No início do tratamento, Alzira passou mal. Tinha tonturas, náuseas e até vómitos. Mas o médico tinha avisado
que seriam efeitos passageiros e assim foi, já que duraram apenas dez dias.
O pior é que as melhoras não
apareciam e a maldita doença parecia continuar a agravar-se. Ela, já não era
a mesma mulher de antes. Os seus olhos tinham perdido o brilho, o corpo ganhou
peso, a conversa cessou quase por completo, os movimentos perdiam coordenação.
A compaixão que Luís sentia pela esposa, ia substituindo cada vez mais o amor de
outrora.
16 comentários:
Triste mesmo essa doença e tu nos leva, nessa leitura , com tua riqueza de detalhes, bem pertinho do casal. Curio0sa pelo final! beijos, tudo de bom,chica
Embora pareça que não, tenho passado por aqui todos os dias e vou acompanhando a história que me faz lembrar as mulheres da minha família. A minha bisavó deve ter dado boas dores de cabeça à sua mãe e minha avó. Não a cheguei a conhecer, pois morreu meia dúzia de anos antes de eu nascer.
No caso da minha mãe, como ela já estava acamada e completamente dependente, quando a doença atacou em força, eu até lhe achava uma certa graça. Ela não conhecia ninguém e só tinha memórias dos seus primeiros 15 anos de vida. Eu entretinha-me a puxar por ela e com os poucos dados que possuía conseguia guiá-la por conversas que faziam algum sentido. E isso agradava-lhe e ajudava a "matar" o tempo.
Acho que posso afirmar que ela não sofreu muito.
Terrível, Elvira !
... e descrita como se por uma profissional da medicina !!!
Uma doença horrível e curiosamente muitas vezes confundida com a "demência da idade" !
Tenho na família alguém com sintomas do género, mas em que os médicos ainda estão duvidosos se será uma coisa ou princípios de outra !
Creio que têm rapidez de evolução distintas ! (?)
Abraço
Come a sopa, Alzira come a sopa! É uma chatice quando a idade começa a pesar e quando acompanhada por doenças graves, o melhor é encomendar o serviço ao cangalheiro.
Sem cangalheiro lá vai o meu abraço.
Muito triste querida Elvira, conheço uma senhora que está no começo e quando a vejo,geralmente não me reconhece, ma pergunta de mim quando estou longe. Tudo muito triste.
Um abraço querida amiga.
A passar para acompanhar a história..
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Tive uma avó com a doença e sei que realmente é uma doença ingrata e que faz todos sofrerem juntos.
Aguardando o final
Um ótimo final de semana
Bjus
Taty
http://ansiosapracasar.blogspot.com.br
Tens razão, Elvira, a doença nos assusta mesmo, mas, é bom conhecer o inimigo para saber lutar contra ele, se por desventura aparecer à nossa frente. É um mal terrível, mas, aprendemos uma grande lição de vida com os cuidadores.
Deve ser terrível!!! Bj
Seria, pois, formidável,
se a gente evitar pudesse
toda a surpresa desagradável
que na vida nos acontece!
Tenha um bom fim de semana amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Mesmo que não escrevesses a nota, continuaria a acompanhar. A vida tem destas coisas.
Bjinho
Infelizmente tenho um tio que sofre desta doença. Quem dele cuida, minha tia, procura que viva da melhor forma possível, mas é ela que mais sofre.
Bom fim de semana.
Olá Elvira, como profissional que fui, conheço muito bem o aredos portadores desse mal, bem como dos familiares, m muita além das dificuldade em conseguir cuidadores, pois eles rejeitam com muita frequência a presença de estranhos.Muito precisa sua narrativa...perfeita!
Bom domingo.
Abraços!
Tem razão, Elvira. As verdadeiras histórias de amor não terminam com uma cavalgada ao pôr do sol e um foram felizes para sempre. Por isso são mais belas que os contos de fada
Ruthia d'O Berço do Mundo
Oi Elvira
Não sei onde estou e nem se meu comentário foi, acho que não
Beijos
Lua Singular
Como eu gostaria de saber o motivo de certas doenças estarem num crescendo alucinante!!!
Boa semana e beijinhos
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