Isabel abriu a porta e conduziu-o para a sala.
- Senta-te. Desculpa, não tenho bebidas alcoólicas, mas
posso oferecer-te um café.
-Obrigado mas acabei de jantar. Prefiro que me digas o que decidiste.
- Antes de te dar uma resposta temos que esclarecer
alguns pontos. Disseste que o casamento será real e não apenas nominal. É
assim?
- É. Disse-te que seremos uma família.
- E como sabes, se somos compatíveis? Imagina que casamos
e não consigo ter intimidade contigo. Já pensaste nisso? Ou acreditas que és tão
irresistível, que não há hipótese de isso acontecer?
- Bom, e onde é que isso nos leva? Queres que façamos a
experiência, antes de me dares a tua resposta?
- De modo algum – apressou-se a dizer vermelha que nem papoila. – Mas quero que me beijes. Porque se não formos compatíveis com um simples beijo, não haverá casamento, ou pelo menos não tal como o desejas.
Tinha razão. Por muita vontade que ele tivesse de formar
uma família, (e pensava nisso todos os dias, depois da conversa com Artur) e dar um lar à menina, se entre os dois não houvesse química, um
casamento estava fora de questão. Pôs-se de pé e avançou para ela. Apesar do
seu metro e oitenta e quatro, não era muito mais alto que Isabel que ultrapassava o metro e setenta. Rodeou-lhe a
cintura com um braço e puxou-a para si. Com a outra mão segurou-lhe o queixo e aproximou o rosto do seu. Por uma fração de segundo os seus olhos encontraram-se. Ele queria ler nos olhos dela, expetativa, desejo, algum sentimento que lhe desse uma ideia do que aquela proximidade lhe provocava, mas ela fechou-os e aguardou, os lábios trémulos, o corpo tenso, o momento que se aproximava. Por um momento, ele receou que o seu beijo não fosse tão bom quanto ela desejava. O teste era muito importante para o futuro dos dois, e ele desejava que corresse bem.
Com uma ligeira pressão, fez com que os corpos se tocassem. Ela conteve a respiração e entreabriu os lábios. Ele inclinou a cabeça, e beijou-a. Não um beijo apaixonado, mas um suave roçar dos lábios inicial, para depois intensificar o beijo, brincando com os seus lábios, provocando e tentando dar-lhe o máximo prazer.
De súbito com um suspiro o corpo dela, qual leão adormecido, que desperta faminto, fez com que levantasse os braços para lhe acariciar a nuca, enquanto se roçava descarado no corpo masculino.
Ele aprofundou então o beijo, a sua língua invadiu a boca feminina, saboreando a sua doçura, mas a reação foi tão intensa que logo se arrependeu. O que era aquilo? Jamais um simples beijo o excitara tanto. Sentiu um desejo tão forte, que a sua vontade era deitá-la no sofá e fazer amor até cair de cansaço. Aquilo nunca lhe acontecera antes, com qualquer mulher, e ele tivera muitas nos últimos anos. O mais suavemente que pôde, afastou a jovem que protestou relutante. Voltou-lhe as costas e caminhou até à janela. Não queria que ela visse o estado de excitação em que se encontrava. Durante largos segundos ficaram em silêncio, cada um tentando digerir as emoções que aquele beijo despoletara.
Com uma ligeira pressão, fez com que os corpos se tocassem. Ela conteve a respiração e entreabriu os lábios. Ele inclinou a cabeça, e beijou-a. Não um beijo apaixonado, mas um suave roçar dos lábios inicial, para depois intensificar o beijo, brincando com os seus lábios, provocando e tentando dar-lhe o máximo prazer.
De súbito com um suspiro o corpo dela, qual leão adormecido, que desperta faminto, fez com que levantasse os braços para lhe acariciar a nuca, enquanto se roçava descarado no corpo masculino.
