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18.11.18

ESTRANHO CONTRATO - PARTE XXX




Aquele Natal seria memorável para todos, naquela casa, onde para além dos moradores, se encontravam os pais de Francisca. E esperavam a qualquer momento a chegada de Graça e do marido. A felicidade do casal, era por demais evidente. Tão evidente que os pais de Francisca acreditaram finalmente no grande amor que a filha lhes descrevera como razão para um casamento tão rápido. 
Afonso tinha encomendado o serviço do mesmo restaurante que os tinha servido no dia do casamento e esperava-se a sua chegada com o jantar. Mais tarde viria o Pai Natal com os presentes para as crianças, que estavam excitadíssimas com a festa.
Pouco antes das oito Graça chegou. E protagonizou a maior surpresa da noite, ao trazer com ela duas meninas de seis anos, que apresentou como suas filhas. Eram-no legalmente desde o início do mês.
Perante o espanto da família, Eduardo contou que devido a uma anomalia  genética, ele não podia ter filhos. Sabendo como a mulher adorava crianças, e de como se sentia frustrada, nos seus anseios maternos, tinha-se decidido pela adoção. As duas meninas eram gémeas, estavam há muito tempo na instituição, porque ninguém se atrevia a adoptar as duas de uma só vez, e era cruel demais separá-las. Para eles não era problema, e foi por isso mais rápida a adoção,não precisaram ficar em lista de espera. Tinham guardado segredo, pois tinham receio de que alguma coisa não corresse bem, durante o processo. Elas eram amorosas e eles nunca estiveram tão felizes.
- Deviam ter-nos contado. Elas vão sentir-se excluídas, quando o Pai Natal chegar com os presentes.
- E porque é que pensas que te pedi o nome da empresa que contrataste? - Disse Graça. - Entrei em contacto com eles, e no dia em que aqui estive, fiz as compras e fui lá entregá-las.
- Pensaram em tudo. Mas que surpresa!
Entretanto as crianças já brincavam juntas. A princípio as meninas pareciam pouco à vontade, mas logo Marta, com a sua natural espontaneidade  tratou de fazer com que se integrassem na brincadeira.
Jantaram às nove, primeiro porque os mais pequenos tinham que jantar cedo, depois porque o serviço de restaurante por ser noite de Natal, encerrava às dez e meia, e os empregados teriam que sair a essa hora.
Pouco passava das dez, quando o Pai Natal chegou, carregado de presentes para alegria dos miúdos.
No meio da confusão, Afonso notou que Simão estava pensativo. Ele tinha recebido uma mala de pintor, um cavalete, tintas acrílicas e três telas. Adorava pintar e na sua carta ao Pai Natal, apenas pedira, material de pintura.



Pensavam que tinha acabado? Pois ainda não.  

reedição




13 comentários:

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar, aproveito para desejar um bom Domingo.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

chica disse...

Mais um belo capítulo aqui! Vamos indo! bjs, chica

Edum@nes disse...

Que a vida seja mais de um dia,
não seja apenas só dia de Natal
para quem vivenda, nela, acredita
possível é viver feliz em Portugal!

Tenha um bom dia de Domingo amiga Elvira.
Um abraço.

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde, querida amiga Elvira!
Maii um capítulo muito bonito.
A alegria do Natal é inconfundível, contagia e a família feliz aproveita este tempo favorável.
Tenha dias venturosos de alegrias com os seus!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
https://espiritual-marazul.blogspot.com/2018/11/explosao-amorososa.html

Larissa Santos disse...

Mais um bonito episódio e a magia do Natal. Adorei:))

Bjos
Votos de um óptimo Domingo.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Um capítulo lindo envolto pela magia natalina!
Beijos e feliz semana!

Janita disse...

De tudo o que estive a reler, curioso como me lembrei logo da mesma ideia que tive quando li pela primeira vez.
Um assunto que nada tem a ver com amor, e daí, talvez tenha.
Foi a parte em que a Elvira nos diz que o Afonso tinha encomendado a ceia de Natal.
Bela ideia! Só a trabalheira que dá e para quem anda com tão pouca energia, este ano dava-me imenso jeito fazer o mesmo.

Um abraço e boa semana, Elvira.

Maria João Brito de Sousa disse...

Mais uma vez as circunstâncias me conduziram à leitura de dois capítulos de uma assentada... e, efectivamente, pensei que este fosse o último. Já vi que assim não é e estarei atenta ao grande desenlace desta história feliz :)

Abraço, Elvira.

noname disse...

Não terminou, pois não, mas estamos à espera eheheheh

Boa tarde, Elvira

Nal Pontes disse...

Bela história já com os encantos do natal. Bom fato esse de adoção em dobro. E a chegada do papai natal. Bjs querida

Cidália Ferreira disse...

Mais um capitulo que amei! Parabéns Elvira!

Beijos- Boa noite!

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Mais um capítulo cheio de muitas emoções.
Adorei.
Beijinhos
Ailime

Rosemildo Sales Furtado disse...

O Afonso e a Francisca foram os privilegiados, pois ganharam o melhor e maior presente. O amor falou mais alto.

Abraços,

Furtado