- Que aconteceu? Que gritaria é essa? – Perguntou,
Amélia, saindo da cozinha a limpar as mãos ao avental
- Sabes quem eu encontrei junto ao rio?
- Como hei-de saber se não estava lá?
- O Paulo, o motard.
Sobressaltou-se a jovem.
- Junto ao rio? Não é local para motos.
- Estava a cavalo. Diz que tem aqui uma quinta.
- Deve ser o sobrinho do falecido António, - interrompeu
a avó Maria.
- A avó sabe quem é?
-Conheci-o quando era um garoto. Andava sempre por aí com
Alfredo o filho do caseiro. Mas isso foi há muitos anos. O caseiro morreu há
vários anos e o filho assumiu o lugar do pai. Era uma pequena quinta, mas de há
uns anos a esta parte, o tio desatou a comprar os terrenos todos à volta. Até a
mim me fez uma proposta, depois da morte do teu avô, mas eu não seria capaz de
viver noutro sítio.
- Ah! Então são vizinhos?
Sim. Embora eu não o tenha visto ainda. Aliás o tio dizia
que ele vivia no estrangeiro. Mas vocês conhecem-se?
- O Paulo ajudou-nos naquele dia em que se furou o pneu
do carro. O curioso, é que é nosso cliente.
- Vosso cliente? – Admirou-se a idosa
- Sim. É a nossa firma de advogados que trata de todos os
assuntos jurídicos da firma dele.
- Sabes, interrompeu o garoto, - estivemos a conversar, e ele disse que se tu
deixares me acompanha no jogo da escola. Deixas não deixas, mãe?
- Sinceramente Martim, achas bem apresentares-te na
escola com um quase desconhecido?
- Mas nós já o conhecemos. Até a avó sabe quem é. Por favor,
mãe.
- Está bem. Mas primeiro quero falar com ele. Quando é
que lhe vais dar a resposta.
- Combinámos encontrar-nos esta tarde, junto ao rio. Eu
gosto dele, sabes? Ele até ficou preocupado por eu estar ali sozinho que podia
ser perigoso. Tive que lhe mostrar como o Rex tomava conta de mim.
- Está bem. Vai lavar as mãos que vamos almoçar em
seguida.
- Sabes se o rapaz é solteiro? – Perguntou a avó, assim
que Martim desapareceu na casa de banho.
- Não me digas que já estás armada em casamenteira, avó.
- E então, não me vais dizer que era uma má opção. O tio
era um homem muito rico e que se saiba, não tinha outro herdeiro. Acho que vou
convidá-lo para almoçar connosco amanhã. Política de boa vizinhança.
- Nem sonhes, avó. Nem sonhes.
18 comentários:
Ahahahah, gostei dessa avó.
Beijinho Elvira
Essa avó é o máximo!!! Mais uma aliada para esse romance dá certo!
Beijos!
Adorando essa avó casamenteira,rs Vai tomando corpo...Muito bom! beijos, chica
A passar por cá para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Santa de avó!
BOM DOMINGO.
As coisas estão acontecendo providencialmente... Hummm, as novidades estão boas!
Bom domingo, Elvira! Abraço grande
bom dia
o melhor ainda está para vir.
JAFR
Isto vai aquecer!!!bj
É realmente uma santa avó.
Um abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
O apelo dos "génes" , o ADN, a "manifestarem-se" interiormente ! :))
Quer os do Martim, quer os da avó da Amélia !
:))
Bom Domingo
E devemos confiar nos antigos. As opiniões deles são sempre bem vindas.
Bom domingo.
As coisas estão-se ajeitar :))
Hoje:- Sou terra e mar...Sou sol e lua
-
Bjos
Votos de um Domingo Feliz
E vai ser a Avó que vai dar andamento à coisa :-)) AMei!!
NEXT...
Beleza de um luar enamorado ( Poetizando... )
Beijos. Bom fim de semana.
Com a avó a ajudar é que a coisa vai acelerar!
Esta história vai de boa para melhor, estou a adorar.
Gostei do argumento da avó para justificar o convite ao Paulo:
"Política de boa vizinhança".
Com uma razão de peso dessas, já temos os dois a jantar juntos, amanhã. O Martim vai adorar. :)
Boa semana, um abraço.
Porreiro como dizia o comerciante, contente com o negócio. A avó da neta já está com ela fisgada. E a neta desejosa, fazendo-de fingidamente desinteressada!
Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Boa tarde Elvira,
Tudo se está a compor;))!!
Beijinhos,
Ailime
Hahaha, gosto dessa avó pragmática
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