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7.9.17

À MÉDIA LUZ - PARTE II





O advogado chegou e ela introduziu-o no gabinete. A reunião durou pouco mais de vinte minutos, não devia ser nada sério, já que ela não foi chamada, para tomar qualquer nota. Depois saíram os dois.
Sandra terminou os documentos que ele lhe pedira e entrou no gabinete para os deixar em cima da secretária.
Com mãos trementes, experimentou as gavetas. Estavam abertas.
Febrilmente foi verificando uma a uma, procurando nem ela sabia bem o quê. Qualquer coisa, que pudesse utilizar como uma prova.
Não encontrou nada. Passou a mão pela testa, e suspirando dirigiu-se para a porta.
Tinha sido uma estupidez, pensar que poderia encontrar alguma coisa ali “à mão de semear”.
As provas se as havia, e ela acreditava que sim, estariam bem guardadas no cofre, e fora do seu alcance.
Uma lágrima rolou pelo seu rosto, e ela limpou-a com raiva. Lembrou-se do pai. Do seu olhar triste, do tremor das suas mãos, segurando as dela, e jurando-lhe inocência. Ela acreditava nele. Sabia que estava inocente. Mas estava há quase quatro anos, preso por desfalque. Fora condenado a dez anos, tinha ainda quase dois até chegar a meio da pena e tentar ganhar a liberdade condicional. Seu pai, era o contabilista daquela firma. E dela tinha desaparecido mais de meio milhão de euros. E os livros tinham sido rasurados, para emendar as contas. O que como era óbvio condenou o pai. Ele jurara que não o tinha feito, mas era evidente que quem o fizera,soubera bem como fazer, para o incriminar.  
Sandra sentia-se revoltada, queria provar a inocência do pai, mas não sabia como fazê-lo, por onde começar, nem de quem desconfiar, pois segundo o pai, haveria várias pessoas que o podiam ter feito. Porém quando soubera que Gabriel Santana, comprara a parte do seu sócio, e era agora o único dono da empresa, começou a pensar que teria sido ele a desviar aquela importância, para fazer com que o sócio lhe vendesse a sua parte. Daí até se candidatar ao lugar de secretária, quando viu o anúncio, foi apenas questão de minutos. Felizmente para ela, a entrevista correra muito bem, sempre foi uma profissional competente e dedicada, como o atestava o seu anterior patrão, e não foi difícil conseguir o lugar.

15 comentários:

Majo Dutra disse...

Vai ser um conto estupendo e muito atual.
Gostei.´
Abraço
~~~~~~

Isa Sá disse...

A passar para acompanhar a história.


Isabel Sá
Brilhos da Moda

Joaquim Rosario disse...

bom dia
como se costuma dizer .
afinal havia outra.
vai ser com certeza um grande conto.
JAFR

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Estou a gostar deste começo.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Cantinho da Gaiata disse...

Estou a gostar do desenrolar, vai ser mais um lindo conto.
Beijinho grande

chica disse...

Interessante e sempre bombástico tema...As falcatruas... Legal de ler! bjs, chica

Edum@nes disse...

Dinheiro e sempre o dinheiro. É que dá origem às falcatruas. Pode ser que Sandra, para provar a inocência do seu pai, descubra quem foi que se apoderou do dinheiro!a

Tenha um excelente dia amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

António Querido disse...

Não tarda para começarem a dançar o tango à média luz!

O meu abraço neste dia de sol brilhante.

Blog da Gigi disse...

Passando pra desejar um ótimo dia! Beijos

Anete disse...

O 2o capítulo tá muito bom, esclarecendo os "porquês" da secretária...
Aguardo a continuação...
Beijinhos...

Pedro Coimbra disse...

Uma mulher em busca de Justiça.
Bfds

Gaja Maria disse...

Logo vi que havia aqui mistério :))

redonda disse...

Não estava à espera deste desenvolvimento...

Rosemildo Sales Furtado disse...

É, a coisa tomou um rumo diferente do que eu pensava. Estou gostando e ficando curioso.

Abraços,

Furtado

Lua Singular disse...

Oi Elvira
Você é uma ótima contista.
A filha haverá de encontrar as provas.
Beijos
Lua Singular