Não se conteve ao ouvi-lo dizer pela segunda vez que a amava. Enlaçou-lhe o pescoço e procurou-lhe a boca para um beijo apaixonado. Porém quando as mãos dele desceram pelas suas costas numa carícia que parecia incendiá-la, afastou-se dizendo:
- Ainda não, se é para por a alma a nu, vamos despi-la os dois. Depois iniciaremos uma vida nova, sem mais dúvidas nem enganos.
Quando te conheci, eu era virgem de corpo e sentimentos. Tinha tido um namoro ainda muito jovem, se é que se pode chamar namoro, aqueles três meses em que me deixei acompanhar por um amigo que dizia amar-me e querer casar comigo. Na altura eu era muito nova, ainda nem tinha feito vinte anos. A minha mãe estava doente, tinha deixado de trabalhar, a minha irmã era uma criança, e eu tinha deixado os estudos e estava a trabalhar para aguentar a casa. Entre o trabalho, o cuidar da mãe doente e da Susana, não tinha tempo para passear, namorava um pouquinho à noite e sem qualquer intimidade. Três meses depois a minha mãe morreu, o meu namorado, queria casar rápido, mas queria que eu levasse a Susana para uma instituição. Dizia que eu não podia assumir a sua criação e educação, ele não ia casar comigo e assumir tal responsabilidade, nem gastar com ela, aquilo que seria dos nossos filhos.
Quando te conheci, eu era virgem de corpo e sentimentos. Tinha tido um namoro ainda muito jovem, se é que se pode chamar namoro, aqueles três meses em que me deixei acompanhar por um amigo que dizia amar-me e querer casar comigo. Na altura eu era muito nova, ainda nem tinha feito vinte anos. A minha mãe estava doente, tinha deixado de trabalhar, a minha irmã era uma criança, e eu tinha deixado os estudos e estava a trabalhar para aguentar a casa. Entre o trabalho, o cuidar da mãe doente e da Susana, não tinha tempo para passear, namorava um pouquinho à noite e sem qualquer intimidade. Três meses depois a minha mãe morreu, o meu namorado, queria casar rápido, mas queria que eu levasse a Susana para uma instituição. Dizia que eu não podia assumir a sua criação e educação, ele não ia casar comigo e assumir tal responsabilidade, nem gastar com ela, aquilo que seria dos nossos filhos.
Entre os dois, a escolha era óbvia. Nunca mais soube nada
dele, até há cinco anos, quando o encontrei num supermercado, com a mulher
grávida e duas crianças de tenra idade.
No dia do nosso casamento, ainda era virgem de corpo, mas já
não de emoções, pois cada vez que me beijavas, deixavas-me em brasa, e
fazias-me sentir e desejar coisas, que nunca tinha sentido. Nunca mais fui a mesma depois
da noite de núpcias e não me refiro ao óbvio. Naquela noite antes de adormecer
repeti a mim mesma, as promessas do casamento, certa de que te amava e te amaria
sempre.
No início, fiquei deslumbrada com o sexo. Cada nova
carícia me deixava mais louca, eu queria ficar o resto da vida nos teus braços. Depois
percebi que isso acontecia porque só me demonstravas carinho na cama. No dia-a-dia,
eras simpático, companheiro, querias sempre dar-me qualquer coisa, até quiseste
dar-me um carro, sem perceberes que os bens materiais não me seduziam, que só queria o teu amor. Mas não havia
lugar para mim, na tua vida amorosa. Todo o teu amor era para a Matilde. Uma noite,
depois de fazermos amor, tomei coragem e disse-te como estava feliz por ter
acabado de fazer amor. Tu respondeste-me. “Amor? Fizemos sexo, Isabel. Não te iludas, nem
confundas as coisas”
Na manhã seguinte fui à farmácia e comprei a pílula. Por
muito que eu desejasse ter um filho, nunca o teria sabendo que ele não era fruto
de amor dos dois. E a partir daí, contra o meu próprio desejo, sempre que podia fugia da nossa
intimidade.
