Agora ali estava ela, assustada com a rapidez com que tudo acontecera, mas decidida a cumprir a sua tarefa, tal como se propusera. Acabara de tomar banho e preparava-se para trocar de roupa. Antes porém dirigiu-se à porta e fechou-a à chave. O quarto partilhado com o homem, tinha-a deixado surpresa e inibida. Não estava no contrato. Tinham acordado que ficariam em quartos separados. Aceitara aquele estúpido contrato, como quem aceita uma missão. Pelos filhos, e também pelas meninas. Tinha imensa pena das crianças que ficam sem mãe. Iria tratar delas o melhor que sabia, para que não lhe sentissem a falta. Mas não se sentia capaz de partilhar a sua intimidade com um desconhecido.
Porque no fundo, era isso que Afonso era. Um desconhecido,
com quem falara meia dúzia de vezes naqueles três meses que antecederam a
cerimónia, com quem assinara um contrato de trabalho. Ou aquele
casamento podia ser considerado outra coisa que não um contrato de trabalho? E ela não se
sentia capaz de prescindir da sua privacidade, nem era mulher capaz de a partilhar com o patrão, ainda que esse patrão lhe tivesse posto uma aliança no dedo.
Porém Afonso tinha razão. Era capaz de se tornar
esquisito para as crianças, que ficassem em quartos separados.
Olhou à sua volta. O quarto era amplo. Tinha a porta por
onde entrara, a porta que dava para a casa de banho e… outra porta?
Vestida, mas ainda descalça, foi até lá e experimentou rodar
o puxador. A porta abriu-se e Francisca encontrou-se num quarto mais pequeno, com um
berço de verga, um sofá, uma prateleira com alguns livros, e junto à janela uma escrivaninha e uma cadeira
“Deve ser o quarto, onde dormiam as meninas nos primeiros
meses de vida, para estarem mais perto da mãe” – pensou.
E nesse mesmo momento pensou que aquilo era a solução
para o seu problema. Ela poderia ficar naquele quarto. É certo que teriam de
partilhar a casa de banho, que teria de passar pelo quarto principal para sair
e entrar, já que não havia outra porta, mas ainda assim ficava mais resguardada dos olhares masculinos, era menos constrangedor,
Agora, só precisava coragem para falar com Afonso
15 comentários:
Acho que Afonso não vai aceitar essa situação dela dormir no quartinho...Vamos acompanhar! bjs, chica
A passar por cá para acompanha a história e desejar um ótimo dia!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Será que vão resistir?!!!
bj
Está a ficar interessante.
Um abraço e continuação de boa semana.
Andarilhar
Passei para acompanhar mais este bocadinho de leitura fazer exercício aos olhos e aprender!
Com o meu abraço.
Oh diabo! Aposto que o Afonso não vai gostar nada dessa ideia. Mas também aposto que a autora vai arranjar maneira de os meter na mesma cama e fazer com que a história acabe em beleza.
Tudo pode acontecer, mas eu não acredito que irão resistir à tentação?
Boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Difícil conjugar o sentir de 2 pessoas que pouco se conhecem.
Cumps
Encontramo-nos na parte onde tudo vai realmente principiar...
Contrato é contrato e há que saber honrar o que se promete. O Afonso vai compreender!
Um abraço.
(??)... Uma dúvida, Elvira : parece-me que este episódio saiu antecipadamente ! (???) ... Estarei a entender mal ?...
Oi Amiga,
Eu no lugar dela, sozinha com duas crianças, onde arrumaria trabalho. Mama mia eu iria dormir com afonso no mesmo dia, sem frescura.kkk
Beijos
Minicontista2
Aceitar ou não aceitar, depende das verdadeiras intenções do Afonso. Vamos aguardar!
Abraços,
Furtado
Que situação!
Não vão resisti com certeza.
Beijos!
O confronto com os aspectos práticos... como reagirá Afonso?
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