Saí de casa esta tarde sem destino. Querem ir comigo? Venham daí...
Não são uma delícia?
Continuando o passeio entramos na Igreja de Santa Cruz que estava aberta, e depois de uma breve oração resolvemos dar uma volta pelo jardim dos franceses, testemunho mudo dos nossos encontros e juras de amor trocadas em... 1964
Aqui tiramos algumas fotos. O nosso nome na arvore ou desapareceu, ou está lá mais para cima, pois não conseguimos vê-lo, mas o banco onde namorávamos lá está pintado da mesma cor. Não resisti e sentar-me lá um pouco
Já no Fórum, achei estranho muita gente na Bertrand e pensei que era a sessão de autógrafos do Joaquim Pessoa que me tinham dito estaria no Barreiro este fim de semana. Não era. Mas era a sessão de autógrafos de um poeta barreirense que muito admiro e que talvez vocês conheçam. Luis Ferreira de quem já falei neste espaço algumas vezes. Pois é, eu só conhecia o poeta, não o homem que transporta o poeta. Esse eu só conhecia virtualmente. Agora já conheço os dois. Homem e poeta. O lançamento é do seu 4º livro
do qual vos deixo este poema
AMIZADE
A todos vós,
Que comigo caminham,
Trazendo no peito um abrigo
Nas palavras a mão estendida
Amparando o desalento
Nos nevoeiros que por vezes me cercam.
Só vocês... podem de facto saber
Que lágrimas derrama o meu olhar,
Que sorriso declama o meu rosto,
Em que espaço me perco e me acho,
A natureza do que visto e do que sou
Na sede, a doçura que satisfaz,
Na fome, o pão humano que se ergue,
Nas trevas, a luz da bússola dos gestos
Numa consciente presença,
Sem olhar a quem, sem olhar a meios.
É impossível para mim,
Tocar no rosto de cada um...
Importando a minha presença no vosso abraço,
Neste amor que sinto,
Partilho e deixo no perfume de um poema
No qual, humildemente agradeço
E digo - Obrigado!
Apenas... por sentir a vossa amizade.
Luis Ferreira
Para quem não conhece o poeta, deixo aqui o link do seu blogue
ESPERO TENHAM GOSTADO DO PASSEIO E DESEJO-VOS UMA BOA SEMANA
23 comentários:
Devo confessar a minha ignorância, mas não conhecia esse poeta.
Já quase nem me lembro do célebre jardim dos franceses, que deve estar muito diferente...ou talvez não!
Bjs e continua com esses passeios.
Nao conhecia o poeta, mas gostei muito do poema, como gostei muito de acompanha-la nesse passeio a esse lugar tão querido ao seu coração. Um lugar encantado para você e seu marido que tem a gentileza de nos mostrar. Obrigada, Elvira.
E as quadras populares, que gosto tanto, pois mostram alma e sentimento das gentes humildes? Coisa tão linda!
Mais uma vez agradeço, deixo meu abraço e votos para uma linda semana nesse seu Barreiro tão acolhedor.
PS - Gostei imenso da foto em que está sentada num banco que faz parte de suas mais doces lembranças,,,
Onde fica o painel de azulejos da primeira foto?!
Nas quadras lá encontrei uma da minha amiga Rosário, rrss
E a Elvira está muito bem na foto do banco...e ainda bem que as juras foram cumpridas!
Boa semana e um beijo.
Elvira
No face coloquei um post sobre o lançamento do livro do Joaquim Pessoa. Foi no auditório da Biblioteca Municipal. Esteve cheio, a abarrotar como se costuma dizer. E foi uma noite cheia de poesia, cantigas e ternura.
Não tenho conseguido ir a todos os lançamentos dos livros do Luís, poeta que conheço há bastante tempo, e cujos livros são lindos de se lerem, bem como o blogue.
Há uns anos que não estava no Barreiro e esta visita na sexta feira foi uma agradável surpresa.
Um abraço
(e vou ler o conto da Isabel)
Elvira
A parte que mais me agrada é o regresso ao passado, principalmente aquele onde se foi feliz, mesmo que o nome tenha desaparecido.