- Perdoa-me. Fui muito estúpido, confundi tudo. Esquece o que aconteceu, vamos começar de novo. Juro que não te vou dececionar.
Isabel olhou-o durante uns segundos e depois estendeu-lhe
a mão direita
- Isabel Penha Sarmento.
Ele estendeu a sua e apertou-lha:
Ele estendeu a sua e apertou-lha:
- Ricardo Souto Medina. Encantado em conhecê-la.
Pensei acabar a história aqui, deixando à imaginação de cada um o final, até porque a história já vai longa, mas depois pensei que se esta história tinha tido prólogo, também devia ter epílogo. E já que tiveram paciência até aqui...
Mas não sei se vou publicá-lo se mantenho a história assim.
DEIXO-VOS A DECISÃO. Querem um episódio mais ou fica assim?
Pensei acabar a história aqui, deixando à imaginação de cada um o final, até porque a história já vai longa, mas depois pensei que se esta história tinha tido prólogo, também devia ter epílogo. E já que tiveram paciência até aqui...
Mas não sei se vou publicá-lo se mantenho a história assim.
DEIXO-VOS A DECISÃO. Querem um episódio mais ou fica assim?
18 comentários:
MAIS UM! Claro.
Boa noite, Elvira
Claro que mais um e não consigo acreditar que a amiga o desse como completo assim. Falta a magia de um final doce e feliz e quem sabe com um casal de bebés gêmeos. Está bem pronto estou a exagerar. Um final bem ao seu jeito que eu adoro a sua escrita. Beijinhos
Mais um claro!!!
Bj
Bom dia
Depois de uma confissão de parte a parte , já sabemos que agora aquela família vai ser como todos desejam , mas a imaginação da autora tem sempre mais algo a acrescentar , daí mais um episodio é sempre bem vindo .
JAFR
A decisão de acrescentar um epílogo a esta história terá de ser sua, amiga, embora a experiência me leve a concluir que o simples facto de haver mencionado um epílogo pressupõe que essa sua decisão já foi tomada, tendo, depois, ficado em suspenso...
Deixo-lhe um forte abraço, bem como o desejo de que o problema de saúde do seu marido continue a correr pelo melhor.
Agora fiquei cheio de curiosidade, venha daí esse epílogo.
Boa semana Elvira!!!
Continuo a acompanhar e aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Mais um pra ver um final bem declarado... Linda semana,beijos,tudo de bom,chica
Se já está escrito, não vale a pena ficar na gaveta!
Venha de lá o The End...
Boa semana, Elvira.
Que bonito capitulo:))
Quero que continue claro, é pena acabar assim :))
Bjos
Óptima Segunda-Feira.
Bom dia de nova semana muito sereno, querida amiga Elvira.
Hoje você está sendo homenageada aqui:
http://www.idade-espiritual.com.br/2019/07/cantinho-espiritual-do-leiitor-elvira.html?m=1
Quanto a história, ah! Agora que chegou a parte do viveram felizes para sempre... Faz sim o epilogo.
Tenha dias favoráveis!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Boa tarde Elvira,
Gostei imenso da abertura revelaram e, claro, que vou gostar de ler o epílogo.
Um beijinho.
Ailime
Até que em fim! já se conhecem um ao outro. Para não terminar assim. Venha lá mais um, porque o que é bom sabe sempre pouco...
Tenha uma boa tarde amiga Elvira. Um abraço.
Acho que este final deixou muita coisas em aberto, mas gostei assim do final!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Queremos o GRANDE FINAL
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Tudo resolvido...
Foi ótimo que todos pediram o epílogo, Elvira. Foi um final belíssimo, como eu escrevi nos comentários do epílogo... isto porque estou lendo de trás pra frente.
Estava fora da cidade e não tive tempo e gosto de ler nada no celular.
Um abraço!
Atualizando a leitura dessa história linda e emocionante!
Beijos carinhosos!
Finalmente tudo se esclareceu.
É triste a história de vida da Isabel.
Tem direito à felicidade, ao lado do Ricardo.
Venha o epílogo.
Beijo.
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