Voltou a olhar pela janela. Lá fora, a azáfama era
grande. A fila de pessoas na paragem em frente, era enorme, pese os autocarros
que iam chegando e partindo. Depois de um dia de trabalho, toda a gente se apressava para
regressar a casa. Ficou pensando, se aquelas pessoas que na fila em frente, se atropelavam para ganhar um lugar no autocarro, teriam tanta
pressa de regressarem, se em casa não houvesse ninguém à sua espera.
Ele, nunca tinha pressa de regressar ao seu apartamento,
que cada dia lhe parecia mais frio e solitário. Aquela hora, decerto que o
irmão já estaria em casa, junto de Ana Clara e dos seus dois filhos.
Durante os cinco anos que se passaram desde que o irmão
se casara, Salvador tentara manter-se o mais à margem possível da casa do irmão. Visitara o casal quando do nascimento dos sobrinhos, e pelas
festas em que não se pôde escusar, como no aniversário das crianças ou no
Natal. Apesar de tudo, adorava os sobrinhos e desejava a felicidade do casal. Claro que de vez em quando visitava o irmão. Ou era visitado por ele. Nos seus respetivos escritórios.
Talvez, porque no seu coração tivesse apagado qualquer ressentimento contra o irmão, e o seu desejo de os ver felizes fosse sincero, ele se encontrava naquele dilema, que o desesperava.
Talvez, porque no seu coração tivesse apagado qualquer ressentimento contra o irmão, e o seu desejo de os ver felizes fosse sincero, ele se encontrava naquele dilema, que o desesperava.
O que o preocupava daquela maneira, acontecera quando na véspera se dirigia do tribunal
para o seu escritório. O trânsito era intenso e o carro rodava lentamente, e não raras vezes parava, quando a sua atenção se fixou num casal que seguia pelo passeio, junto à estrada.
Mesmo de costas, aquela figura, era inconfundível para o homem que a trouxera no coração, durante tanto tempo. Tratava-se da sua cunhada Ana Clara, mas o homem que
lhe enlaçava os ombros, não era o seu irmão.
O carro rodou mais um pouco e parou no sinal vermelho. Salvador apertou o
volante com tanta força que os nós dos dedos, ficaram brancos, quando o casal
se dirigiu ao número setenta e sete. Ele encostou a mão à porta, e ela abriu-se, provando que estava só encostada.
Afastando-se para que ela entrasse primeiro, o homem disse qualquer coisa. Ana Clara riu-se e voltou-se para a estrada, como se estivesse observando o que ele lhe dissera, e depois entrou seguida do homem. Salvador ficou ali parado, o rosto pálido, as mãos a tremer, sem reparar que o sinal abrira e que os condutores atrás de si buzinavam desesperados.
Afastando-se para que ela entrasse primeiro, o homem disse qualquer coisa. Ana Clara riu-se e voltou-se para a estrada, como se estivesse observando o que ele lhe dissera, e depois entrou seguida do homem. Salvador ficou ali parado, o rosto pálido, as mãos a tremer, sem reparar que o sinal abrira e que os condutores atrás de si buzinavam desesperados.
Só “acordou” quando o condutor atrás de si saiu do carro
e lhe bateu no vidro. Arrancou no momento exato em que o sinal voltou a ficar
vermelho.
Nem soube como chegou ao escritório, sem sofrer nenhum
acidente. Fechou-se no seu gabinete e ligou à cunhada. Atendeu ao quinto toque.
Com a mesma simpatia de sempre, desculpou-se. A empregada fora fazer umas
compras e ela estava a dar o lanche aos filhos. Ele inventou uma desculpa e
desligou. Afundou-se no cadeirão e escondeu o rosto entre as mãos.
Sentia-se esmagado, como se um trator lhe tivesse passado por cima. Como era possível tanta hipocrisia?
BOLAS! PARECE QUE O SALVADOR TEM RAZÃO PARA ESTAR DESCONCENTRADO.
BOLAS! PARECE QUE O SALVADOR TEM RAZÃO PARA ESTAR DESCONCENTRADO.