Ele aprofundou então o beijo, a sua língua invadiu a boca feminina, saboreando a sua doçura, mas a reação foi tão intensa que logo se arrependeu. O que era aquilo? Jamais um simples beijo o excitara tanto. Sentiu um desejo tão forte, que a sua vontade era deitá-la no sofá e fazer amor até cair de cansaço. Aquilo nunca lhe acontecera antes, com qualquer mulher, e ele tivera muitas nos últimos anos. O mais suavemente que pôde, afastou a jovem que protestou relutante. Voltou-lhe as costas e caminhou até à janela. Não queria que ela visse o estado de excitação em que se encontrava. Durante largos segundos ficaram em silêncio, cada um tentando digerir as emoções que aquele beijo despoletara.
-Creio não haver dúvidas sobre a nossa compatibilidade. A
química entre nós não podia ser maior – disse por fim voltando
para o sofá. – Então vamos lá saber o que decidiste.
- Sem problema. Se me conhecesses, saberias que considero a traição a coisa mais abjeta da vida.
-Muito bem. O casamento terá que ser o mais intimo possível, uma ida ao registo com as testemunhas exigidas por lei, e nada de lua-de-mel.
25 comentários:
A Elvira sempre arranja uns casamentos sui generis . :-)
Boa noite, bom descanso
Testes só conhecia os de ordem médica ou de pedagogia.
Desta natureza - a fugir para a «demagogia» - é coisa que jamais li ou tive conhecimento que existissem.
Como se diz na minha terra: "Que se albarde o burro à vontade do dono"...
Noite santa e descansada! :)
Muito bom mais esse capítulo e nem precisamos esperar diferente.Sempre belos enredos aqui na Elvira! bjs, chica
Elvira, bela trama para a arte do argumento!PParabéns!
Isaias
A cachopa é complicada!!! :)))
Boa semana
Bom dia
Acho que poucos estariam á espera desta forma de testar o casamento , no entanto pode ser que venha a resultar .
Vamos esperar !!
JAFR
É brava a moça, hein!
Bem, Elvira, este capítulo esquentou...
Venham mais, sem testes inesperados.
Beijo, boa semana.
Está a ficar interessante, aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Um tanto surreal, este beijo-teste, mas a vida real também se me tem vindo a mostrar fértil em situações surreais...
Forte abraço e uma excelente semana, Elvira.
Ai....Ai .....
Aquele beijo vai ter muito para nos contar,
Beijinhos e uma Boa Semana
A passar para acompanhar a história e desejar uma boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Ei lá mas o clique acho que se deu:))
Hoje:- Quando a minha alma naufragar...
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
:) muito bem. Aí está um bom começo.
Abraço Elvira
Olá amiga, como está? Espero que quase boa. Estou a adorar a história e com uma química dessas vai mesmo aquecer e até irá dar frutos com certeza. Estou a adorar e fico á espera do próximo capítulo. Beijinhos 😘😘😘
Felizmente na vida real não vejo casamentos como os que nos apresenta, mas "Que los ha los ha"!!!
Um abraço e uma boa semana.
Pelos vistos o beijo convenceu Isabel, casar com Ricardo mas nada de luas de mel?
Tenha uma boa tarde de Segunda-feira amiga Elvira. Um abraço.
Que importa a falta da lua de mel, se poderão existir outras tantas luas? Rsrs. Gostando e aguardando os acontecimentos.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Opa, o romance está ficando quente, achei bem interessante a proposta dela/beijo... Rsss! Não é que dará num grande 💗 amor!
Relacionamento por conveniência, com acordos questionantes...
Um abraço...
Boa noite Elvira,
Será que na vida real também haverá casamentos assim?
Estou a gostar do desenrolar do romance entre os dois.
Um beijinho.
Ailime
... A Atracão fatal! Loool
Vou parar por um curtinho período de tempo.Voltarei assim que me seja permitido
Beijos. Boa noite
Estou a adorar esta historia
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - HUMOR NEGRO...
Gostei da atitude de Isabel ao pedir o beijo, sem química o relacionamento não vai...
O beijo pode fazer a diferença... Bj
Uauuuuuuuuuuuuuu até eu fiquei trêmula nesse capítulo ardente!
Beijos!
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