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25.5.17

JOGO PERIGOSO - PARTE IV




E agora ali estava ela, na ingrata incerteza de não saber o que ia ser dela, e do futuro duma empresa que sempre fora da sua família.
Nunca se tinha cruzado com o novo sócio, mas a sua fama de homem de negócios era tão conhecida, como o seu gosto por mulheres bonitas, que fazia com que não raras vezes, andasse exposto nas páginas das revistas cor-de-rosa, que por vezes desfolhava no cabeleireiro.
Que iria fazer com a empresa? Quereria geri-la? Ou deixá-la-ia nessa função, já que ninguém conhecia aquele negócio como ela?
Não. Com a sua fama de mulherengo, devia ser um machista, capaz de pensar que a única função das mulheres, era alegrar a vida dos homens.
Passou a mão pela testa. Doía-lhe a cabeça, de tanto pensar. Ainda se o advogado tivesse dito alguma coisa, sobre quando o seu representado se ia apresentar, se tivesse agendado uma reunião, pelo menos ela podia ter uma ideia do que ele pretendia. Mas nada.
Largara a “bomba”, e sumira.
Bateram à porta, e logo de seguida a secretária entrou. Era uma mulher de baixa estatura, um pouco roliça, de rosto afável, e sobretudo muito eficiente. Estava na firma desde o começo, vira crescer a jovem, por quem tinha um verdadeiro carinho, e era uma mais-valia para ela, que sabia poder contar com o seu apoio em qualquer situação.
- Está lá fora, o Bruno, encarregado da secção de tecelagem. Diz que a máquina, que foi arranjada o mês passado. está outra vez com o mesmo problema.
-Aquela máquina está a precisar de substituição urgente. E o pior é que nesta fase de transição, não posso tomar nenhuma decisão. Nunca vou perdoar ao meu irmão, pôr-me nesta situação. O novo sócio, não aparece, a encomenda tem que ser entregue sem falta para a semana, e eu não posso tomar nenhuma decisão.
- Quer que chame o mecânico que esteve cá da outra vez, para ver se ele resolve o problema?
-Faça isso Madalena. Vamos ver se resulta, pelo menos para acabarmos esta encomenda a tempo.
A secretária saiu e a jovem pegou na pasta de encomendas e começou a verificar as mesmas, e a comparar os “stocks” de fios, a fim de programar o trabalho seguinte.


18 comentários:

Edum@nes disse...

É o novo sócio que não se apresenta ao serviço. Agora aquela máquina avariada. Abre olho Daniela, porque a roseira não tem só rosas, também tem espinhos! Só se chega onde se pode chegar. E não muitas das vezes onde a gente pretende chegar!...

Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Ana disse...

Já li os posts anteriores desta nova história. Um negocio de família é sempre difícil gerir quando todos vão embora e só fica um. Vamos ver as surpresas que o novo sócio reserva!
Abraço Elvira

aluap disse...

Pode ser mulherengo, mas se primar pela qualidade a empresa não será abalada. Penso eu.

Um abraço.

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Elvira!
Acompanhando... vamos ao desenrolar de mais uma bela história bem escrita, na certa.
Bjm fraternal

redonda disse...

Mas quando é que ele chega? Estava à espera que ele chegasse neste capítulo...Espero que ele vá gostar da Daniela e que seja giro...

AvoGi disse...

Mulherengo hoje mulherengo é o diacho
Kis :=}

Cantinho da Gaiata disse...

Apesar do novo sócio não ter aparecido, não acredito que lhe vá fazer a vida negra.
Tudo vai correr bem, como a amiga Elvira nos habitou.
Beijinho grande.

Tintinaine disse...

A Avó Gi disse "diacho". Fui habituado a ouvir essa palavra, na minha aldeia, quando era gaiato. Suponho que as pessoas usavam essa palavra para evitar o "diabo", por não ser bom falar nele.
Quanto à presente história (ainda não me convenci que existe a palavra estória) vou-me armando de paciência para esperar que as coisas aconteçam.

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
O jogo ainda não começou, mas que vai dar que falar não há duvidas nenhumas.
esperemos que o arbito tenha pulso para segurar os intervenientes !!!
JAFR

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história..

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar este "jogo perigoso".
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

António Querido disse...

Vou passando e acompanhando o "Jogo Perigoso"!
Deixo o meu abraço.

AvoGi disse...

Queria dizer homem em vez de hoje

Beatriz Pin disse...

Grazas polo comentario que tan atentamente deijou no meu derradeiro post sobre A Marronda. Pois eu também lin todo o que leva desta sua historia que primeiramente imaxinei de detectives pero vexo que vai ser de amor e paixón polas pintas que leva. Moitos parabéms pola labor constante de escribir sen pausa e tendo sempre historias que contar. Feliz semana. Aperta!

Zilani Célia disse...

OI ELVIRA!
LENDO E GOSTANDO.
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Smareis disse...

Esse sócio me parece estranho. Espero que não seja machista.
Beijos!

Diná Fernandes de Oliveira Souza Souza2 disse...

Olá Elvira, cá estou novamente a companhar sua narrativa, problemas de família dá um trabalhão, e qdo misturado com trabalho , mais ainda.
Abraço e bom dia!

Rosemildo Sales Furtado disse...

Quem sabe, o negócio pode continuar a ser familiar, pois o novo sócio pode ter comprado a parte do futuro cunhado. Quem sabe? Aguardemos os acontecimentos.

Abraços,

Furtado