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4.6.19

UM PRESENTE INESPERADO - PARTE XIII






-Há uns dias fui surpreendido com uma carta muito estranha – disse abrindo a gaveta e retirando a carta que entregou ao investigador. - Com a carta veio esta cópia de registo de nascimento, de uma menina. Como podes ver,  registada como minha filha. Não sei o que pensar porque de uma coisa eu tenho a certeza absoluta. Não conheci essa tal Susana e não sou o pai da miúda. Decidido a prová-lo fiz o teste do ADN. Chegou hoje o resultado, e como eu tinha a certeza, confirma que não sou pai da criança. Mas acrescenta que posso ser um familiar direto e aconselham-me a repetir o exame, para determinar o grau de parentesco. Tinha anunciado à tia da miúda que ia impugnar o registo logo que recebesse o resultado do teste de ADN e agora não sei o que fazer. Se a criança é da minha família não quero abandoná-la a uma vida de privações, quando eu tenho mais do que o suficiente para o resto da minha vida.
Passou o relatório do laboratório ao amigo que o analisou cuidadosamente:
 - De posse do resultado deste teste, podes pedir a impugnação judicial, do teu nome no registo da criança,  apresentando um requerimento fundamentado neste resultado. É melhor arranjares um advogado, ele te aconselhará como deves fazê-lo. Provavelmente o juiz pedirá um novo teste num laboratório indicado pelo tribunal. Acontece que se o resultado se mantiver, a criança é sem dúvida um familiar teu. Por outro lado, se a amiga dessa Susana, que frequentava a Universidade com ela, te reconheceu na foto que lhe mostrei, a pessoa em questão terá que ser uma pessoa muito parecida contigo.
- Mas não sou eu. Eu nem sequer sabia da sua existência, juro.
-  Acredito. De repente passou-me uma ideia pela cabeça. Pode ser maluquice, mas …
- Desembucha, estás a pôr-me nervoso.
-  Tu juras não ter conhecido a mãe da criança, mas ela estava convencida do contrário. Por outro lado, se não te conhecia como sabia o teu nome completo, a freguesia onde nasceste e todos os dados que estão nessa cópia de registo?
-Como hei de saber? – disse Ricardo levantando-se e caminhando até à janela. – Não sou adivinho.
E no entanto só há uma hipótese. Alguém namorou com ela em teu nome e lhe deu os teus dados. Por outro lado atendendo a esse resultado, tinha que ser alguém da tua família e bastante parecido contigo. Diz-me uma coisa? Quando foi a última vez que o teu irmão esteve em Portugal?
Ricardo voltou-se repentinamente.
- Que queres dizer com isso?
- Não me dirás que não é o tipo de coisa que o teu irmão costumava fazer.
- Sim, claro, mas na altura era um miúdo. Agora é um homem, casado e com família. Por pouca simpatia que me tenha, não teria como fazer isso. Depois a Susana era uma miúda. Quase podia ser filha dele. 


21 comentários:

noname disse...

Caso intrincado, este.

Boa noite, Elvira

Sandra May disse...

Como dizem no Rio Grande do Sul: Barbaridade!!!
Um abraço, Elvira!

Pedro Coimbra disse...

Os gémeos Pedro e Carlos Xavier que faziam estas "habilidades" quando jogavam na Académica :)))

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
Vamos ter aqui um caso grave !!
JAFR

Maria João Brito de Sousa disse...

O facto de não encontrar notícias suas no final deste capítulo, leva-me a deduzir que o deixou em modo de pré-edição e que estará ainda a recuperar da retirada dos pontos, amiga.
Decerto o seu oftalmologista lhe terá recomendado repouso.

Continuo a aguardar boas novas relativas à consulta de ontem.

Um forte abraço

Janita disse...

Afinal o irmão não é gémeo nem desconhecido do Ricardo...mas existe!! :)

Um abraço, Elvira e dê descanso à vista.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar com interesse.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

António Querido disse...

Realmente há gémeos muito habilidosos para confundir as pessoas, será este o caso? Vamos ver!

O meu abraço.

Cidália Ferreira disse...

Uma coisa é certa! O pai tem de aparecer!

Deambulo pela solidão da maresia .
Beijos e um excelente dia!

chica disse...

Confusões familiares à vista...beijos, chica

lis disse...

Oi querida Elvira
Vou aguardar um novo conto onde possa ler desde o primeiro capítulo. O tempo sempre corrido, mas sempre lembrando-te e confiante na tua cura total da preciosidade que é nossa visão.
Com afeto

Gaja Maria disse...

Será? Irmãos iguais?

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Está a ferver a história...
Um irmão maroto?
Vamos ver o desenvolvimento.
Admiro muito a sua imaginação e criatividade.
Um beijinho,
Ailime

Larissa Santos disse...

Está complicado... Quem será p Pai da Criança?
Hoje:-Por vezes existem dias sem cor.

Bjos
Votos de uma óptima terça - Feira.

Edum@nes disse...

Se não é filha de Ricardo, poderá ser sobrinha? Ele quer ter a certeza disso, para lhe dar apoio. Portanto, penso que está sendo sincero?

Tenha uma boa boa noite amiga Elvira. Um abraço.

Kique disse...

Continuo a acompanhar este intrigante conto
Bjs

Kique

Hoje em Caminhos Percorridos - Maria queres dar uma....??

teresa dias disse...

Um irmão de Ricardo, pai da criança?!
Isto promete,Elvira!
Beijo.

Os olhares da Gracinha! disse...

Mais um pouco de suspense para despertar nossa atenção... Bj

dercy lyne disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
dercy lyne disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Apareceu um irmão para a história esquentar e provocar grandes emoções.
Beijos!