Os cinco dias até ao Natal passaram a correr. O casal aproveitou para fazer as compras para a época, umas vezes acompanhados por Natália e a menina, outras deixando-as em casa. Um dia, compraram uma árvore de Natal, que quase tocava o teto da sala, muitas bolas coloridas e correntes luminosas. Depois de montada e decorada, a alegria e admiração da pequenita, foi a melhor recompensa dos adultos, embora não a deixassem sozinha na sala, com medo de que provocasse algum acidente.
Isabel falara com Ricardo acerca da consoada, dizendo-lhe
que desde a morte da mãe, ela e a irmã sempre passaram a noite de Natal com Natália e o marido. E mesmo depois que ela ficou viúva o hábito manteve-se.
A vizinha fora a sua força, o seu apoio, desde que a mãe morrera. E gostaria de continuar com esse convívio até porque Natália era uma mulher solitária, não tinha ninguém de família, a não ser um sobrinho por parte do marido que tinha emigrado há muitos anos para a Austrália e nunca mais dera notícias. Por isso, gostaria de a convidar para passar a consoada com eles. Ricardo respondera, que não via qualquer problema, e que também ele iria convidar Artur, que era um amigo de longa data, fora o seu padrinho de casamento, e também era um homem muito solitário. Além disso, tinha reparado no dia do casamento, que parecia haver uma certa empatia entre eles. E acrescentara:
A vizinha fora a sua força, o seu apoio, desde que a mãe morrera. E gostaria de continuar com esse convívio até porque Natália era uma mulher solitária, não tinha ninguém de família, a não ser um sobrinho por parte do marido que tinha emigrado há muitos anos para a Austrália e nunca mais dera notícias. Por isso, gostaria de a convidar para passar a consoada com eles. Ricardo respondera, que não via qualquer problema, e que também ele iria convidar Artur, que era um amigo de longa data, fora o seu padrinho de casamento, e também era um homem muito solitário. Além disso, tinha reparado no dia do casamento, que parecia haver uma certa empatia entre eles. E acrescentara:
-Era engraçado se eles se entendessem.
- A Natália é uma mulher muito simpática, mas não sei se
estará recetiva a uma nova relação. Dava-se muito bem com o marido, está viúva,
há oito anos e tem sempre respeitado a memória do falecido.
- Acredito. O Artur nunca se casou, mas confessou-me há
dias que se sente muito sozinho…
-Para quem não acredita no amor estás muito casamenteiro,
- disse ela.
- O casamento pode surgir por muitas outras razões que
não o amor. Nós somos a prova disso- retorquiu ele.
Não voltaram a falar no assunto, mas os amigos foram
convidados.
Natália veio logo ao fim da manhã, a fim de ajudar Isabel a
fazer as iguarias da ceia. Ricardo teria preferido dirigir-se a um dos hotéis
que promovem a data e passar lá a noite. Ele podia permitir-se essa despesa, e ninguém se
cansava, mas as duas diziam, que era uma data para estar em família e que as
coisas feitas em casa tinham outro sabor. De modo que ele limitou-se a ser a ama
da menina, deixando que elas tivessem o tempo necessário para fazerem o que
tinham projetado. Artur chegou pouco depois do anoitecer. Vestido de pai Natal,
entregou à criança as prendas que os pais lhe tinham comprado, e que Ricardo
lhe entregara nessa manhã, para que ele fizesse essa entrega. Uma boneca, um
conjunto de peças de construção, bem coloridas, um cavalo de baloiço quase maior
que ela, livros de bonecos e lápis de cor para colorir. Depois enquanto a criança foi jantar, Artur foi à casa de banho despir o fato de Pai Natal que vestira em
cima do seu fato cinzento. Voltou com o disfarce num saco de plástico dizendo:
-Vou lá abaixo meter isto no carro, não vá a Matilde
ainda dar com o fato e ficar toda baralhada.
Quando voltou, a menina já tinha jantado e balançava-se
radiante no seu cavalinho. Ricardo serviu uma bebida ao amigo e sentaram-se no sofá a conversar. Pouco depois, Matilde começou a mostrar-se sonolenta, e
Ricardo pegou-lhe ao colo para a ir deitar.
- Desculpa, tenho que a ir deitar. As senhoras já
terminaram a sua labuta na cozinha, foram arranjar-se. Podes vir comigo ou
ficar aí a ver TV.
-Vou contigo. Ver como te desenrascas na tua nova condição
de pai, é coisa que não quero perder.
20 comentários:
Boa noite de paz, querida amiga Elvira!
Gostei da festa em casa com calor humano e o "pai" está se saindo muito bem...
Vamos caminhando com calma...
Tenha dias cheios de bênçãos!
Bjm carinhoso e fraterno de paze bem
Gostei muito deste episódio.
A expectativa de aproximação dos dois solitários, Artur e Natália, está a entusiasmar-me mais do que o não-romance dos personagens principais.
Um abraço e boa continuação.
É como diz a Janita, a curiosidade passou-se para a casa ao lado eheheheh.
Boa noite, Elvira
Sempre perfeita na maneira de aguçar a curiosidade e prender o leitor e criar imagens e acontecimentos futuros. Muito bom Elvira como uma contista de aplauso.
É acompanhar para ver a possível união de solitários.
Meu carinhoso abraço de toda paz.
Bom dia
Será que vem aí uma nova prenda ?
JAFR
Mais um interessante capítulo... Bj
De saida para o laboratório, passo para pôr a leitura em dia e deixar-lhe o abraço de sempre.
Lendo e acompanhando...
.
Desejando um dia feliz
.
** LÁGRIMAS DE AMOR **
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Um belo e interessante capitulo, gostei e aproveito para desejar a continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
O clima natalino por lá está fazendo bem e esse papai tá gostando da nova função...beijos,chica
Amei este episódio, obrigada!!:)
Beijos e um dia Feliz!
Parece estar tudo bem e Feliz...
Beijinhos
Continuo a gostar e a acompanhar este teu magnífico romance.
Elvira, continuação de boa semana.
Beijo.
Quando se fala em Natal, fala-se em ambiente familiar e prendinhas que fazem a alegria das crianças, bom início!
Com o meu abraço.
Boa noite Elvira,
Continuando a acompanhar o desenrolar desta história com muito interesse.
Beijinhos,
Ailime
Parece o Natal de uma família feliz:)
Oh Oh Oh O Pai Natal chegou!!!
Gostei do que li.
Trará o Pai Natal mais um "presente inesperado"?
A Natália merece.
Bjs.
Capítulo maravilhoso com sabor e cheirinho caseiro, de família reunida feliz e cheia de amor.
Beijos no coração!
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