O Pedro, numa foto da época
Nesse ano de 1988, A Gravelina começou a fazer os tratamentos numa clínica no Alto Seixalinho. Fazia séries de 20 tratamentos, seguidas de 15 dias de descanso. Vinha uma ambulância buscá-la para os tratamentos às duas horas, e trazia-a de volta no fim por volta das cinco. Ela ia recuperando a confiança, já movia bem a perna esquerda. Bom, mover bem é exagero, pois a perna arrastava um bocado, e não conseguia calçar um sapato normal, pois o pé entortava e ela não conseguia andar, problema que se resolveu com o uso de umas pantufas-bota, em tecido, que se adaptavam ao pé quando ele entortava, e não lhe criavam maior desequilíbrio.
Passados os tempos mais difíceis, o Manuel sentia-se agora mais confiante para ir com o filho sempre que este o ia buscar a casa, já que tendo um aviário se deslocava muitas vezes para entrega de encomendas, ou para ir buscar rações para as aves.
Em Maio desse ano, toda a família apanhou um grande susto com o neto do Manel.
O miúdo frequentava a escola primária , estava na 2ª classe, ia fazer 8 anos em Junho. A mãe levava-o todos os dias ao portão da escola de manhã e ia buscá-lo à tarde. Naquele dia porém o gaiato não saiu com os coleguinhas. Preocupada a mãe perguntou por ele, mas os miúdos disseram-lhe que a professora saíra mais cedo para ir ao médico, eles tinham sido distribuídos por outras salas, não tinham visto mais o Pedro. Em desespero a auxiliar, (naquele tempo chamava-se contínua,) procurou por todas as salas, mas ninguém tinha visto o gaiato. Até que uma das professoras, disse que uma turma da 4ª classe tinha saído uma hora antes. Seria o caso de o miúdo sair nessa altura? Mas como foi possível se a continua sempre estava ao portão, e jurava que apenas tinham saído os mais velhos que já era habitual irem sozinhos para casa? Desesperada, a filha foi a casa, perguntou aos vizinhos se tinham visto a criança, passou pelo café dos padrinhos do filho, onde ele gostava de estar, mas eles também não o tinham visto. Imaginando que poderia ter ido para casa dos avós, foi a casa da mãe, ver se o filho tinha ido para lá, já que ele e o avô se entretinham muito com várias brincadeiras. Mas ninguém o tinha visto. Era como se a criança se tivesse evaporado.
Encontrou a família numa aflição, exceptuando a Gravelina, a quem tiveram o cuidado de esconder o que se passava.
Entretanto, tinha chegado a hora da empregada se ir embora, pelo que o Manuel ficou com a mulher, enquanto a filha e o genro, batiam toda a localidade, chegando até ao Hospital do Barreiro, à procura do filho.
13 comentários:
Acompanhando a história..
Tenha um ótimo dia!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Continuo a acompanhar esta interessante história da família do Manel.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Auch agora fiquei preocupada com o miúdo :s
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Mas que.aflição!
Fico esperando boas notícias no próximo capítulo, do gaiato, misteriosamente, da escola desaparecido!
Tenha uma boa tarde amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Ei!
Não se termina uma história assim, ahah.
Sem se saber o paradeiro de uma criança.
Fico aqui a achar que lhe deu uma "traquinagem" e apeteceu-lhe ir andar um pouco ou fazer um passeio sozinho. Mas se fosse um filme de hollywood - apostaria no aparecimento do progenitor.
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Agora fiquei em ''suspense''...
Que lindo era o seu Pedro!
Abraço, Elvira.
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Cadê o menino? Que suspense amiga....
bjokas =)
Pedro tem um ar esperto
nada lhe terá acontecido, espero
Onde terá ido o puto?
Serão 24 horas de suspense total!!!
Puxa... esse capítulo foi tenso.
Mas mesmo assim gostoso de ler!
Vou de férias.
Mas vou tentar acompanhar o desenvolvimento.
beijinhos elvira.
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