O advogado chegou e ela introduziu-o no gabinete. A reunião durou pouco mais de vinte minutos, não devia ser nada sério, já que ela não foi chamada, para tomar qualquer nota. Depois saíram os dois.
Sandra terminou os documentos que ele lhe pedira e entrou
no gabinete para os deixar em cima da secretária.
Com mãos trementes, experimentou as gavetas. Estavam
abertas.
Febrilmente foi verificando uma a uma, procurando nem ela
sabia bem o quê. Qualquer coisa, que pudesse utilizar como uma prova.
Não encontrou nada. Passou a mão pela testa, e suspirando
dirigiu-se para a porta.
Tinha sido uma estupidez, pensar que poderia encontrar
alguma coisa ali “à mão de semear”.
As provas se as havia, e ela acreditava que sim, estariam
bem guardadas no cofre, e fora do seu alcance.
Uma lágrima rolou pelo seu rosto, e ela limpou-a com
raiva. Lembrou-se do pai. Do seu olhar triste, do tremor das suas mãos,
segurando as dela, e jurando-lhe inocência. Ela acreditava nele. Sabia que
estava inocente. Mas estava há quase quatro anos, preso por desfalque. Fora condenado
a dez anos, tinha ainda quase dois até chegar a meio da pena e tentar
ganhar a liberdade condicional. Seu pai, era o contabilista daquela firma. E dela
tinha desaparecido mais de meio milhão de euros. E os livros tinham sido
rasurados, para emendar as contas. O que como era óbvio condenou o pai. Ele
jurara que não o tinha feito, mas era evidente que quem o fizera,soubera bem como fazer, para o incriminar.
Sandra sentia-se revoltada, queria provar a inocência do
pai, mas não sabia como fazê-lo, por onde começar, nem de quem desconfiar, pois
segundo o pai, haveria várias pessoas que o podiam ter feito. Porém quando
soubera que Gabriel Santana, comprara a parte do seu sócio, e era agora o único
dono da empresa, começou a pensar que teria sido ele a desviar aquela
importância, para fazer com que o sócio lhe vendesse a sua parte. Daí até se
candidatar ao lugar de secretária, quando viu o anúncio, foi apenas questão de minutos. Felizmente para ela, a entrevista correra muito bem, sempre foi uma
profissional competente e dedicada, como o atestava o seu anterior patrão, e
não foi difícil conseguir o lugar.
15 comentários:
Vai ser um conto estupendo e muito atual.
Gostei.´
Abraço
~~~~~~
A passar para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
bom dia
como se costuma dizer .
afinal havia outra.
vai ser com certeza um grande conto.
JAFR
Estou a gostar deste começo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Estou a gostar do desenrolar, vai ser mais um lindo conto.
Beijinho grande
Interessante e sempre bombástico tema...As falcatruas... Legal de ler! bjs, chica
Dinheiro e sempre o dinheiro. É que dá origem às falcatruas. Pode ser que Sandra, para provar a inocência do seu pai, descubra quem foi que se apoderou do dinheiro!a
Tenha um excelente dia amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Não tarda para começarem a dançar o tango à média luz!
O meu abraço neste dia de sol brilhante.
Passando pra desejar um ótimo dia! Beijos
O 2o capítulo tá muito bom, esclarecendo os "porquês" da secretária...
Aguardo a continuação...
Beijinhos...
Uma mulher em busca de Justiça.
Bfds
Logo vi que havia aqui mistério :))
Não estava à espera deste desenvolvimento...
É, a coisa tomou um rumo diferente do que eu pensava. Estou gostando e ficando curioso.
Abraços,
Furtado
Oi Elvira
Você é uma ótima contista.
A filha haverá de encontrar as provas.
Beijos
Lua Singular
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