- Ora vejam, quem voltou. Já me tinham dito, mas não acreditei. E o que é isso? Roupas de bebé? Não perdeste tempo.
- É verdade. E afinal, apesar de todas as tuas intrigas, o João não ficou contigo.
Era estranho, mas pela primeira vez desde que conhecera Inês, Odete não estava nervosa, nem tinha medo dela.- Mas separei-vos, e vinguei-me do desprezo dele. E deu-me um enorme gozo, enganar-te. Tão fácil como enganar uma criança. Eras tão ingénua.
- Realmente. E digamos que meter
aquela carta no bolso do casaco dele e telefonares-me de seguida, foi de
mestre, - disse exaltando a vaidade da outra na tentativa de saber como o
fizera.
- Ó, isso foi muito fácil, -
disse Inês sorrindo com ar de superioridade, achando-se o máximo. Tinha um
detetive a seguir todos os vossos passos. Adorava ver a tua cara de coelhinho
assustado sempre que aparecia nos sítios onde vocês estavam. Sabia que ele
estava de serviço nessa noite. Na equipa dele, havia um enfermeiro, que me
olhava de modo especial sempre que eu ia lá ao hospital tentar ver o João. Foi só levar-lhe a
carta, dizer-lhe que era uma surpresa que tu querias fazer-lhe, e que me pediras
para te fazer esse favor. Tudo acompanhado do meu melhor sorriso. O que é que
uma mulher como eu, não consegue com um sorriso, e um olhar intencional, -
disse soltando uma gargalhada.
Embora sentisse uma enorme vontade
de lhe apagar o riso, com uma boa bofetada, Odete não fez, nem disse nada.
Limitou-se a virar-lhe as costas e a sair para a rua. Sentia-se uma idiota. Por
insegurança, pela sua falta de confiança no marido, perdera quase quatro anos
de vida sofrendo pela ausência do seu amor. E agora? Como fazer João
compreendê-la e perdoá-la?
Quando se encontrou entre os
braços da amiga, desabou num choro que deixou Isabel assustada. Quando
conseguiu acalmar contou-lhe tudo o que acontecera desde que voltara a
Lisboa.
- Sabes que nunca estive de
acordo contigo e te aconselhei a teres uma conversa franca com o João, antes de partires. Agora aconselho-te o mesmo. Acredito
que se lhe abrires o coração ele te perdoará embora possa sentir-se magoado por
teres duvidado dele. Segundo uma amiga minha, que trabalha no hospital, o
Doutor João Santos é um homem sério, casado e que vive só porque a esposa está
a tirar um curso no estrangeiro. Isso quer dizer que ele não disse a ninguém
que estava separado, talvez porque tinha a esperança de que voltasses. Isso é
amor, amiga.
O bebé acordou e Isabel apressou-se
a ir ao quarto, seguida por Odete.
17 comentários:
Grande tramóia que a Inês arranjou, tudo muito bem planeado e agora como será que o João vai reagir quando a Odete lhe contar ? uii ele está passado, não sei se vai aceitar muito bem, pois o dever dela era ter colocado as cartas na mesa e não o abandonar.
Estou a adorar.
Beijinho grande e boa terça feira.
Ora pois, os sacanas não conseguem ficar calados e Inês é uma sacana das grandes. Fico à espera de ver como os vai juntar de novo.
Beijinho
Agora estarás arrependida Odete,
por ciumes merecias umas palmadas
por teres feito aquilo que fizeste
após teres lido escritas falsas palavras?
Tenha uma boa tarde de primavera amiga Elvira.
Um abraço.
Como não apareceu a palavra fim, vamos ter direito a mais um episódio, não é verdade? E vai ser só beijos e abraços e ... vira milho!
Essa Inês deveria ter vergonha...
Mas mulheres assim não a tem.
Vejamos agora se João vai conseguir perdoar Odete. Acho que sim👏 bjs chica
Ah, finalmente vão falar.
Tudo vai ser esclarecido. A interferência ardilosa de Inês e a sua confissão, incluido.
Gostei de ver a Odete a amadurecer assim num momento. Não negou que as roupas de bebé não eram para ela. (Quem sabe até podem ser e já tem um Joaozinho a ser fabricado?).
Acho normal que aos 25 ainda se tenham inseguranças e delas resultem parvos erros de julgamento e comportamento. É-se mais impulsivo e medroso. Para mim existe algo mágico nos 30 anos que separa a infantilidade da maturidade. Tudo o que seja sub-30 ainda não sabe muita coisa.
Odete casou aos 22... uma miúda. Pode ter tido 3 anos de casada e ter estudado mas ainda assim, só vivia na terra há 25 anos. Quantos mais tem João? A diferença de idades pode significar muita coisa sim. Inseguranças de um e outro, para começar.
:) Tudo esclarecido e só falta a conversa que deveria ter havido há 4 anos !
Quatro anos perdidos de uma vida é muito tempo para recuperar !
:)
PS: Coelhinho como palavra chave?
Ahah.
A Elvira é malandra.
Está a pensar na Páscoa :)
boas
estamos todos á espera que a vilã seja castigada e o ainda casal se recomponha e talvez ela vá mesmo comprar roupa de bébé .
JAFR
Amiga, embora não tenha sido oficialmente legalizado, o dia 20 de março, desde 2004 que comemora-se como sendo o dia do Blogueiro ou da blogueira.
Como gosto de comemorar dadas em especial aquelas que acho bem merecidas, hoje, vim aqui parabenizar você por ser essa profissional da blogsfera competente, criativa e que com muita responsabilidade mantem o seu blog.
Parabéns por ser essa blogueira maravilhosa que nos encanta com suas postagens.
Abraços da amiga Lourdes.
Tem postagem e tem selinhos comemorativos nos meus blogs.
Agora é que vão ser elas. Quero ver a coragem em falar com o Doutor...Já estou em pulgas para o próximo episódio. :))
Hoje:- Desejo-te, como desejo as flores na Primavera
Bjos
Votos de uma boa Terça-Feira.
Existem pessoas assim sem escrúpulos ...só tenho pena de a personagem má da história ter o nome da minha filha :)) mas...tinha que ter um nome
Beijinhos
Olá, querida amiga Elvira!
Gostei de que estivesse enganada a respeito do marido pois ele me pareceu sincero desde o início...
Gosto de finais felizes pois creio no amor verdadeiro até hoje... pois o sinto...
De gente invejosa e fuxiqueira, o mundo anda cheio... não desejam a felicidade alheia a dois, os perversos...
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm de paz e bem
Bater em Inês é pouco, ela merecia morrer, safada, invejosa e sem caráter!
Abraços!
Boa tarde Elvira,
A Inês é na verdade uma pessoa muito má e nem sei como a Odete se conteve.
Vamos ver como João ficará a saber e a reagir quando souber de tanta maldade e vingança.
Beijinhos,
Ailime
"Se o arrependimento matasse...".
Viveu 4 anos separada do marido e sem remorso pelo que fez!
Entre a Inês e a Odete "venha o diabo e escolha!"
Seria bom era contar-lhe tudo isto a ele
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