Encontrava-se acompanhado de um amigo, empresário como
ele, e da esposa do amigo. Tinha recebido o convite na semana anterior, mas
acabara por esquecê-lo, só voltando a recordá-lo, quando o amigo lhe
telefonara. Na verdade se não fosse por se tratar de um espetáculo beneficente,
não teria ido, não era apreciador daquele tipo de espetáculo, danças de salão,
para ele, só como interveniente, e com uma bela mulher nos braços. Porém ali
estava numa noite de sexta-feira, disposto a passar umas horas aborrecidas, em
prol de uma boa causa. Pouco depois as luzes na sala, apagaram-se e um a um os
seis pares foram entrando na pista. Recostado na cadeira, com os olhos
semicerrados e uma posição indolente, Gabriel não parecia muito entusiasmado.
De súbito, alguma coisa lhe chamou a atenção.
Endireitou-se e fixou o olhar no último par que acabara de entrar. Melhor, não
no par, mas na bela figura feminina que envergava um lindo vestido vermelho.
Havia qualquer coisa de familiar naquela mulher. Seria o cabelo preso no alto
da cabeça, num coque embelezado por uma fita preta, adornada com uma rosa do
mesmo tom do vestido?
Quando os pares se posicionaram nos seus lugares, o
número seis ficou mais perto do local onde Gabriel se encontrava, e ele
assombrado julgou reconhecer Sandra.
- Não pode ser, - murmurou.
Aquele “monumento” não podia ser o “estafermo” da Sandra.
Ou seria? E como dançava, Santo Deus. Ele não conseguia desviar os olhos da bela
figura feminina.
Após uma primeira apresentação, em que os seis pares
dançaram a Valsa e o Foxtrot, os pares retiram-se e um apresentador fez uma
breve explicação sobre a origem das danças de salão. Logo depois entraram dois
pares que dançaram primeiro uma Polca e depois o Bolero.
Depois entraram outros dois pares e Gabriel disfarçou um
gesto de enfado. Ele queria ver de novo a mulher de vermelho.
Depois de mais duas danças, desta vez a Salsa e o Chá Chá
Chá, eis que voltam os últimos dois pares. Começam por dançar a Rumba, e
Gabriel não desgrudava os olhos da figura feminina, que na pista se movimentava com
graciosidade e agressividade, insistente e romântica, num jogo de sedução, que
visava conquistar o parceiro, que é afinal o sentido da própria Rumba. A dança
terminou sob um acalorado aplauso para logo de seguida se ouvirem os primeiros
acordes dum Tango.
O Tango era a dança preferida de Gabriel, pelo papel dominante
do homem na dança. Mas quando os pares se posicionaram na posição inicial do
Tango, ele notou que a bailarina, arqueava ligeiramente o corpo, como que
resistindo a deixar-se dominar.
Sorriu. Além de bela, tinha personalidade.
14 comentários:
Ele já a está olhando com ouuuuuuutros olhos,rs...bjs, chica
Uma das coisas boas da vida é ter amigos, reais ou virtuais. AMIGOS!
Passei para lhe desejar um fim de semana feliz, com saúde e muito sucesso. Abraços, fica na paz de Deus.
Já estava à espera de uma reviravolta do género.
Vamos em frente!
Muito interessante...
Gostei muito, Elvira.
Tenha um excelente Domingo.
Terno abraço
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Está a ficar muito interessante :)
um beijinho e boa noite
E os dados estão lançados! Vamos ver como decorre o jogo!
Bjinho, Elvira
A passar por cá para acompanhar a história e desejar um bom domingo!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
:) A "coisa" vai dar uma grande volta !!! :))
bom dia
sempre a cativar os leitores com a sua forma de escrever muito original.
bom domingo
JAFR
A beleza do corpo de Sandra,
em Gabriel, causa perturbação
da maneira, bem, como ela dança
quem vai vencer será a paixão?
Tenha uma boa tarde de domingo, amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
A Sandra tá se revelando e mostrando "personalidade"... Daqui pra frente o relacionamento dos dois mudará...
Bom domingo! Bj
# Fiquei curiosa com o que falou por lá. "Notícia" nem boa nem má, homenagem no px conto... (?!)... Suspense!
A dança aproxima ... corpos e almas!!!
bj
Pronto, com tanto encanto, já não vai ser despedida.
A paixão vai começar a fluir.
Bjs
O Gabriel poderá vir a ser um parceiro da Sandra na busca de provas da inocência do pai. Gostando e acompanhando.
Abraços,
Furtado
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