- “Suana”
-Chama-se Susana a tua boneca?
-Sim.
- Depois explico-te - disse Isabel ao ver o marido franzir
as sobrancelhas.
Ele aproximou-se e disse-lhe:
-Tens as torradas frias. Vai comer que eu acabo de lhe
dar a papa.
- Depois faço outras, e comemos juntos, - respondeu. -
Queres torradas, ou preferes filhoses.
- Torradas. Os doces, só à sobremesa, senão tenho de
passar o resto do ano no ginásio, - disse sorrindo.
A menina acabara de comer. Isabel pôs o prato na mesa, limpou
a boca da criança, tirou-lhe o babete, desapertou o cinto e ia tirá-la para a
por no chão mas Ricardo apressou-se a pegar-lhe ao colo.
- O pai hoje ainda não ganhou um beijo da sua
Princesa.
A menina deu-lhe um beijinho rápido, ansiosa para ir
brincar. Ricardo fez-lhe a vontade. Depois foi à sala, trouxe o cavalinho de baloiço para
a cozinha e ela apressou-se a montá-lo.
Ricardo sentou-se à mesa e encheu dois copos de sumo de
laranja, enquanto Isabel punha manteiga nas novas torradas.
-Porque é que a boneca se chama Susana? – perguntou em
voz baixa
- Parece que a amiguinha com quem brinca no parque se
chama assim. E como é a única amiga que tem…
-Bom, por mim não tem importância, mas não te custa?
- Já não é tão doloroso. O tempo ensina-nos a viver com a
recordação. Minha mãe sempre dizia, que quando Deus fecha uma porta, abre uma
janela. Quero muito acreditar nisso.
-E a Matilde é essa janela?
-É.
- Está um dia lindo, depois do almoço, pudemos ir dar uma
volta até Cascais ou Sintra, - disse Ricardo mudando de assunto. Gosto de ver o
mar.
-Esqueces que temos convidados?- perguntou Isabel.
- E daí? Decerto eles vão gostar mais de passear do que
ficar o dia inteiro em casa. Ou não te apetece sair?
-Claro que sim. Eu também gosto de ver o mar. Faz-me
sentir em paz comigo e com o mundo, e até esquecer preocupações.
- O que te trás preocupada?
- A Natália. Já te disse, que ela tem sido como uma mãe para
mim. Com o nosso casamento e a minha saída do prédio, fica muito só.
-A mim parece-me que não será por muito tempo. Ela e o
Artur andam muito entusiasmados.
-É disso que tenho medo. Que por solidão, ela se envolva
numa relação que a faça sofrer.
Tinham terminado o pequeno-almoço, e ambos se levantaram.
Ela começou a tirar a loiça da mesa, e ele ligou a máquina do café.
-Parece-me minha querida, que te sentes fadada para
carregar o mundo nas costas. A Natália e o Artur, são adultos, têm mais do que
idade para saberem o que querem e o que fazem. Se tiverem que ser felizes, são,
e se tiverem que sofrer, sofrem. Tu não podes fazer nada para o evitar, não
tens qualquer interferência no destino deles. Por isso, põe um sorriso nesse
rosto lindo e deixa de te preocupar - disse colocando as chávenas de café na mesa.
No chão, Matilde alheia à conversa dos adultos, saíra do
cavalinho para embalar nele os seus amiguinhos “Bias “ e “Suana”.
O meu pc foi hoje para a oficina, mas o técnico diz que só quarta feira me dirá se vale a pena ou não arranjar, pois se a avaria for grande o melhor será comprar um novo já que aquele já é muito velhinho.
Ter que escrever qualquer coisa, como este aviso no Smartphone, para mim que sou um calhau com olhos nestas coisas. é uma aventura.
O meu pc foi hoje para a oficina, mas o técnico diz que só quarta feira me dirá se vale a pena ou não arranjar, pois se a avaria for grande o melhor será comprar um novo já que aquele já é muito velhinho.
Ter que escrever qualquer coisa, como este aviso no Smartphone, para mim que sou um calhau com olhos nestas coisas. é uma aventura.