Como todas as mulheres que estão prestes a conhecer os segredos do sexo pela primeira vez, Isabel, tremia de receio e de excitação. Pensou vagamente que Natália tinha razão. O que levava um casal para a cama era o desejo. O seu corpo reagia com intensidade às carícias do marido fazendo com que ela se arqueasse para se unir mais ao corpo masculino e desejasse ainda mais do que ele lhe dava.
Suavemente, como se o corpo dela fosse algo,
simultaneamente precioso e sem peso, Ricardo voltou a pegar-lhe ao colo, e
levou-a para o quarto. Colocou-a na cama e voltou a beijá-la.
Saboreando-a, e levando ao rubro o seu desejo, as suas mãos percorrendo-a, acariciando e despindo-a sem lhe dar tempo a reagir ou sequer a sentir-se
envergonhada.
Todavia ela reagia sim. As suas mãos, ora o ajudavam na
tarefa de se despir a si próprio, ora lhe acariciavam o peito, as costas a
nuca. Parecia tanto ou mais desejosa de fazer amor, do que ele.
Finalmente, quando a excitação já era insustentável, os dois tornaram-se fisicamente um só, na mais ancestral dança do planeta.
- Estás bem? -perguntou ele mais tarde, deitando-se de costas, o corpo ofegante e transpirado.
- Estou -respondeu ela deitando confiante a cabeça no peito dele, que estendeu o braço e aconchegou o seu corpo ao dela.
Finalmente, quando a excitação já era insustentável, os dois tornaram-se fisicamente um só, na mais ancestral dança do planeta.
- Estás bem? -perguntou ele mais tarde, deitando-se de costas, o corpo ofegante e transpirado.
- Estou -respondeu ela deitando confiante a cabeça no peito dele, que estendeu o braço e aconchegou o seu corpo ao dela.
Nenhum dos dois disse mais nada. No silêncio que se seguiu, cada um tentava analisar o sublime momento que tinham acabado de
viver.
Para Ricardo, Isabel fora uma grata surpresa, um presente
inesperado.
Verificara que aquilo que ele julgava ser uma representação por parte dela, era apenas inocência, pois Isabel fora virgem até minutos atrás.
Verificara que aquilo que ele julgava ser uma representação por parte dela, era apenas inocência, pois Isabel fora virgem até minutos atrás.
Não que lho
tivesse dito, todavia não era preciso que o fizesse, ele tinha experiência mais que suficiente, para que não desse por isso.
Compreendia agora, a razão do comportamento dela, antes do casamento. O que ele
julgara tratar-se de um jogo, era afinal timidez genuína, fruto da sua
inocência. Todavia apesar disso, ela compensava a nítida falta de experiência
com uma tal paixão, que o deixou empolgado. Isabel era
uma mulher maravilhosa, o que fizera pela irmã e pela sobrinha, provavam-no sem
sombra de dúvida. E Matilde era um encanto. No último mês, tivera ocasião de
brincar com ela, acompanhara-a nas atividades diárias, como o banho ou o ir
dormir, e um carinho muito grande, fora nascendo entre os dois. Amava a menina e sentia que ela também gostava dele.
