Reedição
A história que hoje aqui se inicia, decorre no final dos anos cinquenta do século passado. Muitas das coisas que vos relato, seriam impensáveis hoje em dia. Na verdade, penso que nunca em século algum, a história da humanidade evoluiu tanto, como nos últimos sessenta anos.
A história que hoje aqui se inicia, decorre no final dos anos cinquenta do século passado. Muitas das coisas que vos relato, seriam impensáveis hoje em dia. Na verdade, penso que nunca em século algum, a história da humanidade evoluiu tanto, como nos últimos sessenta anos.
I
Aquele dia, de início de Junho apresentava um sol radioso e quente num céu sem nuvens, quando Pedro saíra do emprego, duas horas antes do horário habitual de saída.
Era um homem jovem, completara vinte e oito anos no mês anterior. Alto, moreno, de grandes olhos castanhos, e cabelo castanho tão escuro que por vezes chegava a parecer preto, tinha uma boca grande, de lábios carnudos, que ao sorrir mostravam uma fileira de dentes perfeitos e acentuavam a covinha do queixo. Um daqueles homens que fazem suspirar as mulheres, e as põem a sonhar. Ele, no entanto, parecia nunca ter-se visto ao espelho, já que não mostrava dar-se conta do belo homem que era. Saía de casa para o trabalho e deste para casa, onde vivia com a sua velha mãe, que adorava. Na verdade, quando ele nascera, já há muito a mãe tinha perdido as esperanças de vir a ter algum dia um filho, pois já ultrapassara os quarenta e três anos. Fora até aconselhada por algumas vizinhas a não deixar ir adiante uma gravidez tão tardia. Podia ser perigoso. Profundamente religiosa, como a maioria das mulheres da época, sempre respondia, que segundo a Bíblia, Sara era muito mais velha quando ficou grávida, e que a Deus nada era impossível. E a verdade é que a gestação e o parto decorreram sem problemas.
Cinco anos depois dessa enorme alegria, quis Deus chamar o seu companheiro de toda a vida, o seu grande amor, e Alice viu-se sozinha com o filho para criar.
Era um homem jovem, completara vinte e oito anos no mês anterior. Alto, moreno, de grandes olhos castanhos, e cabelo castanho tão escuro que por vezes chegava a parecer preto, tinha uma boca grande, de lábios carnudos, que ao sorrir mostravam uma fileira de dentes perfeitos e acentuavam a covinha do queixo. Um daqueles homens que fazem suspirar as mulheres, e as põem a sonhar. Ele, no entanto, parecia nunca ter-se visto ao espelho, já que não mostrava dar-se conta do belo homem que era. Saía de casa para o trabalho e deste para casa, onde vivia com a sua velha mãe, que adorava. Na verdade, quando ele nascera, já há muito a mãe tinha perdido as esperanças de vir a ter algum dia um filho, pois já ultrapassara os quarenta e três anos. Fora até aconselhada por algumas vizinhas a não deixar ir adiante uma gravidez tão tardia. Podia ser perigoso. Profundamente religiosa, como a maioria das mulheres da época, sempre respondia, que segundo a Bíblia, Sara era muito mais velha quando ficou grávida, e que a Deus nada era impossível. E a verdade é que a gestação e o parto decorreram sem problemas.
Cinco anos depois dessa enorme alegria, quis Deus chamar o seu companheiro de toda a vida, o seu grande amor, e Alice viu-se sozinha com o filho para criar.
A vida era difícil mas o falecido, que fora militar, deixou uma boa quantia, fruto de um seguro de vida que ela nem sabia que ele tinha. Depois, sempre fora uma mulher poupada, tinha amealhado ao longo dos anos algumas economias, e assim Pedro recebeu uma boa educação, e se não foi para a Universidade foi porque não se interessou por isso e preferiu empregar-se logo que fez o quinto ano na Escola Industrial e Comercial Alfredo da Silva, no Barreiro, cidade onde vivia.
O jovem adorava a mãe, que ele sabia ter feito todos os possíveis para lhe suprimir a falta do pai, de quem nem se recordava muito bem.
Quando fora às sortes, entregou os papéis como amparo de mãe, e assim vira-se livre de uma mais que provável ida para o Ultramar. Nunca pedira nada demais à vida, sempre se sentira feliz com o que tinha. Ultimamente porém, algo de estranho se passava com ele.
14 comentários:
Presente, mais uma vez :-)
Boa noite, Elvira
Já li mas já não me recordo.
Boa semana
Com a leitura em dia, vou preparar-me para sair para mais uma consulta médica.
Deixo-lhe um abraço, Elvira.
Vou seguir com atenção esta história e aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Não li, mas já gostei deste episódio ;))
Hoje:-Procuro na solidão. |Poetizando e Encantando|
Bjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira.
Iniciou bem, como sempre.Vamos acompanhar sempre que der! bjs, chica
Pronta para acompanhar mais esta história do Pedro e de sua mãe Alice, fico olhando encantada o sorriso do garboso jovem que nos aguarda à entrada...:)
Um abraço, boa semana, Elvira.
Um bom dia Evira
Seguindo mais uma história que não lembro de ter lido_ sempre muito bom estar aqui ao seu lado_ o que é longe fica perto.
E,certa que vou gostar do moço bonito rs
abraço
Parece, se enganado não estou. Que já li esse conto. No entanto, tenha lido ou não. Continuarei a passar por aqui, para acompanhar o desenrolar dos acontecimentos!
Tenha uma boa tarde amiga Elvira. Um abraço.
Espero que esteja tudo bem consigo e com seu marido!
Estou por aqui vendo a sua nova reedição. Tudo bem?! Desejo que a saúde de vcs esteja cada vez melhor. E a nenê/netinha como vai?
Bjs e uma boa noite..."Não quis Cirandar?"
* Não quis
Vamos a ver então o que se passa com ele!
Beijos
Boa tarde Elvira,
Uma nova história que promete.
Vou ler o capítulo seguinte.
Beijinhos,
Ailime
Boa noite,
Apanhei a segunda parte e tive de vir ler a primeira. Estou a gostar muito e vou continuar a seguir. Ainda tem mais valor, o facto de ser passado num tempo passado... uns vão ter a possibilidade de relembrar momentos passados, outros vão ter uma ideia de uma visão e uma forma de estar diferentes...
Beijinhos, já sabia que os seus poemas eram belos, mas não tinha tido oportunidade de conhecer esta vertente, gostei mesmo muito.
A história/estória que se inicia promete ser boa. Aguardemos.
Abraços,
Furtado
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