Os degraus do céu? Tenho andado a contá-los e já lhes perdi o conto.
Bonito!
Gostei de passar
Luis Meu colega e amigo poeta.
Ontem estivemos juntos em Aveiro
um beijo
Que linda tarde tiveste, Elvira e ver-te assim no banquinho, bateu uma saudaaaade!
Oi Elvira
Um passeio cheio de emoções,com direito a nome tatuado na árvore rs
E as trovinhas são de muita simplicidade e beleza, tal como é a vida dos pescadores da vila.
Um mimo de post, e o banquinho dá-me a dimnesão da pessoa linda que é a Elvira, obrigada por se apresentar.
Vou ler mais sobre o poeta Luís Ferreira, o poema dele sobre Amizade atiçou meu desejo de conhece-lo mais.
um grande abraço
Um post muito bonito.É bom voltar aos lugares onde fomos felizes. Quanto ao poema,há lá coisas mais bonitas do que a amizade e o amor?!
Bem-hajas!
Beijinhos
Tenho uma amiga que, em solteira (já lá vão muitos anos!) morava no Barreiro. Nessa altura eu ia lá, às vezes; agora há muito tempo que lá não vou.
Gostei de ver os azulejos. São bonitos.
Não conhecia o poeta, mas gostei muto do poema.
E por fim... gosto muito da sua foto. A amiga ficou lindamente!
Uma semana feliz. Beijinhos
Olá Elvira!
Adorei o passei, o poema e tb seu blog. Não conhecia.
Adorei sua escrita. Voltarei sempre.
Bjos
Passei pra fazer uma visitinha e gostei muito,e ja estou seguindo. Convido a conhecer meu blog e seguir-me se gostares. Um abraço!
Smareis
Gustoume este paseo por Barreiro.
Cando falo de Cangas falo dunha vila enfronte a Vigo, na Galiza.
Un saúdo.
Olá, Elvira
Obrigada por esta visita guiada. Gostei muito. E também por trazer ao meu conhecimento este poeta e este poema.
Beijos
Olinda
Gostei muito do passeio e do Poema de um Poeta que não conhecia Obrigada pela partilha.
Ainda me falta terminar a leitura da história de Isabel.
Mas não quis deixar de passar aqui para lhe deixar um beijinho.
A história ficará para outro dia, em que sinta que "assimilo".
Foi um bom passeio! não conheço esses azulejos no Barreiro, vou ficar atenta quando lá voltar.
Mora na margem Sul?
Bjs
Elvira
Muito prazer em conhecê-la (que linda é!)
Cumprimentos
(Peço desculpa pelo comentário anterior que apaguei, porque entrei com uma conta diferente)
Es muy bueno, Elvira, salir algunas veces sin destino. Los resultados están a la vista.
Cariños australes.
Elvira
Sou da opinião da Mariazita (que conheço também pessoalmente). Está muito, muito bem, nessa fotografia.
Julgo que o marido foi o fotografo.
Eu só conheci o Barreiro «Velho» e se lá for agora, já nem conheço nem o velho nem o novo. As nossas terras sempre estiveram sem acessos fáceis entre si. Era mais fácil ir a Lisboa do que ao Barreiro e o comboio por vezes em vez de carruagens para passageiros, davam-nos vagões para gado. Nunca usei a corda e a barcaça para atravessar o rio.
Quanto ao banquinho é um amor e as lembranças de amor eterno a esta distancia, apreciada pelos intervenientes são de levar ás lágrimas.
Que a paz esteja sempre convosco, boa amiga
Acompanhei você no passeio e meus momentos foram tão agradáveis quanto os seus.
As imagens estão ótimas e o poema, digno de nota. Vou lá conhecer o autor.
Bjs.
Elvira,
Passeei contigo por terras Barreirenses que aprendi a gostar com minha madrinha de casamento a qual defendia a sua terra com unhas e dentes de todos os ataques ouvidos do seu tempo de trabalho na Fábrica de Braço de Prata.
Beijosssss
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