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12.1.17

UMA HISTÓRIA DE AMOR - PARTE XII


Três dias depois, Ana encontrava-se no escritório, estudando um processo de um divórcio litigioso, quando o pai lhe perguntou se ia nessa noite ao aeroporto despedir-se de Simão.
Sentiu raiva. Então o irmão ia-se embora nessa noite, e não lhe dissera nada? Verdade que não voltaram a encontrar-se depois da festa, mas ainda assim, ele podia ter-lhe telefonado. Não era justo que não o fizesse. Afinal fora ele a levantar as hostilidades, era ele quem tinha de pedir desculpas. De todos os irmãos, Simão sempre fora o seu preferido. Porque era o mais velho? Porque sempre tratava as irmãs com todo o cuidado como se elas fossem delicadas flores de cristal? Porque estava sempre perto dela, para a acalmar e a proteger de todos os perigos imaginários? Não sabia.
E agora? Tinham sido cinco anos sem o ver. Tinha saudades dele. Teria desejado contar com o seu apoio, e a sua compreensão, para lhe ajudar a fase de desilusão em que se encontrava, com a recente desilusão amorosa. E ele não só não lhe ligara nenhuma, como até se mostrara desagradável.  E agora ia-se embora assim? Ah! Não. Não ia ser assim tão fácil. Arrumou o processo:
- Pronto pai está aqui o processo que me pediste e todos os apontamentos necessários para a elaboração da defesa. Sempre posso contar com os quinze dias de férias que me prometeste?
- Claro. Vais viajar?
- Vou. Hoje mesmo vou marcar passagem. Preciso afastar-me. Espairecer. Pensava começar amanhã. Dispensas-me esta tarde? Preciso tratar de muitas coisas.
- Está bem, Ana. Porque não vais almoçar connosco? A mãe ia ficar contente de te ver, e se não vais logo ao aeroporto, aproveitavas para te despedir do teu irmão.
- Está bem.
O resto da manhã decorreu quase sem dar por isso, empenhada em deixar em ordem todos os processos que tinha entre mãos. Separou aqueles que pela proximidade das datas, não poderia tratar e combinou com os colegas, quem os ia assumir.
Quando chegaram a casa, a mãe e a irmã, mostraram grande alegria por vê-la. Mas não viu o irmão.
Ouviu o pai perguntar:
- O Simão não almoça connosco?
- Disse que sim. Deve estar a chegar. – Respondeu a mãe.



14 comentários:

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar a história com muito interesse.
Um abraço e continuação de boa semana.
Andarilhar | Dedais de Francisco e Idalisa | Livros-Autografados

António Querido disse...

Histórias ao pormenor, são sempre entusiasmantes e por isso cá está o figueirense, não para o almoço, mas para acompanhar a leitura!
Com o meu abraço.

Tintinaine disse...

Ana passa ao ataque, este podia ser o título desta parte. Acho que ela vai conseguir chegar onde quer.

Maria do Mundo disse...

Estou a adorar!

Silenciosamente ouvindo... disse...

Seguindo com toda a atenção.
Os problemas familiares, que são
sempre mtº. doloros.
Desejando que se encontre bem.
Bjs.
Irene Alves

Edum@nes disse...

Se Ana tem alguma na manga? Não consigo descobrir, bem como não entendo o que é que ela tem contra Simão?

Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Prata da casa disse...

A seguir a história.
Bjn
Márcia

O meu pensamento viaja disse...

Aguardando o evoluir dos eventos.
Beijinhos

Pedro Coimbra disse...

Vem aí discussão...
Bfds

maria disse...

Ana vai viajar... será que vai para Paris, tentar descobrir o segredo de Simão?

XicoAlmeida disse...

Claro que acompanho, amiga.
Mas entendo que não devo deixar opinião, quem escreve, escreve para si, no seu espelho, mas gosto, não fora eu um "almocreve" como hoje escrevi.
Beijo.

Gaja Maria disse...

Que angústia a de Simão, amar assim a "irmã"

Dorli Ramos disse...

Oi Elvira
Acompanhando e gostando da história
Parabéns
Beijos
Minicontista2