação, espero.

Boa noite, Elvira

chica disse...

Gostando muito da leitura e torcendo por ti, pra que essa medicação resolva e ajude! bjs, chica

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Adorei este episódio que deixa antever um final feliz.
Desejo que essa medicação comece a surtir efeito aliviando as suas dores.
Um beijinho,
Ailime

Pedro Coimbra disse...

Está a ser assistida e isso é que é importante.
Vá dando novidades.

Maria João Brito de Sousa disse...

Repouse tanto quanto puder, amiga. As tendinites são efectivamente muito dolorosas e tendem a prolongar-se no tempo. Desejo-lhe rápidas melhoras, apesar de tudo o que, nestes quadros, aponta para um longo período de tempo até à completa remissão da dor.

Forte abraço.

Cidália Ferreira disse...

Nossa, não sei por quanto tempo se vai aguentar!

Amiga, tenha paciência e coragem.
Estou melhor sim, embora ainda não a 100%, agora é o tempo. Obrigada

Beijinhos

Larissa Santos disse...

Mais um bonito conto, vou ter que ler para trás:))

Tudo do melhor para si e seu marido...

Com as férias em "banho maria"...já sentíamos saudades vossas e resolvemos dar notícias, até porque, merecem toda a nossa consideração. Esperamos que estejam todos bem.
.
Do nosso querido poeta, Gil António -Amor livre, sem amarras

Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira

Edum@nes disse...

No meu entender acho que Teresa faz mal, não dizer ao Rui que ten um filho dele. E mais o filho tem todo o direito de saber quem é o seu verdadeiro pai!

As dores são dolorosas, quando vêm não querem mais ir embora. Desejo essas dores que estão apoquentando se vão embora o mais rapidamente possível.

Tenha uma boa tarde amiga Elvira. Um abraço.

Rosemildo Sales Furtado disse...

É, parece que a durona começa a amolecer. Aguardemos os futuros acontecimentos.

Abraços,

Furtado
PS: FÉ em DEUS que tudo dará certo. Fico feliz que o José Julio esteja melhor.

Os olhares da Gracinha! disse...

Tendinites é algo que volta e meio me perturba!!!
...
acompanhamos a história!!! Bj

Gaja Maria disse...

Mais uma chatice Elvira.Isto da saúde é terrível. As melhoras e um abraço.

aluap disse...

As melhoras Elvira. Volta e meia também sofro desse mal.

De férias, envio-lhe um abraço.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

História maravilhosa! Espero que sua saúde seja restabelecida!
Beijos!