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17.1.17

UMA HISTÓRIA DE AMOR - PARTE XVII


Ana nem soube bem como chegou a casa. Sentia o corpo tremente como se estivesse cheia de febre. Como era possível que a sua vida se tivesse desmoronado assim em tão pouco tempo. Três meses antes ainda ela era uma rapariga alegre que saía quase todas as noites com um belo homem, que dançava, ria e sonhava com um futuro risonho, mais ou menos próximo. Depois, foi a desilusão, o perceber que Paulo nunca seria o homem da sua vida. Uma nova desilusão a juntar às duas anteriores. E agora, a sua vida tinha-se transformado num caos, um doloroso emaranhado de sentimentos que ela não sabia destrinçar.
Amara o irmão, como não tinha amado mais ninguém na vida. Ele era o seu ídolo, o seu anjo da guarda. Agora o irmão tinha morrido. Sim porque depois do amor que vira nos seus olhos, e sobretudo depois daquele beijo carregado de paixão, era uma imoralidade continuar a pensar nele como irmão.
Mas podia ela matar o irmão por uma ilusão de amor, que não sabia se não passaria disso mesmo?  A verdade é que o beijo, despertara-lhe sensações até aí desconhecidas. Mas isso seria amor? O que ia ser da sua vida daí para a frente? Saber que Simão se mantinha longe do país e da família por culpa dela, fazia-a sentir-se culpada, mas ao mesmo tempo, dava-lhe uma sensação de plenitude, saber que alguém a amava até aquele ponto.
Mas se depois de morto, o irmão, ela não fosse capaz de amar Simão como uma mulher ama o homem da sua vida?
Como poderiam conviver em família? Fosse como fosse sentia-se como um algoz, capaz de acabar com a felicidade de todos.
A meio da tarde do dia seguinte, ainda não tinha saído. Tinha os olhos vermelhos de chorar, estava mal-encarada, não tinha dormido nem comido nada desde o dia anterior.
Mas tinha tomado uma decisão. Tomou banho, carregou um pouco a maquilhagem, para disfarçar as olheiras, e bebeu um copo de leite frio. Pegou nas chaves do carro, na mala e saiu. Ia procurar refúgio junto da mãe. Francisca sempre a compreendera.


                                            

21 comentários:

Isa Sá disse...

a passar por cá para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar com muito interesse.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar || Dedais de Francisco e Idalisa || Livros-Autografados

Joaquim Rosario disse...

bom dia
não sei mesmo como isto vai acabar, mas que está a ficar emocionante está.
JAFR

Os olhares da Gracinha! disse...

Decisões nem sempre fáceis mas precisas!!!
bj

Anete disse...

Uma mudança brusca na vida de Ana... Impactante e que merece um bom processo para colocar as ideias nos seus devidos lugares...
Obrigada pelo carinho nos blogs...
Uma boa 3ª feira, Elvira. Bj

rendadebilros disse...

Decisões drásticas: às vezes, sabemos o que não queremos, não sabemos bem o que queremos. Ou o coração e a razão nem sempre se entendem! ( A gripe por agora, tem-se mantido afastada. Agasalho-me e, nas horas sem sol, de mais frio, fico por casa, bem quentinha!) Continuação de grande inspiração e saúde! Beijos.

Bell disse...

Por vezes vivemos uma fase de grandes desilusões e acontecem da noite pro dia.

bjokas e uma maravilhosa terça-feira =)

Prata da casa disse...

É muita confusão para aquela cabeça, realmente.
Bjn
Márcia

Taty disse...

Quero mais rs
Bjus
Taty
Na Casa dos Abrantes
Canal

Silenciosamente ouvindo... disse...

Que história amiga. Complicado!
Sigo com interesse.
Bjs.
Irene Alves

O meu pensamento viaja disse...

Que enredo!
Como vai acabar?
Beijo

Ailime disse...

Boa noite Elvira,,
Apanhei esta historia num momento bem delicado.
Vou tentar acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.
Beijinhos,
Ailime

Beatriz Pin disse...

Seguirei o desenrolo desta historia tan interesante e pouco común. Ten unha arte para deijar a audiencia con ganas de mais pero as cousas boas hai que dosificalas. Ten uma boa man cas historias de enredos e de namoramentos indebidos,se pode dicirse que o sexan porque o amor non ten límites, e os tabúes son somente un modo de comportarse en determinada sociedade. O que aquí pode ser inadmisible, é común noutras culturas. Estarei atenta a próximos capítulos. Uma aperta e o tema da regueifa, é moi popular en moitas partes do mundo ainda que se chame doutra maneira.

aluap disse...

Tanto melhor que, por ora, seja assim, pois a vida se não tiver alguns espinhos não tem beleza nenhuma.

Beijinhos.

Edum@nes disse...

O amor entre Ana e Simão,
não está entrando nos eixos
estão inundados de confusão
depois de apaixonados beijos?

Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Berço do Mundo disse...

Deve ser muito complicado de gerir mesmo. Um enredo muito interessante...
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo

Emília Pinto disse...

Elvira, é natural que os dois não se sintam bem com esse amor; eles não são irmãos, mas foram criados como tal e isso complica muito. Mas vão acabar por aceitar e serão felizes. Mas...só tu sabes, amiga. Esperemos pelo fim! Enquanto isso, desejo-te tudo de bom e que, apesar do frio, haja sempre um raio de sol a alegrar os teus dias. Um beijinho
Emilia

Pedro Coimbra disse...

E a conversa com a mãe vai fazer toda a diferença.
Um abraço

Gaja Maria disse...

Quanta dúvida vai naquelas cabeças :)

maria disse...

Afinal,precipitei-no meu último comentário... ainda não tinha terminado...
óptimo!
Que grande dilema em que a Ana está!

Lua Singular disse...

Oi Elvira
Agora complicou tudo. Estou atrasada, mas não quero ler.
Beijos
Lua Singular