No seu quarto João continuava furioso. Podia esperar tudo da mulher, menos que o abandonasse por uma suspeita de traição.
Durante anos recriminou-se por
trabalhar demais e pensar que ela o deixara pelo pouco tempo que lhe dedicara.
E era capaz de compreendê-la se essa fosse a razão, mas afinal tudo não passara
de uma estúpida suspeita de traição.
Nunca, se sentira tão ferido. Tinha-se dado por inteiro naquela relação.
Ainda se fosse antes do casamento, poderia levar em conta a sua juventude. Mas
quando partiu, Odete já tinha vinte e cinco anos. Tinham três anos de vida em
comum. Isso não era suficiente para confiar nele? Deu um murro na parede. Como
pudera acreditar que ela o amava? Nem lhe merecera a consideração de uma
explicação. Era tal a sua raiva que tardou a adormecer. Apesar disso, acordou
cedo. Tomou um duche vestiu-se e saiu. Comeria qualquer coisa na cafetaria do
hospital. Não queria encontrar-se com a mulher.
Felizmente o dia ia ser
complicado, com a reunião do pessoal de enfermagem de manhã, os membros do
governo, e o pessoal do sindicato dos médicos, de tarde. Isso faria com que
pelo menos durante umas horas esquecesse o fracasso da sua vida sentimental.
Enquanto isso, em casa, Odete
acabava de meter numa mala algumas peças de roupa. Pela segunda vez ia deixar a
casa e o homem que amava. Ia para um hotel. Não queria que a mãe soubesse, que se tinham separado de novo, ela
estava tão feliz pensando que se tinham reconciliado. E depois o desgosto podia
fazer-lhe mal.
Escolheu um hotel perto da casa
da mãe, fez o registo e saiu para espairecer a cabeça. Já na rua, lembrou-se de
telefonar à sua amiga Isabel a quem não telefonava desde a Páscoa e que decerto
ia ter uma grande surpresa, pois a julgava em Leeds.
A amiga tinha sido mãe há pouco
tempo, estava em casa, gozando licença de maternidade e ao saber que estava em
Lisboa, logo a convidou para ir almoçar com ela.
Odete entrou no centro comercial
Amoreiras a fim de comprar um presente para o bebé, antes de ir. Entusiasmou-se
com as pequenas e delicadas peças e acabou por comprar dois bodies, um
pijaminha, um babete, e umas botinhas.
Saía da loja, quando teve um
encontro inesperado. Na sua frente, exuberante como sempre estava Inês.
Rejeitado que foi o primeiro final, vamos então para o final da história como ela foi escrita desde o início. Na verdade só pensei em separar estes dois por causas dos vossos comentários que me passaram a impressão de que a maioria dos leitores não gostava da Odete. Bom afinal foi só impressão minha,
Rejeitado que foi o primeiro final, vamos então para o final da história como ela foi escrita desde o início. Na verdade só pensei em separar estes dois por causas dos vossos comentários que me passaram a impressão de que a maioria dos leitores não gostava da Odete. Bom afinal foi só impressão minha,
23 comentários:
bom dia
realmente faltava entrar em cena a dita Inês .
vamos ver o que este encontro nos vai trazer .
Até mais logo pois a autora se calhar vai nos brindar ainda hoje com um belo final.
JAFR
À moda da minha terra, a Inês levava logo duas estampilhas na cara e começava, de imediato, a vomitar o seu veneno.
E podia ser que isso lhe abrisse a boca para contar a verdade.
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Só faltava mesmo a Inês na cena.
Quero ver como ela vai esclarecer tudo isto.
Esperando ansiosa para o final desta historia.
Bjs
A Odete pode ter agido a frio, estar ferida e não pensar em confrontar o marido perante a prova que tinha, esse será o seu único pecado na coisa mas, não lhe tira em nenhum momento a razão.
Bom dia Elvira
Está a ficar interessante.
Um abraço e boa Primavera.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Acho que Inês não vai mais atrapalhar. As duas hão de conversar...Inês estará bem casada e feliz com outro ,uma penca de filhos e Odete relaxará. Mas agora terá que voltar pra casa... Adorando! bjs, chica
Passando para espreitar o enredo e deixar um abraço.
Desculpem lá aquela violência do nosso amigo "Tintinaine", eu sei que ele não é assim nem nada que se pareça!
Peço desculpa também porque devia estar a comentar a história da Inês e não o comentário anterior.
Eu quero e desejo que tudo acabe bem, porque se uma separação deve ser triste duas muito pior.
O meu abraço amiga Elvira e vá preparando o cabrito porque o dia 5 de abril aproxima-se.
... E o romance continua! Há relacionamentos meio atrapalhados assim, sem confiança e com atitudes infantis.
Li vários capítulos agora. Acho estranhos os meios usados para aproximação, rsss. A comunicação é importante e a questão da cirurgia da mãe foi uma estratégia “oportunista” demais.
Voltarei para ver os passos seguintes...
Abraços
Bom dia. Parece que temos o caldo entornado. Essa Inês tem de ser confrontada.Penso que ele ficou demasiado zangado. Precisa de tempo. que a raiva passe, para uma nova conversa.
Hoje:- Desejo-te, como desejo as flores na Primavera
Bjos
Votos de uma boa Terça Feira.
Sabe, Elvira vir agradecer e encontrar modo de escrever bastante parecido com o meu foi uma surpresa! Saúde, amiga. Grande abraço.
Jorge
Eita! Aja coração para as próximas emoções!
Beijos!
Quero o frente a frente com essa Inês. Quero tudo em pratos limpos e depois que decidam o que fazer às suas vidas!! :))
Beijos e um dia feliz.
É bem melhor com esta continuação, Elvira. :)
Afinal, se acabasse assim, nem se esclarecia bem o "papel" da Inês em toda esta trama ! :(
Uma vez havida esta previsível conversa entre as duas, tudo deverá ficar esclarecido e propício a um final de acordo !
Abraço :)
Boa tarde Elvira,
Vamos ver como vai ser agora o encontro com a Inês.
Será que vai ser importante para o desfecho do futuro de Odete e João?
Seguindo com muito entusiasmo.
Beijinhos,
Ailime
Boa tarde Elvira,
Vamos ver como vai ser agora o encontro com a Inês.
Será que vai ser importante para o desfecho do futuro de Odete e João?
Seguindo com muito entusiasmo.
Beijinhos,
Ailime
Será que a magana da Inês,
nada mais na vida, ela, faz
à frente de Odete outra vez
não há meio de deixar em paz?
Tenha uma boa tarde amiga Elvira.
Um abraço.
A Odete devia adivinhar que bebés recém-nascidos sao presenteados com mais roupa do que aquela que conseguem vestir para o seu crescimento. Dois bodies, um pijama, um babete e uns sapatinhos.. Espero que a criança possa usá-los.
Acho que será melhor Odete guardar as roupas para si, já que se entusiasmou tanto ehehhe ;)
Estou curiosa.....
Eu gosto da Odete e compreendo a atitude dela. Merece ver tudo esclarecido e ter um final feliz
Desde o inicio que não gostei da Odete. Deviam ficar separados, mas compreendo, fica melhor um final feliz.
Abraço.
Mas não era muito pior se ela o tivesse deixado por qualquer outro motivo? Quando é que o João vai ver isso?
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