E A LISTA DE NOMES SUGERIDOS AUMENTOU
O filho Pródigo
A lei e a vida
O tribuno
A força da Lei
Disputa de irmãos
Amor e direito
Duelo entre amigos
A balança da lei
Defesa transcendente
Prova da inocência
A verdade vencerá
Sucesso, meu irmão
Aliança
Tenacidade e coragem
Audácia
Deus escreve direito por linhas tortas
Julgamento decisivo
A carreira não é tudo.
A sentença
Nos caminhos da lei
Encruzilhada
Entre o amor e o rigor
O processo.
O filho Pródigo
A lei e a vida
O tribuno
A força da Lei
Disputa de irmãos
Amor e direito
Duelo entre amigos
A balança da lei
Defesa transcendente
Prova da inocência
A verdade vencerá
Sucesso, meu irmão
Aliança
Tenacidade e coragem
Audácia
Deus escreve direito por linhas tortas
Julgamento decisivo
A carreira não é tudo.
A sentença
Nos caminhos da lei
Encruzilhada
Entre o amor e o rigor
O processo.
21 comentários:
«Destino Traçado» parece-me agora o título mais aconselhável, pois adivinho que a Elvira vai inventar um castigo bem cruel para a malvada da cunhada.
Nem sempre o que parece é
Para lá do que os olhos vêem
Ele está a precipitar-se, deve ser algo inocente ou então...
ela pode ser uma sócia da Ana Clara, o verdadeiro amor da vida dele e ele vai ter uma oportunidade de a conquistar!
Agora para sugerir mais títulos, vou buscar os que escrevi lá em baixo e olhar de novo para os que já estão
A Força da Lei
Culpado ou Inocente
A Justiça dos homens
Fez-se Justiça
Amor no tribunal (estou à espera que haja um romance)
Entre a lei e o amor
A filha perdida (podia ser a irmã gémea da Ana Clara raptada em bebé)
A culpada inocente (a dupla da Ana Clara)
E amanhã volto para ler mais um capítulo e ver mais títulos, espero
um beijinho e boa noite
ao reler o que escrevi em cima, sorry, em cima não era sócia, mas sósia :)
Cherchez la femme.
Porque não?
Estou adorando, aguardo o próximo capitulo.
Boa semana!
Beijos Elvira.
a passar para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Estou a gostar e a lista vai aumentando.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Imaginando aqui que era alguém muito parecida com a cunhada, mas não ela... Vamos ver! Adorando! bjs, chica
Bom dia!
Estou adorando querida Elvira!
Abraços.
Afinal o que é que a cunhada pela qual Salvador parece continuar apaixonado fazia na companhia de um homem que não era o seu marido? Sugiro, o titulo "Traição"!
Tenha um bom dia amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Continua aqui um suspense em alta dose...
Vamos ver o título que escolherá!
Um abraço carinhoso
Costumo dizer que a vida manda muito e nem sempre somos nós que temos o poder de escolha por isso, não sei, mas... " coisas da vida " ??? " desilusões " Elvira, vais acabar por encontrar um título, pois és a pessoa mais indicada para isso. Beijinhos
Emilia
E não é que concordo com o Tintinaine!!!
bjoca
Huuuum ! :(... Agora é que as coisas se complicaram e lhe vão tirar a serenidade !
Uma traição dói muito, mesmo tratando-se do irmão ! ... mas creio que isto não passará de uma coincidência, de um tipo de amizade natural e que ela tenha entrado naquela casa por um qualquer motivo que não implique traição alguma ! (?) ...
Abraço, Elvira.
Espero que ele esteja enganado por tratar-se de uma pessoa muito conhecida, ou irmã gêmea da Ana Clara.
Abraços,
Furtado
Oi Elvira
Foi um engano, eu mesma fui a tantos bailes na fazenda.kkk. Era minha irmã pois fui criada por minha tia.( Éramos muito parecidas)
Beijos
no coração
Lua Singular
Já estou desejando passar para a outra postagem.
Será que ele não confundiu?
Cenas dos próximos capítulos....
Beijinho e até já
Oh, já há um amor não correspondido e agora traição. Ingredientes que prometem...
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