- Agora vem a parte mais difícil, porém sinto que tenho de te contar tudo, para que nenhum
fantasma possa assombrar-nos no futuro. Como dizia, resolvi apostar no teu amor
pela tua mãe e pelo Pedro, para te propor o casamento tal como tu sabes. Na
altura resolvi impor o prazo de dois anos, pensando que dois anos era tempo
suficiente para me tornar no pai adotivo do Pedro e ganhar o seu amor. Se
depois de dois anos te quisesses divorciar, eu contava ganhar a guarda dele,
por ter muito melhores condições financeiras que tu. Sim querida, era uma
canalhice, mas naquela altura eu pensava que no caso de divórcio, te tiraria a
guarda dele. Tal como eu esperava, tu aceitaste as condições impostas e avancei com o
casamento. Estava convencido que só o menino me interessava. Não foi assim. Hoje
ao pensar no que sucedeu a seguir ao nosso casamento, sei que já nessa altura
tinhas derrubado as minhas defesas. Tu não fazes ideia de como eu te desejava. Já me
conheces, sabes como sou sexualmente ativo. Desde o dia que combinámos o
casamento, não voltei a ter uma mulher. Tinha deixado bem claro o que pretendia do nosso matrimónio, e no entanto respeitei a tua dor e o teu tempo, naquela e em todas
as noites que se seguiram. Achas que o faria se não me importasses? Estava tão
preocupado em não dar a nenhuma mulher, o poder de me fazer sofrer,
que me convenci que o amor não existia, e não soube reconhecê-lo. Dizia a mim mesmo, que o que nos ligava era só sexo, e que o sexo era uma necessidade fisiológica, nada tinha a ver com amor. Apenas me comecei a questionar em relação aos meus sentimentos, quando notei que estavas diferente. Comecei a pensar que te tinhas cansado da vida que tinhas, e querias por fim ao casamento. Só então me dei conta de
como tinhas entrado no meu coração, e de como és importante para mim. Agora que
já sabes na verdade quem sou, e como sou, com todos os meus defeitos, talvez possas
contar-me o que te aflige.
- Pese a patifaria que pensaste fazer-me, e agradeço-te teres sido sincero, a verdade, é que comigo sempre foste gentil. Apesar dos
meus vinte e nove anos, eu era uma menina que tinha passado por uma experiência
terrível, e que nada sabia dos jogos do amor. A tua atitude entrou no meu
coração e ele encheu-se de amor por ti. Mas os meses passaram, e tu não davas nenhum
sinal de teres qualquer sentimento por mim que não fosse o cumprimento rigoroso
do que tinha sido assinado naquele maldito acordo pré-matrimonial. Parecia que
para ti só importava o Pedro e agora percebo que afinal era ele que tu querias,
e não eu.
- Não...
- Chiu! Agora sou eu que te peço, deixa-me continuar. Se é hora de abrir a alma e alijar mágoas, que o seja para os dois. Eu estava perdidamente apaixonada, mas tu não me davas nada a não ser as horas loucas na cama. Eu ansiava por amor e tu davas-me presentes, dinheiro e sexo. Suponho que seja o que qualquer homem dá à amante, não à sua esposa. Convidavas-me a acompanhar-te nas viagens, mas não me falavas dos teus projetos, muito menos dos teus sonhos. Nunca me disseste se estavas feliz, se querias ter mais filhos, nunca me disseste uma palavra que trouxesse alguma esperança ao meu coração enamorado. Daí que eu todo este tempo, eu nunca me senti verdadeiramente como tua mulher, mas sim como algo que tu compraste. E é isso que me transtorna e me atormenta.
Bom amigos, devem ter verificado que nos últimos dias têm saído dois capítulos por dia. Isso aconteceu porque eu queria que esta história terminasse dia de Santo António. Daí que felizes ou infelizes, o Pedro e a Joana vão dizer-nos adeus amanhã. Amanhã é dia 13 e dizem os supersticiosos que é dia de azar. Será que a história vai acabar mal?
FELIZ DIA DOS NAMORADOS para os/as amigos/as do outro lado do Atlântico.
- Não...
