-Então? Há alguma novidade?
- O Pedro pensa que pode haver. Ele encontrou uma imagem
do Fernando, no gabinete de contabilidade. O registo da hora, marca as vinte e
duas horas, e a essa hora é suposto não haver ninguém na firma, a não ser
alguém que esteja a fazer serão para acabar algum trabalho extra. Se fosse o
teu pai que lá estivesse a essa hora, seria normal. Qualquer outra pessoa, não
podia estar ali, aquela hora.
- E quem é esse Fernando?
- O sobrinho do meu ex-sócio. O curioso é que ele nunca
trabalhou na empresa, oficialmente. Mas lembro que uns dois meses antes de
descobrirmos o desvio, ele passou um tempo lá, ajudando o tio, que tinha
sofrido um enfarte e estava muito débil.
- Então pode ter sido esse Fernando, a cometer o
desfalque?
- Pode. Mas para ter acesso ao dinheiro ele tinha que ter
acesso à senha do teu pai. O Pedro, diz que tem que investigar a vida do
Fernando, por essa altura. Só com todas essas informações, poderá ter na mão a
chave para reabrir o processo.
- Mas como é que ele soube a senha do meu pai?
-Na altura ainda não tínhamos o actual sistema de segurança. Ele só foi introduzido depois do desfalque. Tínhamos segurança privada nas instalações, mas a segurança informática e bancária deixava muito a desejar.
-Na altura ainda não tínhamos o actual sistema de segurança. Ele só foi introduzido depois do desfalque. Tínhamos segurança privada nas instalações, mas a segurança informática e bancária deixava muito a desejar.
Segundo o Pedro, se ele conheceu a senha do tio, era
fácil conhecer as outras, já que na altura, havia uma senha unica, que correspondia à
empresa, seguida da inicial do nome do utilizador. Ele não ia utilizar a senha
do tio nem a minha. Se utilizasse a da Alice, provavelmente ninguém acreditaria
e a investigação podia chegar até ele. Mas utilizando a do teu pai, e sobretudo adulterando os livros, provava a culpabilidade dele. Acontece que é essencial
saber, se havia motivações e tentar seguir o rasto do dinheiro. Só conseguindo-o teremos a prova, para reabrir o processo.
- Obrigada. Nunca te poderei pagar o que estás a fazer
por nós. O meu pai tem sofrido tanto!
-É também por mim. Não posso permitir que haja quem pense
que o fiz para obrigar o meu sócio a vender-me a sua parte, e acabei condenando um inocente à
prisão.
- Nunca me perdoarás, pois não? – Perguntou com tristeza.
Ele sorriu.
-Não há nada a perdoar Sandra. Se estivesse no teu lugar,
era capaz de ter pensado o mesmo.
Levantou-se, e encaminhou-se para a porta.
- Vai descansar. Quem sabe, não demorará muito a teres o
teu pai de volta.
14 comentários:
Bem encaminhado. :)
Boa semana, amiga Elvira.
Beijos
Beleza de enredo esse! Muito bem "costurado"...ADORANDO LER! BJS, CHICA
Gostei do texto/ enredo :)
*XoXo
- Helena Primeira
- Helena Primeira Youtube
- Primeira Panos
Vamos lá devagarinho. Com paciência saber esperar pelo resultado das investigações! Ainda agora estão começando. Deixemos trabalhar os entendidos na matéria, fazer o que lhes compete, sem perturbar o bom funcionamento da investigação.
Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Gostei! Quero mais!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Parece que as coisas se começam a esclarecer...
um beijinho e uma boa noite
Santa esperança!
O que nos vale é que esta investigação é curta, se fosse a nossa levava anos, estamos mesmo perto do fim.
Adorando como sempre.
Beijinho grande.
Olá! Temos uma nova personagem na história! Assim já temos a quem atribuir as culpas do acontecido.
A passar para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
bom dia
como sempre a deixar os leitores em pulgas !!!
JAFR
Gosto do seu jeito de (d)escrever ... bj
E cá estou eu, atrasada, mas sem perder um capítulo sequer; estive a ler tudo e nunca tive dúvida de que o pai seria mesmo inocente. Vamos lá ver o que as investigações nos trazem, mas não podem ser culpados nem oGabriel nem o pai. Beijinhos, Elvira e tudo de bom. Até ao próximo capitulo.
Emilia
Tudo indica que o gatuno aparecerá para que a história/estória tenha um final feliz. Continuo gostando e curioso.
Abraços,
Furtado
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