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1.6.20

ISABEL - PARTE XIV


                                       


Aproximou-se e beijou-os.
- Boa tarde. Como estão? Compraram as flores para a Marta?
- Calma - respondeu Amélia. Comprámos as flores e estamos óptimos. A ti nem vale a pena perguntar. Que "bronze"! Menina estás maravilhosa. Não é verdade, amor?
- Claro que é. Não acredito que tenhas voltado sem namorado. Será que os homens em Lagos andam todos cegos?
- Então, parem com isso. Vou ficar envergonhada.
Risada geral. Amélia e Afonso faziam um belo par. Conheceram-se cinco anos antes e não tardou muito a perceberem que se amavam. Daí até irem viver juntos foi um piscar de olhos. Nem um nem outro fez questão do casamento.
“Não é por assinar papéis que me sinto mais casada ou mais feliz” costumava dizer Amélia. E acrescentava “Há quem tenha namorado, e quem tenha marido. Eu tenho um "namorido" que é muito mais original”
- Vais connosco, -  disse Amélia. Já conduziste que chegue hoje.
Afonso abriu a porta traseira e fazendo uma vénia exagerada disse:
- Queira vossa alteza entrar.
Riram de novo. Já no carro Amélia disse:
- De verdade que passaste as férias sozinha? Casa e praia? Nem uma ida a um bar, nem um jantar com amigos?
- Que amigos Amélia? Eu nunca tinha ido a Lagos. E não fui para férias à procura de diversão. Fui descansar. E tu sabes que não sou entusiasta de bares e discotecas. 
- Claro irmã; - riu Afonso. Enganou-se no itinerário. Não devia ter ido para a praia, mas para um convento.
A chegada à casa de Paulo impediu Isabel de responder.
Paulo veio recebê-los mal tocaram a campainha. Era um homem de quase cinquenta anos de estatura média. Era completamente calvo, mas isso não lhe trazia nenhuma espécie de complexo. Depois dos cumprimentos disse:
- Entrem, a Marta está a acabar de se arranjar e a Maria está na sala. Tomaremos uma bebida enquanto aguardamos.
Os três seguiram-no e entraram na sala. A jovem, que, estava sentada num dos dois sofás, levantou-se e veio até eles. Era muito bonita.
- Que bom que vieram – disse beijando-os. Agarrou nas flores e acrescentou:
-Vou ter saudades vossas. Volto já. Vou colocá-las em água.
As duas visitantes trocaram um olhar e depois Isabel perguntou dirigindo-se a Paulo:
- Mas para onde é que vocês vão? E porquê?
- Como sabem, a Maria vai este ano para a Universidade. O curso que ela escolheu só tem vagas em Braga. A Marta é de Braga e lá residem os meus sogros. E a vida em Lisboa está cada dia mais estressante...
- Assim decidimos ir todos para Braga.
A voz feminina soara nas suas costas e os três voltaram-se. Na porta Marta olhava-os com um sorriso. Era mais alta que o marido, e mais elegante, mas igualmente simpática. Depois dos cumprimentos habituais disse:

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E hoje é o dia das crianças! E porque é delas o reino dos céus, e o futuro da humanidade, que elas possam ser felizes e que os céus tornem os adultos mais humanos e mais justos, a fim de que o futuro da humanidade, não continue a morrer de fome, frio, guerras que não promoveu, maus tratos de quem devia protegê-lo, etc.
Feliz dia da criança!










14 comentários:

noname disse...

Estou cada vez mais curiosa :-)

Boa noite, Elvira

Pedro Coimbra disse...

Estou intrigado.
O que aí virá??
Boa semana

Tintinaine disse...

Não me lembro de ter tido uma vida de criança feliz. Além da escola, tinha uma tarefa diária para cumprir e brincar com os amigos era só de fugida e sujeito a castigo. Ainda bem que nesse tempo não havia telemóveis!!!

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Não tenho acompanhado mas gostei deste capitulo.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história!

Isabel Sá  
Brilhos da Moda

chica disse...

Lindo,gostando esperando... Feliz dia das crianças grandes e pequenas! beijos, chica

Maria João Brito de Sousa disse...

A vida de Isabel vai continuando e, enquanto isso, desejo-lhe um feliz Dia da Criança, Elvira.

Forte abraço!

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
Um capítulo lindo, cheio de suspense.
Feliz dia das crianças e que Deus ouça a sua voz.
Beijinhos,
Ailime

Cidália Ferreira disse...

Continuo com curiosidade! Vamos seguindo!:)
-
Queria ter o poder da bonança

Feliz dia Mundial para as "nossas" Crianças!
Beijos e uma excelente semana! :)

Teresa Isabel Silva disse...

Estou a gostar de acompanhar esta história... Acho que perdi um dois capítulos, mas vou ler para trás!

Bjxxx
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Edum@nes disse...

Voltarei para ler o próximo capítulo e saber o que é que foi que Marta disse.

Para todas as crianças do mundo desejo que tenham um dia feliz e pão para comer.

Genha uma boa noite amiga Elvira. Um abraço.

Edum@nes disse...

Corrijo: Tenha.

João Santana Pinto disse...

Um texto com partes de humor que dão toques de graça e acabam por construir um texto genuíno e continuam a "justificar" a solidão. A verdade é que as pessoas têm de estar estar disponíveis para amar... parece-me que 20 anos depois... chegou o merecido momento.

Um dos textos mais relevantes até ao momento... para mim, pelo menos, uma viragem e ao mesmo tempo a continuação da construção da personagem.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Voltando a acompanhar a história!
Beijos!