- Chiu! Agora sou eu que te peço, deixa-me continuar. Se é hora de abrir a alma e alijar mágoas, que o seja para os dois. Eu estava perdidamente apaixonada, mas tu não me davas nada a não ser as horas loucas na cama. Eu ansiava por amor e tu davas-me presentes, dinheiro e sexo. Suponho que seja o que qualquer homem dá à amante, não à sua esposa. Convidavas-me a acompanhar-te nas viagens, mas não me falavas dos teus projetos, muito menos dos teus sonhos. Nunca me disseste se estavas feliz, se querias ter mais filhos, nunca me disseste uma palavra que trouxesse alguma esperança ao meu coração enamorado. Daí que eu todo este tempo, eu nunca me senti verdadeiramente como tua mulher, mas sim como algo que tu compraste. E é isso que me transtorna e me atormenta.
Bom amigos, devem ter verificado que nos últimos dias têm saído dois capítulos por dia. Isso aconteceu porque eu queria que esta história terminasse dia de Santo António. Daí que felizes ou infelizes, o Pedro e a Joana vão dizer-nos adeus amanhã. Amanhã é dia 13 e dizem os supersticiosos que é dia de azar. Será que a história vai acabar mal?
FELIZ DIA DOS NAMORADOS para os/as amigos/as do outro lado do Atlântico.
16 comentários:
Postas as cartas na mesa. Cada um por si amando o outro. Tem tudo para dar certo, irem jantar, dançar, não sem antes deixarem uma bomba de alegria nas avós, dando-lhes noticia que um novo membro vem a caminho.
Bom dia Elvira
Confio no meu gosto pelo dia 13. Sempre gostei e pra mim é sorte. Tomara acabe bem! Vamos aguardar! bjs, lindo dia! chica
Haha, isso nem se pergunta amiga Elvira, claro que vai acabar mesmo ao meu jeito.
Vou esperar calma e serena até ao próximo capítulo, ufffa.
Bjs
As confidências vão aproximá-los!
bj
Ai minha nossa. A história tem de acabar bem. Já nem sei, o Santo pode virar-se contra o feiticeiro. Hummm Oxalá que não. :)))
Hoje: -Careço das tuas palavras de conforto .
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira
Vai acabar bem,tudo caminga para isso
O azar não acontece só no dia treze. Acontece noutro dia qualquer. É como o amor que não se conquista. O amor acontece. Pedro não acreditava no amor. Casou com Joana para adoptar o filho de sua irmã. Depois de o adaptar e decorridos dois anos, após o casamento, dava-lhe um pontapé no traseiro. Sai da minha vida Joana. Todavia, não foi como ele em princípio pensava. Agora confessa-se um homem apaixonado pela mulher que tudo indica também o ama. Isso só podem ser dias de felicidade e não dias de azar?
Tenha um bom dia amiga Elvira.
Um abraço.
Gostei que tivesse sido o Pedro a dar o primeiro passo no esclarecer dos sentimentos, uma vez que foi ele a propôr essa cláusula no casamento de conveniência.
Se Joana já se confessa, por sua vez, também enamorada do marido, não vejo o que possa dar errado neste relacionamento.
Bora lá meter Santo António na história e abençoar o casal.
Há lá coisa mais bela do que amar e ser-se amado/a?
Um abraço e que acabe tudo em bem.
Nem o Santo lhe perdoaria, Elvira! :)
Mais um excelente episódio, escolheu bem o dia para finalizar, embora vá sentir saudade :))
Beijo e uma excelente semana
Olá Elvira, agradezo o seu paso polo meu blog. A historia vai acabar bem! O que non sabía era que fose san valentín o 13 de xuño alá no Brazil, entendi bém? Ainda que día de amor é sempre. Estou outra vez con Pessóa, que dicía que o amor non existe. Que remate bem a historia e, se podo, pasarei a ver o seu final. Aperta grande.
Boa noite Elvira,
Gosto da forma bela e intensa com que escreve e este diálogo entre os dois comprova-o.
Muito bom!
Acho que vão ficar juntos para sempre e ele ao saber da noticia de que vai ser pai ainda mais apaixonado vai ficar!
Beijinhos e bom Santo António.
Ailime
Boa noite, querida amiga Elvira!
Sei que santo Antonio vai amenizar tudo... é o santo casamenteiro... eu confio!
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm fraterno de paz e bem
Santo António vai dar uma mãozinha para tudo acabar em bem
Bjs
Hoje em Caminhos Percorridos - CAMINHAR NO TEMPO
A história está bem encaminhada para um fim em beleza. Aposto que vai terminar assim:
- ... e viveram felizes para sempre!
Sei que os capítulos finais já foram postados, mas estou na sequência lendo, me deliciando com essa história capítulo por capítulo e acredito que essa história terá um final feliz.
Abraços!
Oi ELVIRA!
Estou comentando pelo cel.e está muito ruim. Vou comentar só no final.
abrçs
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