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24.1.16

AMANHECER TARDIO - PARTE XXXIX



foto do google

No dia seguinte Isabel aproveitou uma pausa para convidar Amélia a beber um café. Estava ansiosa por contar à amiga o encontro do dia anterior e não queria fazê-lo na frente de Luísa.
Quando acabou Amélia disse:
-Mas que progresso Isabel. Nem dá para acreditar. Mas... como sabia ele o teu nome? Donde é que te conhecia?
- Ah! Desculpa, esqueci de te contar. Pouco antes de ir à Alemanha encontrei-o aqui mesmo no quarteirão. Melhor dizendo esbarrámos um no outro e apresenta-mo-nos. Com o convite do Hans e a viagem não cheguei a contar-te. O que é que achas?
- O que eu acho é que estás perdidinha por ele. Já é tempo de enterrares o passado e seres feliz. Fico tão contente por ti.
- E se ele não se interessa por mim?
- Ó mulher não sejas tonta. Então se não estivesse interessado tinha forçado o jantar de ontem?
- Sim, mas eu não quero ser uma aventura na vida de ninguém.
- Isso, Isabel, só depende de ti. Até pode ser que seja essa a intenção dele. Cabe-te a ti, fazê-lo mudar de ideias. Não percebo a tua insegurança. És uma mulher muito bonita, inteligente, culta, com uma excelente carreira profissional. O que é que um homem pode querer mais?
Esta conversa animou Isabel, e no resto do dia, o trabalho progrediu e não se falou mais no assunto.
Nessa mesma noite às nove e meia Luís telefonou. Perguntou onde estava, como estava, como tinha sido o seu dia, enfim nada de especial. 
No dia seguinte à mesma hora voltou a ligar, mas desta vez disse-lhe que tinha saudades dela. E foi ligando todos os dias, e a cada dia os telefonemas eram mais íntimos.
Na quinta-feira convidou-a para almoçar com ele no próximo Domingo. Nunca falavam de amor. No entanto os dois sabiam que ele estava presente em cada frase, em cada sussurro. Mas a palavra mágica, aquela que todos os amantes sonham ouvir, que se sussurra no ouvido de um, e é mais adivinhada que ouvida pelo outro, essa, nenhum dos dois ainda a pronunciara.
 Mal anoitecia, Isabel aguardava com ansiedade o telefonema.
Entretanto Luís, procurou os pais, e desabafou com eles. Falou-lhes de Isabel, de como se tinham conhecido, da inquietação que ela lhe causava, e das vezes que se surpreendia a pensar nela.
Quando acabou o pai disse:
- Se fosse no meu tempo, eu diria que encontraste a tua meia laranja.
E a mãe acrescentou:
-Até que enfim, filho. Essa rapariga deve ser uma santa, para fazer o milagre de te reconciliar com a vida e o amor. Gostaríamos muito de conhecê-la.
 Luís, prometeu que iriam lá almoçar no Domingo.  

12 comentários:

Maria do Mundo disse...

Já me perdi na história. Tenho muito que ler. Beijinhos.

AC disse...

Elvira,
A sua capacidade de tecer enredos é qualquer coisa. Espero que não enjeite o jeito, que lhe dê, cada vez mais, o lastro que ele pedir.

Um beijinho :)

Edum@nes disse...

Tudo indica de que o convite feito por Luís, a Isabel para almoçar em casa dos pais, irá ser o primeiro passo dos muitos que a caminho do futuro irão dar juntos e felizes!

Tenha um bom dia de domingo,
amiga Elvira, um abraço.
Eduardo.

Silenciosamente ouvindo... disse...

Está ficando sério, amiga.
Só pode ter um bom fim ou não? É seguir...
Bjs.
Irene Alves

Fê blue bird disse...

Como o Luís já contou ao pais é porque a coisa é séria.
Agora espero que a Isabel seja mais audaz :)

um beijinho e boa semana

Gaja Maria disse...

A história está ao rubro :))

Unknown disse...

Leitura em dia :)

aluap disse...

Espero que o almoço em casa dos pais corra bem, que cheguem ao noivado...na companhia dos pais.

Bjos/boa semana.

Pedro Coimbra disse...

Estou curioso para ver o que vai sair desse almoço ...
Boa semana!

José Carlos disse...

Está cada vez melhor!
Um abraço querida Elvira.

Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

Oi Elvira!
Aposto que agora vai sair alguma coisa!!
Vamos aguardar!
Um abraço, amiga!
Mariangela

Elisa disse...

Continuando por aqui...a acompanhar. E que bem que me faz.
Um beijinho para si Elvira
elisaumarapariganormal.blogspot.com