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8.2.18

A VIDA É... UM COMBOIO. - PARTE XXXII



Tal como Paulo dissera, seguiu-os até casa da avó Maria. A noite estava estrelada, a temperatura agradável, e a avó, esperava-os no alpendre.
Os três entraram em casa, e Martim após cumprimentar a bisavó despediu-se afirmando que estava cansado e com sono. Paulo cumprimentou a idosa e aceitou o convite para passarem à sala, onde contou os planos que tinham feito para o casamento. A velha senhora não podia estar mais contente, pois sempre desejou ver a neta casada e feliz. E ela estava convencida que desta vez, Amélia ia ser feliz. Conversaram um pouco e depois a senhora informou que se ia retirar, pois já passava bastante da sua hora habitual de ir dormir.
Os jovens ficaram assim sozinhos na sala. Era a primeira vez que tal acontecia, desde aquele dia junto ao rio.
- Queres tomar alguma coisa? – Perguntou Amélia.
- Não. Vem, senta-te aqui ao pé de mim, - disse ele ajeitando as almofadas do sofá.
Ela obedeceu.
Ele meteu mão no bolso e tirou uma pequena caixa de veludo. Abriu-o, e mostrou um aro de ouro como uma esplêndida esmeralda.
- Escolhi uma esmeralda por ser a cor dos teus olhos, - disse enfiando-lhe o anel no dedo. Depois virou-lhe a mão e depositou um beijo na palma da mão, perguntando em seguida. Gostas?
- É lindo, - disse ela esticando a mão e mirando a joia, encantada. 
- Já to devia ter dado, mas queria fazê-lo num momento em que estivéssemos a sós, - disse ele atraindo-a para si e depositando-lhe um beijo no lóbulo da orelha, descendo depois pelo rosto até aprisionar a sua boca.
Como sempre que ele lhe tocava, Amélia sentia que todo o seu corpo tremia de antecipação. Levantou as mãos e acariciou a base da nuca masculina. Ele aprofundou o beijo, enquanto as mãos se perdiam no corpo dela em carícias cada vez mais ousadas, que a faziam gemer de prazer. De súbito, afastou-a e levantou-se. Os seus olhos escuros, pareciam dois pedaços de carvão incandescente, tal a paixão que manifestava.
- Compreendes agora a minha pressa no casamento?  - Perguntou. Pões-me louco. Quero fazer amor contigo, mas não aqui nem agora. Não seria correto com a tua avó e com o Martim. Entendes?
Ela abanou a cabeça de olhos baixos e rosto ruborizado, envergonhada por sentir que desejara fazer amor com ele sem pensar onde estava. Ele, levantou-lhe o rosto com um dedo e disse.
- Olha para mim. Não tens porque ter vergonha do teu desejo por mim. É absolutamente normal. Agora é melhor ir-me embora. Venho buscar-vos amanhã de manhã. 
Deu-lhe um leve beijo na testa e saiu




17 comentários:

Os olhares da Gracinha! disse...

O AMOR tem momentos assim!
bj

chica disse...

Pegando FOOOOOOOOOOOOOOOOOGO,rs...Lindo! beijos, chica

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Está escaldante.
Um abraço e continuação de boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

Olinda Melo disse...


O fogo da Paixão.
É uma história que só pode acabar bem. Ou não?

Bj

Olinda

noname disse...

Surpreendeu-me o rapaz :-)

Bom dia Elvira

António Querido disse...

Atitudes de cavalheiro mesmo com o fogareiro a arder! Mas tem tempo de chegar a brasa à sua sardinha.

(Hoje minha amiga tenho uma surpresa para si no "Figueira Minha", dê uma espreitadela por favor).

O meu abraço

Cidália Ferreira disse...

O desejo cega as pessoas. E nem reparam onde estão. Mas ele foi cuidadoso. Muito bem. Que continuem assim. Que eu vou continuar a roer as unhas Loool

Beijinhos

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
A história está ao rubro!
E decerto o desfecho está próximo...;))!!
Beijinhos,
Ailime

Rui disse...

:))) ... Muito bom, Elvira ! :)

Aquele sua "nota" de outro dia (2/2 - gato escaldado, de água fria tem medo), colocou-me cá uma "pulga atrás da orelha" (?)... Não me diga que isto ainda vai dar uma volta !?... :)
:)... Ou então,.. foram só mais estes capítulos de "confirmação". ?! :)

Beijinhos

Roselia Bezerra disse...

Ola, querida amiga Elvira!
Tenho lido sempre mas, devido a estar envolvida com a nova residência,nao comentei ainda.
Hoje não me contento só em ler...
Está lindo o pedido!
Seja muito feliz e abencoada!
Bjm de paz e bem

Jaime Portela disse...

Como só venho aqui 1 vez por semana, tenho que ler vários capítulos seguidos. Mas isso é uma vantagem, porque se fica com uma noção melhor do con junto da narrativa.
E estou a gostar. A história e a maneira como é contada são muitos boas, parabéns.
Continuação de boa semana, amiga Elvira.
Beijo.

Cantinho da Gaiata disse...

Mas que cavalheiro, o amor fala mais alto.
Beijinho grande e caloroso.

Tintinaine disse...

O homem tem travões às quatro rodas! Não é fácil, posso garantir!

Edum@nes disse...

Não me importo de esperar até amanhã. Para saber o que é que vai acontecer, Entre Paulo e Amélia. Desde que seja por uma boa causa?

Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Kique disse...

Ao rubro... o final deve estar ao virar da esquina
bjs
Kique
https://caminhos-percorridos2017.blogspot.pt

Pedro Coimbra disse...

Quando casámos não ofereci um anel à minha mulher.
Havia outras prioridades.
De lá para cá já lhe ofereci MUITOS.
E é para continuar.
Bfds

Joaquim Rosario disse...

bom dia
até já custa ler cada capitulo , tal é a ansiedade.
JAFR