Alguns minutos mais tarde, cumpridas as formalidades na sacristia o cortejo saía da igreja, sendo felicitados pelos poucos convidados.
Depois, Clara ajudou a Antónia a instalar as duas
crianças nas suas cadeirinhas no banco traseiro, do carro do pai, agora seu
marido. Tiago, o seu irmão e as duas jovens,
suas colegas de trabalho, até à semana anterior, quando se despedira, seguiram
no carro do advogado de Ricardo que apadrinhara a cerimónia, e finalmente os dois empregados, Antónia e o marido, no terceiro veículo, encerraram o cortejo em
direção ao hotel onde se ia realizar a festa.
Antónia era uma mulher de meia-idade que sempre trabalhara para Ricardo. Era de toda a confiança, e além de cuidar da casa, cuidara das crianças nos últimos tempos. O marido era uma espécie de faz-tudo, desde cuidar do jardim, e da manutenção da piscina até às pequenas reparações em casa. E gozava igualmente de total confiança do patrão.
Um silêncio pesado caiu sobre os noivos. Clara voltou-se e verificou que as crianças tinham acabado por adormecer.
Antónia era uma mulher de meia-idade que sempre trabalhara para Ricardo. Era de toda a confiança, e além de cuidar da casa, cuidara das crianças nos últimos tempos. O marido era uma espécie de faz-tudo, desde cuidar do jardim, e da manutenção da piscina até às pequenas reparações em casa. E gozava igualmente de total confiança do patrão.
Um silêncio pesado caiu sobre os noivos. Clara voltou-se e verificou que as crianças tinham acabado por adormecer.
Olhou-as com atenção. Não pareciam filhos do homem que
ia a seu lado. Bernardo, o menino era ruivo. Soraia, a irmã muito morena, tinha nítidos traços
africanos. Será que se pareciam com as mães? Porque era nítido que não eram
filhos da mesma mãe.
- Tão diferentes. Nem parecem irmãos - murmurou.
-Não são irmãos, - afirmou Ricardo sem desviar a
atenção da estrada.
“Como não são irmãos?” – Pensou Clara. “Mesmo que
tenham tido mães diferentes, ainda assim são irmãos por parte do pai. Ou será que
algum deles foi adotado?”
Não se atreveu a interrogar o marido, e ele também não
acrescentou nada que pudesse saciar a sua curiosidade. Quantas surpresas mais, lhe traria
aquele homem?
Tinham chegado ao hotel. Ricardo estacionou em frente
à porta, e Clara apressou-se a sair e a abrir a porta de trás tirando o cinto
da cadeirinha e pegando na menina ao colo. No outro lado Ricardo fazia o mesmo retirando
o menino do carro e de seguida estendeu as chaves do mesmo, ao empregado do
hotel para que o arrumasse.
De pé nas escadas de entrada no hotel, esperaram pelos
restantes convidados. Faziam um quadro curioso. O noivo, alto, moreno, de olhos
cinzentos, tinha no colo um menino de quase quatro anos, de pele branca, cabelo
ruivo e rosto sardento. A noiva tinha ao colo uma menina um pouco mais nova, quase da cor do chocolate, e cabelo encarapinhado.
Quando os restantes convidados chegaram, foram
conduzidos a um pequeno salão onde ia decorrer a comemoração.
A festa foi uma tortura para Clara, forçada a
representar um amor que não sentia, preocupada em que o irmão e as duas amigas
não desconfiassem da farsa que era aquele casamento.
Felizmente a preocupação com as crianças, dar-lhes de
comer, o cansaço e o sono delas, serviram de desculpa para uma situação que se
podia tornar estranha.
Cerca das nove da noite, deram por terminada a festa,
e todos se despediram. As crianças foram acomodadas no carro do pai. Tiago, o irmão
de Clara, no segundo carro, com Antónia e o marido. E o advogado ofereceu-se
para levar as duas amigas da noiva a casa.
17 comentários:
E nós vamos acompanhando com ATENÇÃO à cada detalhe trazido... Legal! Bjs tudo de bom,chica
Ganda salganhada ahahahahah
Esta promete, deixar-me em pulgas.
Boa noite, Elvira
Teatro na nossa vida?
Não, não faz o meu género.
Boa semana
Estou vendo que está estória promete.
Bjs.
A passar para acompanhar a história.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Bom dia
Depois das formalidades , vamos esperar pelo que aí vem !!
JAFR
Esta promete pois o começo é bem interessante!!! Bj
Estou a gostar minha amiga.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Casamento por interesse,
põe de parte o amor
mais haverá como esse
que não criarão bolor?
Tenha um bom dia de Terça-feira amiga Elvira.
Um abraço.
Ou seja, para ter uma carreira casa-se sem amor, Não vai dar certo. Hummmmm estou muito curiosa!
Beijos e um excelente dia!
Boa tarde Elvira,
As duas crianças que não sendo irmãs deixam-me antever que o noivo poderá ter adoptado alguma delas, o que demonstra bom coração.
Quanto ao casamento muito a esperar do desenvolvimento que promete.
Beijinhos,
Ailime
Muito mistério nos dois primeiros capítulos...
Uma marca forte no que você escreve, Elvira, é o suspense bem elaborado!
Vamos adiante, aguardando emoções e suspiros pela frente...
O meu abraço
Vamos ver o que se segue.....
Beijinhos
Começo complicado e pouco entendível, não pelas personagens, mas pela total ignorância da noiva em relação ao marido. Romance não é charada, é?
A ver vamos...
Um abraço
Casamento sacramentado,agora que a história deslancha
Aguardando o que vem por aí _ nem imagino rs
Acabei de ler este capítulo e já vou para a postagem seguinte. Ler assim é muito interessante, parece série ou novela.
Vamos ver o que vai acontecer depois que acabou a festa.
Daqui a pouco novamente vou comentar.
Bjs
Gosto desse suspense que a Elvira faz.
Beijos!
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