-Com dificuldade, mas o Jorge está confiante de que vão melhorar em breve.
As duas encontravam-se sentadas à mesa do restaurante,
aguardando que o empregado lhes trouxesse o polvo à lagareiro que tinham pedido
para o almoço.
- Tem uma venda já sinalizada e um cliente muito interessado
numa propriedade que lhe vai render um bom dinheiro, - continuou Cidália.
Entretanto vendi algumas das jóias que ele me foi oferecendo nestes anos, para
que pudesse pagar aos empregados este mês. Porque tal como te disse ele foi devolver
o cheque ao António Ferreira.
- E como é que ele reagiu? – perguntou interessada.
- Teu pai não me quis contar o que se passou. Só que deixou
lá o cheque, e não quis falar mais do assunto.
O empregado chegou com os pratos e as duas aguardaram que
ele se afastasse para continuarem a conversa.
-Cidália, se o pai precisar de algum dinheiro nestes
primeiros tempos, como te disse eu não tenho muito, mas o que tenho está à
vossa disposição.
- Obrigada, mas não será preciso. Sem a maléfica
intervenção do António Ferreira, as coisas vão voltar ao que eram. Até porque a
crise parece ter terminado, a procura de casas cresce de novo.
Já tinham terminado a refeição, e esperavam o café, quando
alguém parou perto da sua mesa dizendo.
-Mas é a nossa amiga Paula!
A jovem olhou e viu Gabi e o marido que se preparavam para
se sentar na mesa ao lado. Cumprimentaram-se de modo cordial, e Paula apresentou
Cidália, aos novos amigos. Depois perguntou por Pedro.
-Está em Sintra, com o meu irmão. Adora a piscina e o tio.Temos que nos encontrar um dia, tenho tanta coisa para te
contar.
- Telefona quando quiseres, - respondeu Paula, pedindo a
conta ao empregado que acabava de por na mesa o café.
Pouco depois despediam-se do casal e dirigiam-se ao
supermercado onde iam fazer as compras.
- Muito simpática a Gabi. Nem parece irmã de quem é,
- comentou Cidália.
- Pese tudo o que ele fez ao pai, o António é uma boa
pessoa. Tu não o conheces, mas eu lidei com ele enquanto preparava a festa da
irmã, e tive oportunidade de o conhecer.
- Quanto entusiasmo, Paula. Se não te conhecesse diria
que estás apaixonada por ele.
-Que disparate. Sabes que tento sempre ser justa. O meu
pai foi muito injusto com ele. Mais do que isso, foi cruel. Daí o seu desejo de vingança.
Mas como no fundo é boa pessoa, acabou por desistir.
-É isso que me admira. Tanto trabalho para desistir sem
mais nem menos. Tens de admitir que é muito estranho.
-Sabes que não foi sem mais nem menos, Fizemos um acordo.
Eu cumpri a minha parte, ele a parte dele, como é usual entre pessoas de bem.
Já tenho tudo o que precisava. Vamos para a caixa? - perguntou sem transição.
12 comentários:
A autora vai aumentando o suspense já perto do fim, como é normal.
Veremos o que acontece quando os dois personagens principais desta história, se voltarem a encontrar e olharem olhos nos olhos.
Um abraço, Elvira! :)
Eles fazendo acordos e nós acompanhando e esperando...beijos, chica
Pois, muito interessante. este capitulo ;))
Hoje :-As estradas são como os sentimentos, inconstantes
Bjos
Votos de uma óptima noite
Aguardamos o desfecho desta história. Será que desta vez não vai ter um final feliz?
Por algum motivo será,
se Paula não o esquece
António por onde andará
que em cena não aparece?
Tenha uma boa noite amiga Elvira. Um abraço.
Gostei muito deste capitulo, vamos ver como isto termina
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - SEXO COM CULTURA
Há comentadores que já esperam pelo final. E até pedem um final feliz.
Eu estou muito paciente e não me importo de esperar. Venha mais um (ou dois) capitulo para ver se o apaixonado reaparece.
Boa noite Elvira,
Outro bonito episódio.
Aguardando o desenrolar com muito interesse.
Beijinhos,
Ailime
Ela não parece muito perspicaz...
Santinha!!! :)))
Abraço
Estamos esperando o desfecho da história e a amiga Elvira, vai acrescentado mais uns capítulos...hehe.
Bjs
Bom dia
A Paula não está a ser muito sincera nas palavras em relação ao que sente , mas temos de esperar como vai ser o futuro .
JAFR
Cá estou, como diariamente tenho estado, a acompanhar o desenrolar desta sua novela, Elvira.
Esperando que a sua funcionalidade ocular venha em breve a recuperar, deixo-lhe o abraço de sempre.
Maria João
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