Se ele confiasse nas mulheres, diria que tinha ganhado uma família. Mas podia ele confiar em Isabel? Agora que ela descobrira, os prazeres do sexo seria capaz de se contentar, com um casamento que não escolhera?Amar a menina era fácil. Amar Isabel era outra coisa. Ela dissera-lhe que acreditava no amor. E se um dia se apaixonasse por outro? O que seria dele se caísse na asneira de pôr de novo o seu coração em jogo? Aos vinte e poucos anos, um homem leva vários anos para se recompor, e seguir em frente. Aos quarenta, a vida acaba ali. Ele ia fazer tudo, para terem um casamento feliz. Tudo, menos por o seu coração em jogo. Como dizia o seu pai. "À primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer. "
Se ele confiasse nas mulheres, diria que tinha ganhado uma família. Mas podia ele confiar em Isabel? Agora que ela descobrira, os prazeres do sexo seria capaz de se contentar, com um casamento que não escolhera?Amar a menina era fácil. Amar Isabel era outra coisa. Ela dissera-lhe que acreditava no amor. E se um dia se apaixonasse por outro? O que seria dele se caísse na asneira de pôr de novo o seu coração em jogo? Aos vinte e poucos anos, um homem leva vários anos para se recompor, e seguir em frente. Aos quarenta, a vida acaba ali. Ele ia fazer tudo, para terem um casamento feliz. Tudo, menos por o seu coração em jogo. Como dizia o seu pai. "À primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer. "
Enquanto Ricardo se perdia nestas reflexões, Isabel corava só de pensar no que acabara de viver. Para ela,
Ricardo fora tudo o que sempre sonhara que devia ser. Um homem maravilhoso, que soubera despertar toda a sensualidade,
que ela nem sabia que tinha. Sentia o seu corpo lânguido, e os olhos
fechavam-se com vontade de um sono retemperador. Mentalmente como numa prece, repetiu os votos
de casamento.”Juro amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e
na doença, todos os dias da nossa vida”
24 comentários:
Boa noite Elvira
Passei para por a leitura em dia
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - O bicho mais perigoso do mundo...
Então? A história vai complicar-se??
Muito bem! Por mim a história já está de bom tamanho, não vá o diabo tecê-las...:)
Tenha uma boa noite, Elvira.
Yupy vem aí uma reviravolta, pelos vistos, ou não :-)
Boa noite, Elvira
Deu tudo certo,mas PARECE que Elvira vai aprontar alguma,rs...Lindo! beijos, chica
O presente foi uma surpresa completa.
Para ele e para mim.
Abraço
Bom dia
Nunca pensei , fosse este o presente a que se referia o titulo , mas nos dias de hoje , é talvez até uma dadiva .
O que virá aí agora ?
JAFR
Se a segunda parte for tão boa como a primeira, será um sucesso garantido.
Cá estarei amanhã, para continuar a acompanhar este inesperado presente, amiga.
Abraço
Que venha a segunda parte!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Vai correr bem com bons momentos de leitura! Bj
Interessante e fico à espera da segunda parte, aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Gostei imenso deste final e mais ainda daquela ancestral dança do planeta! Espero a próxima.
O meu abraço.
Podia acabar aqui e seria um Final Feliz mas sim era muito óbvio.
Vamos esperar pelo 2ª parte
Beijinhos
Aqui estou para o seguimento da história e ao contrário de alguns comentários acho que não foi esse o presente. O presente talvez venha acompanhado de alguém pequenino e muito,muito amor. Para dar título á história tem que ser um presente com muito valor. Beijinhos amiga
Rai's partisse tanta minhoca que ele põe na cabeça!
Gostei muito até aqui. Aguardo com igual expectativa o novo desenrolar.
Beijinhos, amiga Elvira.
Boa semana!
Adorei o episódio. Mesmo empolgante, libidinoso :)) Humm Vamos então à segunda parte.:))
Voltei... Quando o sol surge pela aurora.
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
Boa tarde Elvira,
Gostei imenso deste capítulo em que a paixão e o amor estiveram à flor da pele.
Mas, que receios terá Ricardo?
Vou aguardar o desenrolar desta intensa e bonita história que espero seja de amor até ao fim rsss.
Beijinhos,
Ailime
Parece que nem tenho interrompido as minhas visitas ao teu blogue. As histórias continuam suculentas e bem contadas, como pude constatar.
Grata, Elvira, por continuares a estar presente no meu blogue, sempre que coloco algo de novo.
Que a vida te seja amável. Bjinhos
1
Boa tarde de paz, querida amiga Elvira!
Muito bonito o rumo que voce, como escritora, da aos contos todos.
Detalhes, minucias bem contadas com um poético.
Vou aguardar... O Amor está acontecendo...
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Lindo...A coisa deu-se e bem!! Lool
Primeira parte adorável, amei e que venha a segunda!
Beijos!
Nos dias que correm é mesmo um presente inesperado.
Um abraço.
Cá está o "presente inesperado"...
Emília, gostei da descrição da primeira noite do casal.
E já vou correndo para o capítulo seguinte.
Bjs.
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